27 janeiro 2017

E agora ... na Europa de 2017

Os próximos Actos Eleitorais na Europa

Portugal é uma Nação, um País que tem um Estado Soberano de capacidade plena, assim reconhecido internacionalmente pelos outros Estados do Sistema. Este Estado é representado por um Governo eleito indirectamente pela população (quem é eleito directamente são os Partidos/Deputados), mas que nele delega a capacidade de representar a Nação no contexto das Nações.

Tem, portanto, o “Ius Tractum” pleno. Isto é, a capacidade de celebrar ou revogar Tratados Internacionais com outros Estados, ou com Organizações Intergovernamentais, segundo os seus interesses estratégicos ou conjunturais.

Nessa qualidade de Estado Soberano de Capacidade Plena, celebrou livremente os Tratados de Adesão à CEE, no quadro do Tratado de Roma, e posteriormente outros Tratados como o Acto Único, Maastricht, Amesterdão, Nice e Lisboa.

O Tratado de Adesão não implicava mexidas no coração da Soberania, tanto no Plano Externo como no Plano Interno, a saber:

- No Plano Externo, o Tratado de adesão não interferia com a capacidade de estabelecer Relações Diplomáticas ou Consulares com Países ou Organizações Intergovernamentais, segundo os seus interesses; também não interferia com a capacidade de fazer a Guerra ou celebrar a Paz (“Ius Belli”), nem com a capacidade de celebrar Tratados Internacionais ou de os abandonar e mantinha o Direito a ser reconhecido e respeitado na Comunidade de Estados Soberanos como um Estado Soberano de capacidade plena.

- Já no Plano Interno, o Tratado de Adesão mexia apenas nas questões da União Aduaneira, e do Mercado Único, mas não modificava de forma nenhuma as matérias fundamentais da soberania, tais como o Estado ser reconhecido como não tendo nenhum Poder Igual ou Superior no Plano Interno; mantinha intacta a capacidade suprema de legislar, no plano interno; a capacidade de Defesa e manutenção de Forças Armadas autónomas; a capacidade de definir e executar as políticas conducentes ao bem-estar das suas populações, numa palavra, o Estado Português, como representante da Nação, mantinha a sua capacidade plena de definir os Superiores Interesses da Nação e de tomar as medidas adequadas à sua defesa e prossecução.

A única limitação prendia-se, como anteriormente referi, com as questões aduaneiras e de mercado comum.

Foi a este Tratado, o de Roma, que Portugal aderiu, com a autorização tácita da maioria dos cidadãos.

O Tratado de Maastricht modificou estas questões, ligadas à definição de um Estado Soberano, de capacidade Plena.

Este Tratado foi assinado “nas costas da Nação”, pois não se explicou aos portugueses o seu verdadeiro conteúdo e implicações, nem se consultaram os Portugueses para o efeito.

O facto mais visível resultante desse documento, e mais emblemático da perda de boa parte da autodeterminação de Portugal, é a necessidade de os nossos Governos terem de apresentar em Bruxelas, para exame e aprovação, o Orçamento Geral do Estado.

Penso que se foi longe demais.

Ainda por cima, sem a autorização expressa dos cidadãos.

É que nesta matéria não se está apenas a tratar da adesão a um Tratado internacional multilateral, mas sim de alienar parte significativa da Soberania do Estado Português e da Independência da Nação.

Não é, portanto, matéria de somenos e nenhum Governo está autorizado pela Nação a fazê-lo.

Apenas decidiram sobre esta matéria os dirigentes políticos do “centrão” apoiados pelos interesses dos grupos económicos que comandam os “jornalistas do regime”.

Já dizia Platão que “O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus.”

Portanto, no caso dos meus compatriotas, nesta matéria têm também que se queixar de si próprios e não apenas do grupo minoritário que decidiu por eles.

Apenas o CDS-PP, liderado pelo Dr. Manuel Monteiro,  resistiu e lutou, no espaço público, pela não assinatura do referido Tratado, e pela realização de um referendo, mas foi silenciado pela tal “comunicação social” do regime.

O mesmo silêncio aconteceu noutros países, excepto em França onde foi feito um referendo sobre a matéria que deu como resultado uma vitória do sim a Maastricht, por apenas 80.000 votos, em mais de 40 milhões de eleitores.

Lá como cá, pelo menos aparentemente, as pessoas começam agora a revoltar-se contra estas decisões de carácter fundamental, porque foram tomadas nas suas costas e sem a sua autorização.

Disso são indícios o “Brexit”, o resultado do recente referendo em Itália, os resultados das recentes eleições em países do Leste europeu e as sondagens sobre os próximos actos eleitorais, que se realizarão em vários países europeus no decorrer do presente ano.

Ou seja, finalmente as “maiorias silenciosas e abstencionistas”, (compostas pelas pessoas que até aqui achavam que a política era uma maçada, ou que a política era apenas para os políticos) decidiram que está na hora de vigiar mais de perto a actividade dos governantes ou simplesmente porque querem mudá-los por outros que defendam mais os interesses nacionais e os cidadãos.

Estas pessoas que tudo têm aturado, começaram finalmente a movimentar-se, através do Voto, e a derrubar os “centrões” e os governos de pendor federalista. Foi assim no Reino Unido e em Itália, para citar apenas os mais conhecidos dos portugueses, onde os referendos bateram todos os recordes de participação dos cidadãos.

Vamos agora ver o que acontecerá este ano também na Holanda, na Alemanha e em França.

O desrespeito que os Governos sociais-democratas (liberais e socialistas) têm demonstrado pelas populações, e pela sua vontade profunda, indicia mudanças.

Estimo que esta, até aqui, “maioria silenciosa e abstencionista” se vai movimentar e participar nas votações, porque quer mudar este estado de coisas, repondo assim a verdadeira Democracia.

Veremos!

Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus (UCP)
Auditor de Defesa Nacional (IDN)
Gestor de Empresas

23 janeiro 2017

Análise sobre o Novo Presidente dos EUA

O novo Presidente dos USA

Ao continuar a assistir nos meios de comunicação social, aos comentários sectários, extremistas e nada rigorosos sobre o novo Presidente dos USA, surgem-me algumas reflexões que agora quero partilhar convosco:
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Ficou claro que o actual Presidente eleito venceu contra a "barragem" de insultos das televisões, e dos jornais (excepto a Fox News, o The Telegraph e pouco mais);
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Ficou também claro, que foi sobretudo através do Facebook, Twiter e Instagram, que Donald Trump conseguiu fazer chegar às pessoas as suas mensagens e Programa Político;
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Tal facto pode ajudar a explicar muita desta incomodidade, que se lê e ouve, no seio dos "jornalistas" e nos dirigentes dos principais partidos políticos;
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A gravidade da situação, para esses grupos, é de tal ordem que já só a custo tentam disfarçar o enorme nervosismo face a esta possibilidade de o ocupante do cargo político mais importante da nação mais poderosa do globo passar a dispensá-los do papel de “filtros” ou “mediadores” que chamaram a si.
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Foi visível a "incomodidade" da jornalista do "60 minutos" da CBS, quando o Presidente eleito lhe disse, que o seu meio de falar com as pessoas, continuará a ser muito através do contacto pessoal e através destas redes sociais:
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Isto porque:
- Se o fizer, como o fez, a comunicação social deixa de ter o monopólio de "dominar" e influenciar as mentes dos cidadãos menos informados;
- Se o fizer, como o fez, a comunicação social em geral (propriedade de grupos de interesses políticos e financeiros), deixam definitivamente de ter o monopólio de dizer o que querem, sem que ninguém os contradiga;
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Ora isto é terrível para vários grupos, a saber:
- Para os "comentadores" e pretensos " analistas", que têm imposto a "sua verdade";
- Para os "jornalistas" que deixam de ter a imagem (ainda que falsa) de serem "os donos da verdade";
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O nervosismo e a falta de inteligência, da maioria destas pessoas, expressas nos seus comentários, têm sido flagrantes e denota um nível de inteligência bastante abaixo do que eu esperava.
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O Programa do 45º Presidente dos USA
Dito isto, de forma pública e clara, pretendo agora dar alguma informação, tendo por base - o Programa Político - do futuro 45º Presidente, sobre as reais intenções do mesmo e que estão a deixar muito nervosos e incomodados os dirigentes políticos ocidentais:
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1º) Imigração - o que está no seu programa - (não comento discursos de campanha) - é:
a) Vigiar mais efectivamente as fronteiras dos EUA, sobretudo com o México;
b) Repatriar os Imigrantes Ilegais, sobretudo os que já tiverem cadastro policial por infrações à lei americana;
c) Impedir a entrada de novos imigrantes ilegais;
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d) Vedar mais a fronteira dos EUA/México, quer com redes de segurança, quer com muros, (que já existem em boa parte da mesma) quer em policiamento para suster a imigração ilegal, o contrabando, o tráfico de drogas, e de armas;
e) Estabelecer especial vigilância sobre os imigrantes que queiram entrar nos EUA, sobretudo os oriundos dos países muçulmanos;
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2º) Economia -
a) Baixar os impostos sobre as pessoas, reformulando os escalões;
b) Baixar os impostos para as empresas;
c) Requalificar as infra-estruturas rodoviárias dos EUA, construídas nas décadas de 1950 e 1960, que estão em estado de degradação visível, recorrendo sobretudo a joint-ventures com investidores privados;
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d) Requalificar hospitais e aeroportos que estão a ficar obsoletos;
e) Tentar repatriar boa parte da indústria americana, que se tinha deslocalizado para outros países;
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3º) Saúde -
a) Substituir o "Obamacare" por outro programa;
b) Eliminar do mesmo o que custa muito dinheiro, e que está a arruinar o orçamento dos EUA, e repor os programas pré-existentes de seguros, e programas de reforma em vigor;
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4º) Política Externa –
a) NATO - desde 1945 que os países europeus quase nada contribuem, quer em meios militares, quer em orçamento, para as despesas da organização.
Pretende que, sobretudo a França, a Alemanha e o Reino Unido, passem a contribuir com mais meios e mais dinheiro e aliviem assim as correspondentes contribuições dos EUA;
b) TTIP - anulação das negociações;
c) NAFTA – renegociação dos acordos em vigor;
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d) Restabelecer as negociações com a Rússia, por forma a pacificar a zona euro-asiática;
e) Reexaminar o acordo nuclear feito com o Irão;
f) Introduzir direitos niveladores aos produtos oriundos dos países asiáticos, em que vigorem esquemas de remuneração que distorcem a concorrência sã, e que estão a prejudicar a economia americana; - (salários de miséria, inexistência de férias, trabalho infantil, etc);
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Apenas uma nota: é curioso que quase todos os que dizem defender “os direitos humanos” estão agora, em nome da “concorrência leal” ou de um pretenso “mercado livre” contra esta intenção do novo Presidente.
Porque será?
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5º) Supremo Tribunal - nomeação de um novo Juiz que defenda a Vida - pró-vida - contra o aborto e suas práticas, para além das razões médicas que antes já estavam contempladas;
Reside, sobretudo aqui, o enorme desconforto dos liberais de costumes.
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Estas são as medidas mais significativas que o novo Presidente se propõe levar a cabo, durante o seu mandato.
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O resto, meus caros amigos, foram os discursos excessivos que AMBOS (Hilary e Trump) os candidatos proferiram durante a campanha eleitoral, os quais não comento, mas que lamento que AMBOS o tenham feito.
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Apenas uma nota:
- É curioso que os insultos e acusações constantes de Hilary Clinton a Donald Trump têm passado em branco e que só os que este proferiu em relação e ela tenham sido motivo de notícia nos "órgãos de informação".
Curioso... Mas significativo!
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Se cumprir o programa que está escrito e anunciado, e apesar de isso poder "prejudicar" a União Europeia, Donald Trump tem o meu respeito e apoio.
Se eu fosse americano, e à luz deste programa, que os "jornalistas" e "analistas" se esforçaram, e esforçam, por não divulgar ou distorcer, tinha votado nele.
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Face a esta realidade qual deveria ser a atitude de Portugal.
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Como Português: espero que nos aproximemos novamente dos EUA e do Reino Unido, pois está em formação, de novo e com nova força, o poderosíssimo Eixo Londres-Washington.
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Já o previa, embora não por estas razões, há alguns anos (2001), em trabalhos que publiquei sobre “Portugal e o Mar” e sobre os “As Relações Transatlânticas – Cenários Prospectivos”.
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Tal acção trar-nos-ia várias vantagens económicas, financeiras e políticas, pois:
- Somos um País que está no Centro do Mundo Atlântico;
- O Reino Unido é o nosso mais antigo Aliado (Tratado de Windsor);
- Este eixo reconstruído, será o eixo mundial mais forte, em termos dos capítulos acima enunciados;
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- Evitaremos ser dominados pela Alemanha;
- Aliviaremos o domínio excessivo, e esmagador, da U.E. sobre o nosso país, que tenho vindo a denunciar.
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Já agora merecia a pena pensar bem no que convosco acabei de partilhar.
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Uma última nota:
Não sendo americano e não apreciando de todo os discursos insultuosos de AMBOS os candidatos, apenas me resta respeitar a vontade democrática do Povo Americano.
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Tem sido divertido apreciar os discursos contra o “Sistema Eleitoral” americano. E apetece-me perguntar:
- então durante as duas eleições de Barack Obama o “sistema eleitoral” era bom e a gora não presta?
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Uma outra pergunta para aqueles se arrogam o direito de serem os únicos defensores da democracia:
- Então agora que votaram um recorde absoluto de americanos – cerca de 170 milhões de pessoas – os resultados denotam que os americanos são incultos e ignorantes?
- Então durante as duas eleições anteriores os americanos eram a maior democracia do Mundo e inteligentes e sábios? E, de repente deixaram de o ser?
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As previsões do DEUTSCHE BANK sobre a Política de TRUMP
Segundo o mais recente relatório do Deutsche Bank, a política anunciada pelo novo Presidente dos EUA, "tem o potencial de criar uma nova era de crescimento da economia americana e pode mesmo vir a servir de padrão para a economia mundial."
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Segundo afirmou David Folkerts-Landau, Economista.-Chefe do Deutsche Bank “esta política tem o potencial de aumentar o crescimento da produtividade americana”, acrescentando que “ao mesmo tempo que Trump introduz a incerteza, isso é melhor do que a certeza da continuação de um cenário medíocre”.
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Prevê para os EUA, um crescimento do PIB de 2,4% em 2017 e de 3,6% em 2018, contra o crescimento médio do governo Obama que foi de apenas 1,6% ao ano, crescimento que o Deutsche Bank classifica como “the worst recovery since the Great Depression.”
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Isto deixa muitas pessoas "à beira de um ataque de nervos".
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Vamos ver o que o futuro – 1 a 2 anos – nos dirá sobre este novo Presidente Americano, que vai governar para os AMERICANOS, e sobre as suas promessas que fizeram acreditar tanta gente nele.
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Uma coisa é certa, Trump é multimilionário, não precisa dos “lobbys” para nada, nem do partidos políticos e prescindiu do seu ordenado de Presidente dos USA.
isto é muito incomodativo, sobretudo para o grupo de Bill Clinton e suas “ligações escocesas”.
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Por mim, vou seguir com muita atenção este 1º mandato do novo Presidente, do nosso Aliado - Estados Unidos da América.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

