16 junho 2009

5ª Parte O que defende a Direita - O que é ser de Direita

5ª Parte
O que defende a Direita
O que é ser de Direita


Em termos de valores, costumes, modelo de sociedade, economia, e em termos sociais vou continuar, nos próximos textos, tentar estabelecer as diferenças práticas existentes entre os espaços da Esquerda, dos Liberais e da Direita, para que melhor se percebam as diferenças.

Elas, as diferenças, existem. Ao contrário do que afirmam os comentadores do regime avençados.

Num País governado pela esquerda Social-Democrata e pela esquerda Socialista, vai para 35 anos, torna-se evidente que a estas esquerdas ... Não interessa que haja ideologias, doutrinas diferentes das suas, por razões que são simples:
- não havendo alternativas claras elas (as esquerdas) tendem a eternizar-se no Poder por falta dessas mesmas alternativas.

Portanto ... não lhes convém, é incómodo, que haja ideologias vivas alternativas, e que estas sejam conhecidas.

E então tentam passar a mensagem que as ideologias já acabaram, que já não fazem sentido, e outros disparates do mesmo género.

Vejamos em relação ao posicionamento, face ao Sistema Internacional, as principais diferenças:

A esquerda Social-democrata, a esquerda Socialista e a esquerda Comunista são Internacionalistas, bem como os Liberais.

Isto quer dizer que o principal foco da sua política é a defesa, EM PRIMEIRO LUGAR, dos interesses internacionais e da imposição das suas ideologias em todo o Mundo, em todos os continentes, fomentando uma dissolução das nacionalidades em favor do internacionalismo social democrata, socialista ou comunista ou liberal.

Isto é defendem a utopia da solidariedade absoluta entre Nações, pela constituição, a Prazo, de um Governo Mundial que a todos governasse por igual..

Utopia, porque parte de uma premissa de base que está completamente errada:

- “Os seres humanos são iguais” e logo todos querem a mesma coisa, e têm os mesmos objectivos e estão dispostos a obedecer à mesmas directivas e a percorrer os mesmos caminhos.

Os Liberais levam esta sua Utopia ao extremo.

E postulam que os Seres Humanos são todos iguais e possuem todos a mesma capacidade racional de se auto regularem, nomeadamente em termos económicos, daí defenderem a irrelevância da existência de Estados Governadores dos destinos comuns das Nações..


A Direita Conservadora e Democrata-cristã parte de um pressuposto diferente.

Um princípio Realista da sua observação do Mundo real:
- “ As Nações não têm amigos ... defendem interesses” –

Explicando melhor – a Direita sabe que não há, nunca houve, Nações e Estados completamente independentes, no sentido em que não precisam de mais ninguém para sobreviverem.

Sabe que a história da humanidade se fez de lutas, de guerras, de Alianças, entre Nações que pretendiam conquistar recursos materiais e territoriais de forma a proporcionar bem-estar crescente às suas populações.

Sabe que a história se fez de lutas e alianças entre Nações que lutavam pelo seu direito à auto-determinação, lutavam pela sua capacidade de se auto governarem de serem independentes politicamente, isto é pelo direito a construírem Estados que as representassem e defendessem de outras Nações e de outros Estados.

Sabe a Direita que o Ser Humano não é igual.
E que por isso os seus interesses são diferentes de Nação para Nação, e dentro da Nação, de grupos para grupos.

Por isso defende que a Nação e o Estado emanado da mesma, tem que defender, EM PRIMEIRO LUGAR, os interesses de cada um dos seus nacionais.

E como se faz isso no Sistema Internacional?
Aliando-se, segundo as conveniências de cada Nação da comunidade nacional, a outras Nações -Estados que tenham os mesmos interesses ou para quem seja conveniente essa aliança, por qualquer razão económica, social, política ou estratégica.

Para isso, e porque só negoceia no Sistema Internacional quem é FORTE, que tem uma comunidade nacional COESA, quem construiu uma VONTADE nacional coerente e unida, a Direita faz dos valores da Nação, da Pátria os valores supremos da comunidade, dado que são estes os que melhor defendem a comunidade. São os que dão força ao Estado para, em sua representação, negociar internacionalmente de forma a obter vantagens para os seus nacionais.

Em resumo
A Esquerda e os Liberais são Utopistas e Internacionalistas.
A Direita é Realista e Nacionalista.

Já agora, para que não venha a ouvir ou ler mais disparates de má-fé ou ignorância:
“Nacionalismo é um sentimento voluntário de pertença a uma nacionalidade”!

Ser nacionalista não quer dizer rejeitar outras nacionalidades.

Quer dizer defender em primeiro lugar os valores e as pessoas nacionais e a partir daí estabelecer as relações de amizade, cooperação ou outras, com outras nacionalidades.

E por serem muito fortes estas ideias e valores pelas quais a humanidade lutou e continua a lutar,, é que a esquerda e os liberais continuam a atacá-las e distorcê-las.

E esta confusão, conveniente à esquerda, faz com que Portugal seja o ÚNICO PAÍS DO MUNDO DEMOCRÁTICO, em que a Direita apenas vale cerca de 10% em eleições e a esquerda (sociais-democratas, socialistas e comunistas e seus primos) valham cerca dos restantes 90%.

E o Estado Nação já não faz sentido?

Então por que é que as Nações dos Bascos, dos Arménios, dos Curdos, e outras Nações sem Estado, continuam a lutar de armas na mão para conquistarem o direito à sua auto determinação política,

Porque é que continuam a lutar para conquistarem o direito a construírem um Estado Independente que as represente no Sistema Internacional?