Director do semanário "O Diabo"
Gestor de Empresas
Doutorado em Estudos Europeus
Auditor de Defesa Nacional
 
 


 

20 janeiro 2017

Portugal e o Futuro

O que é preciso Fazer
para Portugal Crescer?

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Já desde há 6 anos que venho publicando algumas das minhas propostas, com o objectivo de suprir aquilo que os Partidos não fazem: - Medidas concretas, para atingir Resultados concretos.
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No fundo, e em síntese, aquilo que eu, e a minha equipa, faríamos se fossemos Poder, para melhorar a vida dos Portugueses e tornar o nosso País mais relevante na cena internacional.
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Deixo-vos aqui uma pequena síntese:
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(1) Estado Previdência - manter as 3 funções do Estado Previdência enunciado por Bismark, e levado à prática pelos Conservadores europeus, no pós-guerra, a saber:
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(a) quando uma pessoa está doente, será tratada. Admito que para os rendimentos familiares acima dos 3.000 euros líquidos, as pessoas sejam chamadas a participar nos custos da saúde com 20% a 30% das despesas;
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(b) quando uma pessoa se vê involuntariamente desempregada, receba um subsídio de desemprego, durante um período de tempo que será tanto maior quanto a sua idade e descontos efectuados;
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(c) quando uma pessoa atinge a idade de reforma receba uma pensão que lhe permita ter uma vida digna, mas com um mínimo de 33 anos de descontos.
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(2) Estado Social- reduzir ou eliminar as comparticipações do Estado na Educação para pessoas com rendimentos mensais acima dos 3.000 euros líquidos/mês.
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Abaixo destes rendimentos instaurar o cheque educação, sobretudo no Ensino Superior em que o aluno só começará a pagar esse adiantamento quando tiver um emprego estável com remuneração acima dos 2 salários mínimos numa percentagem que não poderá ultrapassar os 20% do seu rendimento mensal.
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(3) Soberania - racionalizar as funções que competem ao Estado Soberano, mantendo-as na exclusiva dependência pública e suportadas pelo Orçamento Geral do Estado. Procurar que estas funções sejam reorganizadas tendo em vista que são funções de Soberania face a terceiros e como tal inalienáveis.
Diversificação das dependências internacionais de Portugal, de forma a recuperar alguma autonomia e a recuperar o direito à autodeterminação, em sede de:
- Políticas de Segurança e de Defesa, Política Externa, Política Orçamental, Política Câmbial, Política Monetária, Política de Justiça e Assuntos Internos.
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(4) Economia - Medidas Concretas necessárias para o início do Desenvolvimento Económico e a Criação de emprego, tais como:
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(a) Recriação do Banco de Fomento para apoio e financiamento integral de Novos Projectos Industriais; Ou seja, a restauração de um Banco de Investimento, separado da banca comercial e de retalho, dedicado exclusivamente a apoiar Novos Investimentos privados, que criem novos empregos, novos produtos e serviços;
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(b) Concessão de um Crédito Fiscal a 100% aos Lucros das empresas que sejam reinvestidos em equipamentos, ou instalações dedicadas à produção, ou que criem mais 20% dos empregos permanentes pré-existentes na empresa, nos 2 anos a seguir ao lucro verificado;
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(c) Descida do IRC para Novos Projectos Industriais, Agrícolas e de Pescas, progressivamente.
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Isto é no 1º ano a empresa pagará apenas 80% da taxa média, no 2º ano 60%, no 3º ano 40% e a partir do 4º ano (se mantiver Todo o Emprego), 35% da taxa média em vigor.
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(d) Proibição/desincentivo das práticas de Dumping (como aliás está estabelecido) com agravamento das multas até metade do Capital Social das empresas que o pratiquem;
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(e) Limitação dos Spreads dos empréstimos às empresas, por parte da Caixa Geral dos Depósitos e do novo Banco de Fomento, a 2 pontos percentuais e eliminação da possibilidade da cobrança de comissões bancárias aos empréstimos que se reportem a novos investimentos.
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(5) Finanças:
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(a) renegociação dos prazos de pagamento da Dívida Externa para um período não inferior a 50 anos;
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(b)renegociação dos spreads dos Juros da Dívida Externa para 0,5%, junto do BCE, FMI e UE.
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(c) Reativação dos Certificados de Aforro, com Taxas atraentes para os particulares de forma a captar financiamento privado às actividades do Estado;
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(d) suspensão/eliminação das rendas excessivas das PPP's e EDP.
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Estas são apenas algumas Propostas Concretas que aqui deixo para seu conhecimento.
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Melhores cumprimentos.
Miguel Mattos Chaves

Gestor de Empresas
Doutorado em Estudos Europeus
Auditor de Defesa Nacional
Director do semanário O Diabo

18 janeiro 2017

Manipulação ou Informação em Portugal? O que cá quase não se diz!

MANIPULAÇÂO ou informação?
aqui vai apenas ... INFORMAÇÃO !

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Uma vez que os órgãos tradicionais de comunicação social portugueses não informam e tentam antes manipular os Portugueses, aqui vos deixo 4 artigos sobre a REALIDADE do MUNDO, em vários países: ESCÓCIA, FRANÇA, REINO UNIDO, EUA.
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Boa Leitura
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(1º ARTIGO) – Fonte: Relatório do Deutsche Bank
(divulgado em Portugal pelo semanário “O Diabo”)

As previsões do DEUTSCHE BANK sobre a Política de TRUMP
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Segundo o mais recente relatório do Deutsche Bank, a política anunciada pelo novo Presidente dos EUA
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"tem o potencial de criar uma nova era de crescimento da economia americana e pode mesmo vir a servir de padrão para a economia mundial."
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Segundo afirmou David Folkerts-Landau, Economista.-Chefe do Deutsche Bank “esta política tem o potencial de aumentar o crescimento da produtividade americana”,
....
acrescentando que “ao mesmo tempo que Trump introduz a incerteza, isso é melhor do que a certeza da continuação de um cenário medíocre”.
...
Prevê para os EUA, um crescimento do PIB de 2,4% em 2017 e de 3,6% em 2018,
...
contra o crescimento médio do governo Obama que foi de apenas 1,6% ao ano,
....
crescimento que o Deutsche Bank classifica como “the worst recovery since the Great Depression.”
...
Para Vosso conhecimento
…………………………………….
(2º ARTIGO) – Fonte: "The Telegraph"
(divulgado em Portugal pelo semanário “O Diabo”)

A CITY de Londres mantém a sua importância
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Em declarações ao ‘Telegraph’, Mark Boleat, uma figura sénior da City londrina, afirmou que Londres continuará a ser o Centro Financeiro mais importante, a nível mundial,
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apesar do Brexit e do nervosismo inicial que o resultado do referendo de 2016 provocou.
...
Igualmente Matt Brittin, o Presidente europeu do grupo Google, veio reafirmar que a sua empresa continuará a investir na Grã-Bretanha dada a dimensão do seu mercado interno.
...
Começam a ruir as previsões, ou melhor os desejos, dos analistas defensores do federalismo europeu, que pretendiam “castigar” o Reino Unido por este afirmar a sua independência face à UE.
....
Para vosso conhecimento
…………………………………….
(3º ARTIGO) – Fonte: « Le Figaro »
(divulgado em Portugal pelo semanário “O Diabo”)
….
Sondagens em França

Segundo a mais recente sondagem efectuada no início de Janeiro, e agora publicada no « Le Figaro », se as eleições para a Presidência de França se realizassem agora,
...
François Fillon, da Direita (Partido Republicano), obteria entre 23 a 25% dos votos,
...
Marine Le Pen, da Direita (Partido Front National), obteria entre 22 a 24%
...
e Emmanuel Macron, da Esquerda (Partido Socialista) obteria apenas 16 a 18%.
...
À esquerda perfilam-se ainda as possibilidades (dependendo do resultado das primárias do PS) de Jean-Luc Mélenchon, que obteria entre 13 e 15%, abaixo portanto de Macron, e de Manuel Valls que não obteria, no melhor dos casos, mais do que 13% dos votos.
...
Estes resultados significam que Fillon tem perdido a vantagem que tinha sobre Le Pen, em anteriores sondagens, mas também que o resultado mais provável seria a passagem à segunda volta das Presidenciais dos dois candidatos da direita Francesa, afastando da segunda volta qualquer que seja o candidato socialista à corrida ao Palácio do Eliseu.
...
Para vossa informação.
…………………………………………
 (4º ARTIGO) – Fonte: BBC
(divulgado em Portugal pelo semanário “O Diabo”)

Mudanças políticas na ESCÓCIA
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Numa evidente mudança de posição política dos socialistas escoceses face ao Brexit,
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em entrevista concedida à BBC,
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a actual líder do Partido Trabalhista da Escócia, Kezia Dugdale, disse que “é mais importante manter a coesão no Reino Unido do que ficar mais perto da União Europeia”. ...
...
E acrescentou que para fazer face à pobreza e às desigualdades existentes no Reino Unido será mais eficaz a actuação dos serviços deste país, do que o recorrer aos apoios oriundos da União Europeia.
...
Recorde-se que o “Labour” escocês foi um dos campeões da campanha pela permanência do Reino Unido na U.E.
...
Para vosso conhecimento.
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Director do semanário "O Diabo"

10 janeiro 2017

Para que a MEMÓRIA não se perca...

PARA MEMÓRIA FUTURA
...
o Grande ERRO Geoestratégico de PORTUGAL no Séc. XX
- A História do 25 de Abril e a DESCOLONIZAÇÃO -

Vejamos Portugal foi Vitima do Conflito Leste /Oeste e Vitima da COBIÇA sobre os Recursos Naturais existentes nas Ex-Províncias Ultramarinas (Ouro, Diamantes, Café, Algodão, Sisal, etc..)

Vamos então aos FACTOS:

(1) Em Angola, já não havia guerrilha digna desse nome desde 1968. O MPLA (apoiado por Moscovo) já só tinha quadros no exterior, a FNLA (financiada por Chineses e Americanos) estava reduzida a dois bi-grupos de Catangueses e a UNITA colaborava já com Portugal.
A guerra estava Ganha;

(2) Moçambique, com a Operação "Nó Górdio", a FRELIMO de obediência Soviética, estava já práticamente confinada a pequenas faixas do Norte, refugiada na Tanzânia e em riscos de extinção completa (ver declarações do próprio Samora Machel de 1976).
A guerra estava Ganha;

(3) Guiné - o caso mais complicado dada exiguidade do território e a cobertura do Senegal e da Guiné Conakri ao movimento terrorista alinhado com a URSS (PAIGC), que após a Independência Chacinou as tropas Locais (Comandos Africanos) que apoiavam Portugal e que Portugal abandonou cobardemente;

(4) São Tomé e Principe e Cabo Verde - nunca tiveram nenhum conflito armado nem solicitaram a Independência: foi-lhes dada por pelos dirigentes políticos da altura, sem nenhuma consulta aos respectivos Povos;

(5) Timor - apesar dos múltiplos apelos da Indonésia para que Portugal não abandonasse o território pois "não podemos tolerar um Regime Comunista nas nossas fronteiras..." os referidos dirigentes políticos entregaram o Poder ao Partido Comunista Local (FRETILIN) abandonando todas as outras forças políticas e o Povo Timorense que queria permanecer Português; Seguiu-se a chacina que durou anos, ao Povo Timorense. por parte da Indonésia.

(6) Macau - a cereja em cima do bolo: contra a vontade do Governo da China, o General Ramalho Eanes decidiu iniciar "consultas" para fazer Macau integrar a China, o que consegui em 1998, para grande surpresa do Governo Chinês que nada tinha pedido sobre a matéria.

Com a descolonização Portugal (os seus líderes políticos da altura) provocou centenas de milhares de mortos, no período entre 25 de Abril de 1974 e Novembro de 1975. A história os julgará.

Uma coisa é certa: Chamar Revolução dos Cravos ao que aconteceu em Abril de 74, só por profunda má consciência e por tentativa de esconder o que aconteceu na verdade.
...
Por último: Que motivação esteve por detrás do Movimento Revoltoso do 25 de Abril de 1974?

Sejamos claros:
- o Regime da Democracia deve-se aos Militares e a mais ninguém, a nenhum partido, nem personalidade.
...
É realmente uma história mal contada. Vejamos o que queriam então os Capitães que conceberam e que lideraram o golpe de Estado de 1974.

Em 1º lugar: queriam que os Oficiais Milicianos do Quadro de Complemento (oficiais milicianos), se quisessem entrar para o Quadro Permanente das Forças Armadas, após a sua Comissão de Serviço no Ultramar, frequentassem a Academia Militar durante os mesmos anos que eles a tinham frequentado;
...
O General Sá Viana Rebelo ao produzir um despacho que admitia que os Oficias milicianos poderiam entrar para o Quadro Permanente sem frequentar a Academia, deu origem ao mais importante factor descontentamento dos Oficiais do Quadro Permanente;

Em 2º lugar, havia uma reivindicação, por parte sobretudo dos Oficiais Subalternos (Alferes a Capitão), para que a sua remuneração fosse melhorada quando em Zona Operacional, no Ultramar;

Em 3º lugar, havia a “exigência” de que o armamento fosse melhorado e renovado, para o geral das Forças Armadas.

Não tendo o Poder Político da altura respondido positivamente a estas reivindicações, deu-se a primeira manifestação fardada no Terreiro do Paço, em 1972.
...
Não tendo o poder político reagido como devia, ouvindo e acolhendo, pelo menos em parte, estas reivindicações, os Oficias passaram a reunir-se, com o objectivo de despoletar, o que viria a ser a revolução do 25 de Abril.

Note-se que estas reivindicações foram, sobretudo, feitas pelos Oficiais então na Metrópole. Por inoperância dos governantes, estendeu-se depois ao Ultramar, com os resultados que conhecemos.

CONCLUSÃO:
Portugal teve que se defender sempre dos interesses da URSS, EUA e CHINA; A cobiça destas potências em relação às riquezas do Ultramar Português foi sempre conhecida, para além dos interesses político-estratégicos resultantes do conflito Leste-Oeste (Comunismo-Capitalismo) que vigorou até 1991.

Mas Portugal teve sempre o apoio, esmagadoramente maioritário, das populações Negra, Branca e Mestiça, dos Territórios Ultramarinos;

Portugal, e todos esses cidadãos do Ultramar, foram assim traídos na “rectaguarda” por Políticos e Militares sem Visão de Estado, sem Patriotismo, sem percepção da Geoestratégia e da Geopolítica.

OBS: Em 1974 e já numa viragem da Política Externa dos EUA, o então Secretário de Estado Henry Kissinger afirmou numa Sessão do Congresso Norte-Americano:
- "Portugal é essencial à estabilidade do Continente Africano, em geral, e em particular à estabilidade da África Austral... ". Citei.

Portugal, (os seus dirigentes da altura) tornou-se assim responsável pelo Genocídio que teve lugar entre 25 de Abril de 1974 e 11 de Novembro de 1975; Na verdade, só em Angola morreram mais de 100.000 pessoas nesse período, com o prolongamento em Timor até aos anos de 1990.

Os políticos, da altura, e os militares do MFA, destruíram assim a vida de milhares de famílias Brancas, Negras e Mestiças … Portuguesas.

Para que a Memória não se perca.

A História fará, o que os portugueses, de agora, não têm a coragem de fazer:
- Julgará severamente estes acontecimentos, e as suas consequências.

Tudo isto foi feito SEM CONSULTA aos povos interessados pois sabiam, os políticos, da altura e os Militares, que a Vontade esmagadora dos Povos do Continente e dos Territórios Ultramarinos, era a da Continuação do Portugal Pluricontinental.
Por isso não fizeram a Consulta, que aliás o Movimento dos Capitães, a que sucedeu o MFA, tinha Prometido fazer.

Incómodo? Sei que é muito!
Mas a Verdade tem destas coisas.

Melhores cumprimentos.
Miguel Mattos Chaves
Cidadão Português - Militar que cumpriu o Serviço Militar em Angola

09 janeiro 2017

As grandes qualidades e alguns defeitos do Povo Português

Portugal tem 900 anos de existência como país independente, possui uma história rica, e foi capaz de influenciar a história mundial, chegando a ser a potência mundial dominante, mesmo em tempos em que o número dos seus habitantes não chegava aos 2 milhões.
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Foi capaz de dar “novos mundos ao mundo” e foi capaz de trazer inovações importantes no relacionamento entre os vários países. Inovações que mudaram para sempre o ambiente mundial, como foi o caso da globalização do comércio internacional. Fomos, na verdade, os autores e fautores dessa 1ª globalização.
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Mas apesar deste e de outros feitos notáveis, em vários campos como a medicina, tecnologia da informação, indústria cerâmica, dos moldes, do calçado, têxtil, e outras, investigação científica, e em outros campos, e apesar do reconhecimento internacional nessas matérias, continuamos colectivamente a ter uma espécie de complexo de inferioridade face a outros povos/nações, que a meu ver não tem qualquer razão de ser.
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Na verdade, e quem trabalha ou trabalhou em multinacionais sabe-o muito bem, em nada somos inferiores a nenhum outro povo.
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O nosso país tem uma população com três características muito pouco vulgares no Mundo.
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A primeira das quais é a sua - Resiliência – isto é, a capacidade fora do comum de resistir e enfrentar adversidades. Esta característica fez, por exemplo, com que os nossos militares fossem um exemplo para muitos exércitos mundiais, dada a sua capacidade de combater em terrenos muito adversos, com equipamentos nem sempre adequados, resistir a condições climáticas diversas e por vezes muito agrestes.
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Ainda hoje, e dada esta peculiar característica, os nossos destacamentos militares que se encontram em missões de paz, um pouco por todo o mundo, são elogiados pelos nossos parceiros do sistema mundial.
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Uma outra característica que nos diferencia positivamente de outros povos é a nossa bem conhecida - Versatilidade Mental – isto é, a nossa capacidade de adaptação a novos métodos, novos desafios e novas tecnologias.
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Esta característica muito apreciada pelos estrangeiros, possibilita ao português médio aprender muito fácilmente novas tarefas, o que lhe dá uma mobilidade média superior.
Esta característica é muito visível, sobretudo, nos nossos emigrantes espalhados pelo mundo, mas também por cá.
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Por fim, temos um - Espírito Criativo Superior – isto é, uma capacidade invulgar de encontrar soluções para problemas inesperados ou fora do comum.
Esta característica é muitas vezes desvalorizada por nós próprios, não sendo invulgar ouvir classificá-la depreciativamente como a capacidade do “desenrascanço”.
É pena que sejam os portugueses, os próprios, a desvalorizar e classificar depreciativamente esta característica notável e invulgar.
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Estas três características, todas elas positivas, permitiram-nos, enquanto país, atingir feitos extraordinários, sob todos os pontos de vista, em vários períodos da nossa história, quando tivemos dirigentes à altura.
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Permitem a inúmeras empresas, quando bem dirigidas (e já lá vamos) ter sucesso não apenas no mercado interno, mas muito no mercado mundial. Permitiram, e continuam a permitir, que as filiais de empresas multinacionais que operam em Portugal, sejam das mais rentáveis, per capita, dos grupos mundiais que integram.
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O que nos falta então?
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- Estratégia e Organização – ou seja a capacidade de conceber estratégias de médio e longo prazo, suficientemente claras e devidamente conhecidas para poderem ser adoptadas e seguidas por todos os envolvidos;
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- Planeamento Realista – ou seja a capacidade de, na sequência da estratégia delineada, montar sistemas adequados para a cumprir, em todos os níveis, com sucesso nos resultados;
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E finalmente, o grande “calcanhar de Aquiles português”- Ausência de Políticas de Motivação.
Ou seja, a esmagadora maioria dos dirigentes políticos, ou empresariais, portugueses não tem a mínima noção deste factor fundamental.
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Dado ser uma matéria que, só por si, justifica um artigo ou mesmo um livro, direi apenas que uma grande parte dos dirigentes Portugueses, é incapaz de elogiar os seus comandados quando eles desempenham bem as suas tarefas, mas são muito rápidos em criticar quando eles cometem erros no desempenho das mesmas.
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Estes três últimos factores (Estratégia e Organização, Planeamento Realista e Ausência de Políticas de Motivação) são, por definição, da responsabilidade dos Dirigentes.
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Uma direcção capaz define-se, em primeiro lugar, pela sua capacidade de os desenvolver e por em prática.
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Em resumo: Portugal tem as condições de base – o Ser Humano - com as características mais que necessárias para evoluir e ser mais rico e proporcionar melhor futuro aos seus cidadãos.
O que tem falhado, são grande parte dos dirigentes, políticos, associativos, sindicais, empresariais, que temos tido.
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Inevitável? Não!
Já agora merecia a pena pensar nisto!
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matos.chaves@gmail.com
(Editorial de dia 27 de Dezembro de 2017 – Semanário “O Diabo”)
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

Director do semanário "O Diabo"
Gestor de Empresas
Doutorado em Estudos Europeus
Auditor de Defesa Nacional

06 janeiro 2017

os BANCOS, o SISTEMA FINANCEIRO e a CRISE

Deutsche Bank
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Segundo a ‘Tribune Suisse’, o sistema bancário internacional está muito preocupado com o banco alemão, classificado como “mau aluno” pelo Comité de Bâle, recentemente reunido em Santiago do Chile.
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A este comité cabe a regulação internacional dos “bancos sistémicos” - ou seja, demasiado grandes para falir. ...
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O Comité acusou a gestão dos últimos 15 anos de ter feito “investimentos desastrosos” e “operações ilegais” e chama a atenção para a multa recorde aplicada nos EUA pela sua implicação no “escândalo dos subprimes”.
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Apesar de Angela Merkel ter afirmado que não porá dinheiro público na instituição, os analistas recordam que este banco pesa o equivalente a 10% do PIB europeu e, por esse facto, duvidam da sua afirmação.
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Desde 2009 que venho afirmando o óbvio: - quem provocou a Crise Internacional que vivemos foi o Sistema Financeiro e as suas más práticas.
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O culpado máximo: Os Governos Políticos que na década de 1980, decidiram "liberalizar" os movimentos de capitais e a actividade do Sistema Financeiro.
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Os resultados estão à vista: - de Liberalismo em Liberalismo, o mundo poderá conhecer graves convulsões sociais.
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Ainda não acabou. Creio bem que 2017 será um ano muito complicado nesta matéria.
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Quem vai pagar os Erros, a Incompetência, dos Governos Ocidentais e dos seus Aliados (que os compraram, na sua maioria) bancos, Fundos de Investimento, etc:
- Nós Cidadãos anónimos!
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Até quando ?
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

05 janeiro 2017

A LER ....

Para Vosso Conhecimento

Capa do semanário "O Diabo"
à venda nas bancas de jornais
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Alguns CONTEÚDOS:
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- Homenagem a JOSÉ PRACANA - Pág. 15
- O que podem os REFORMADOS esperar em 2017 - Pág. 6
- ELEIÇÕES que põem em causa a actual UE e prometem mudar a face da Europa - Pág 3
- Acordo ORTOGRÁFICO - O paradoxo da proposta da Academia das Ciências de Lisboa - Pág 23
- A RÚSSIA é um potencial aliado e não um inimigo - Pág 10
- D. VASCO JARDIM - Cavaleiro tauromáquico com exemplar carreira nas arenas - Pág. 21
- SEGURANÇA: as ameaças de reivindicação do “Al Andaluz” são mesmo para ser levadas a sério - Pág. 17
e outros assuntos de interesse.
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Boa leitura. ...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

01 janeiro 2017

Portugal para 2017

ANÁLISE - a Situação Política em Portugal
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ANÁLISE - a Situação Política em Portugal
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Peço que me acompanhem nesta breve reflexão, em que só tocarei nas questões principais.
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Vejo com crescente apreensão a escandalosa demagogia reinante, veiculada por dirigentes partidários, da esquerda à direita.
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Os verdadeiros problemas do País estão reduzidos à “mercearia do dia-a-dia”, analisados os seus discursos e atitudes dos últimos tempos.
Isto tanto por parte dos dirigentes da esquerda, como da dita direita.
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Vejamos:
(1).- A questão dos Feriados
Uns, quando eram Governo, tiraram inopinadamente e demagógicamente os feriados aos portugueses, com a desculpa de que isso traria desenvolvimento e riqueza a Portugal.
Como se verificou nada disso aconteceu, pois a questão da produtividade está muito para além disso.
Agora continuam a dizer que é um escândalo, e que o que querem os outros, a esquerda, é festa.
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Começo a lamentar ter no meu quadrante político pessoas com tão grande falta de qualidade.
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Que fique muito claro:
- O que se passou nos últimos 4 anos da coligação Paf, nada tem a ver com a postura da Direita Conservadora e Democrata-Cristã, como bem sabem os que estudam, ou estudaram, as matérias de ciência política, e nada tem a ver com a prática política, dos Partidos Conservadores e Democratas-Cristãos de outros países. (Vidé PP espanhol, Conservadores ingleses, etc.).
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(2).- A questão do Orçamento
O anterior Governo, - 2011-2015 -, para resolver a crise (que não resolveu, antes a agravou, lamento dizê-lo) penalizou apenas uma parte da sociedade:
- os que trabalham por conta de outrém e os reformados, na origem dos seus rendimentos.
Isto é, quebrou-lhes de forma violenta os seus rendimentos.
Qualquer pessoa, mesmo com baixas qualificações ,o poderia ter feito, pois era o mais fácil de fazer, tal como fui chamando a atenção das pessoas durante os 4 anos passados, por várias formas e em diversos fóruns.
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Mas … não tratou os portugueses todos da mesma forma, pois deixou de fora, e intocados:
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- 1.562 Institutos Públicos, (criados pelo PSD e pelo PS, à vez, nos últimos 40 anos) que não são mais que duplicações de Direcções Gerais de Ministérios.
Esses Institutos foram criados apenas para dar emprego aos “boys” políticos de ambos os partidos, ou para fugir às regras da contratação pública;
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- 684 Fundações – as quais, na sua esmagadora maioria, não servem a comunidade nacional, nem nos campos científicos, nem em acções de bem-fazer, etc… (razão de ser de uma fundação). Ora as Isenções Fiscais e os prémios fiscais, atribuídos a estas entidades, somam muitas centenas de milhões de euros, que deveriam ser Receitas para o Estado, mas de que este (nós) não usufrui;
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- 318 Empresas Municipais – que foram criadas pelas autarquias para estas fugirem às regras de contratação pública e para dar emprego a “boys” partidários, que consomem mais alguns milhões de euros ao erário público, sem nenhuma uilidade para Portugal;
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- EDP – em Espanha, Mariano Rajoy do PP, acabou com o escândalo das rendas à eléctrica espanhola.
Em Portugal não só a vendemos a outro Estado (China), como continuamos a pagar os desmandos de anteriores gestões da eléctrica Ex Portuguesa;
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Na verdade, não houve nenhuma privatização, mas sim a venda a outro Estado Soberano, de uma empresa rentável e vital.
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Por de cima disto tudo, não só o Estado Português perdeu as receitas desta empresa, como perdeu os seus lucros.
Ainda mais grave, continuamos a pagar a factura de electricidade mais elevada da Europa.
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- PPP’s – neste particular, deixaram que as empresas ligadas a este “esbulho” aos portugueses, continuassem a usufruir de rendimentos escandalosos em prejuízo das contas públicas;
O que dizem que renegociaram, na verdade, é o Estado (nós – contas públicas) quem vai pagar.
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Explico: retiraram, por exemplo, a Reparação e Conservação das estradas das empresas PPP’s e passaram essa responsabilidade para o Estado, tendo então a verba respectiva sido retirada dos tais contratos e passado a ser mais uma futura Despesa do Estado.
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E tudo isto num quadro de 4 anos de maioria absoluta, em que poderiam e deveriam ter tratado destes assuntos em favor de Portugal e dos Portugueses, tal como preconizava o "Memorando de Entendimento" com a "troika".
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Ou seja a dita direita, simplificando, “nacionalizou os rendimentos” – salários, reformas, pensões – o que contraria formalmente a atitude dos verdadeiros Partidos Conservadores e Democratas-Cristãos.
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Esta política seguida foi, em bom rigor, e na verdade, uma política tipicamente de esquerda.
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Mas a confusão de ideias reinante em Portugal, a par da impreparação dos dirigentes políticos, produz estas estranhas situações.
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(3).- Agora com a esquerda no Poder:
A esquerda, quer devolver o que foi tirado aos cidadãos. O que me parece bem, pois a produtividade não vem do ridículo número de horas trabalhadas que os feriados representam, mas sim do valor acrescentado dos produtos, das vendas, da inovação, do lançamento de novos produtos e empresas, da conquista de novos mercados, etc.
Exemplo simples: se um produto é vendido a 1 euro, com um valor acrescentado de 20 cêntimos, a produtividade é menor do que numa empresa que venda a 2 euros o mesmo produto com um valor acrescentado de 60 cêntimos. Simples aritmética.
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Portanto dizer que os 4 feriados é que prejudicam as contas nacionais é pura má-fé e demagogia, o que retrata bem uma ignorância e incompetência difíceis de suportar, pelo menos, por parte dos cidadãos que pensam, e quem têm o engrandecimento de Portugal, como seu objectivo.
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Para mim, cidadão da Direita Conservadora, é mesmo um insulto à Direita.
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(4).- os Impostos sobre o Consumo
Este Governo (o actual) fez subir os Impostos sobre o Consumo.
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Por outro lado devolve os Impostos que foram criados sobre os Rendimentos de quem trabalha por conta de outrém ou sobre os reformados, tentando compensar a perda de receitas deste grupo de portugueses.
Ou seja, simplificando, tenta “nacionalizar o consumo”.
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Do mal, o menos, pois se tivesse realmente devolvido aos Portugueses tudo o que lhes foi “esbulhado” pelo anterior Governo da PaF, tal seria compensador.
Por exemplo: - para quando a reposição dos Escalões do IRS?
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Mas não. Devolvendo apenas uma pequena parte do que foi indevidamente tirado aos portugueses, e ao criar impostos sobre o consumo, na realidade o que está a fazer é devolver por um lado e a tirar por outro, o pouco que devolveu, não contribuindo assim em nada para o crescimento do consumo privado saudável, que anunciou ser um dos seus objectivos.
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Outra coisa seria devolver tudo o que foi tirado às pessoas e então optar por esta política de penalizar alguns produtos de consumo, deixando à escolha das pessoas os comprarem ou não.
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Se o tivesse feito, este Governo da esquerda deixaria aos portugueses a decisão de consumir ou não os produtos e serviços (alvo de impostos), mas estes teriam do seu lado o dinheiro que lhes foi “roubado” de 2011 a 2015.
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E comecemos pelos impostos sobre os combustíveis.
Tratando-se de mais impostos que deprimem o Poder de Compra das pessoas, como automobilista, não posso deixar de ficar aborrecido pois já pago demasiados impostos, taxas, coimas, etc. só para ter o direito de me deslocar de automóvel.
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Ora esta prática é típica de um Estado Socialista que nos quer por, à força, todos a andar de transportes públicos ou de bicicleta, o que a mim me irrita sobremaneira e deveria irritar quem defende o direito de as pessoas poderem usufruir dos bens da civilização que são colocados à nossa disposição.
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Por outro lado, impôs novos impostos sobre o tabaco, arvorando-se em Pai dos cidadãos, o que é também típico de um Estado Socialista.
Pessoalmente não gosto que o Estado queira tomar esse papel de Pai, pois não lhe reconheço nem o direito, nem a qualidade, para desempenhar tal papel.
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Quis ainda subir o imposto de selo sobre transações bancárias. Acho bem. Mas pouco ou nada se sentiu e temo que pouco ou nada se sinta, junto de quem deveria fazer-se sentir.
Mas à necessidade de a banca e o sector financeiro terem que ser metidos na ordem, pois foram a causa real desta crise porque passamos, a esquerda e a direita continuam a dizer … nada!
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Por isso não acredito que o PS faça alguma coisa nesta matéria, tal como o PSD e o seu aliado não o fez, quando podia e devia.
A promiscuidade entre o poder político e o sistema financeiro fica assim, e definitivamente a descoberto, embora tal facto não seja uma novidade ou uma surpresa para ninguém.
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Agora a esquerda fez aprovar uma Lei onde se estipula que os funcionários públicos passem das 40 horas de trabalho, para as 35 horas, o que é um verdadeiramente um escândalo.
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E aqui sim, pelo acumulado de horas a menos de produção:
- 5horas semana Vezes 52 semanas dará uma diminuição de 260 horas/ano, por pessoa, Vezes cerca de 4 milhões de pessoas que trabalham, tem que ter um reflexo significativo na produção nacional (que não a produtividade = volume de negócios a dividir pelo número de empregados) do Estado e das Empresas do sector público, com prejuízos potenciais graves para a riqueza criada no País.
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(5).- EM RESUMO:
O anterior Governo, reduziu os rendimentos dos cidadãos, pela imposição de impostos e taxas sobre os seus rendimentos, não lhes deixando nenhuma escolha de como gastar o seu dinheiro;
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O actual Governo, quer reduzir os rendimentos dos cidadãos que consumam determinados bens, deixando à sua escolha continuarem a consumi-los ou não, mas não lhes devolvendo tudo o que lhes foi tirado, que assim possibilitasse que tal capacidade de escolha fosse real e não apenas uma promessa.
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NOTA FINAL:
Continuam ambos, (esquerda e direita política), a discutir questões que não passam da classificação da “mercearia do dia-a-dia”.
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De fora ficam os temas verdadeiramente importantes, e que não são verdadeiramente abordados de forma séria, coerente e proactiva.
Ou seja responder às questões:
1. - Que País temos, quais as nossas qualidades e defeitos;
2. - O que queremos ser?
3. - Como vamos fazer para sair do caminho do definhamento?
4. - Como vamos entrar no caminho do desenvolvimento?
5. - O que queremos ser no seio do Sistema Internacional?
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Ou seja, como vamos definir uma Estratégia Nacional para 5 ou 10 anos, em matéria de:
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(a).- Política Externa – adoptando a necessária e fundamental diversificação de dependências, para que possamos sobreviver e nos possamos desenvolver;
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(b).- Emprego – como vamos re/ industrializar o País, criando os meios para tal, de forma a criar mais empregos estruturais na economia, mais bem remunerados;
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(c).- Rendimentos e Fiscalidade – que política é necessário construir, nestes dois domínios; como vamos tornar estes factores estáveis e previsíveis, de forma a atrair investidores nacionais e internacionais que criem mais empregos?
Que medidas serão necessárias tomar, para proporcionar mais rendimento disponível às famílias portuguesas, para que elas possam comprar bens e serviços, de preferência produzidos em Portugal;
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(d).- Burocracia – como se pode reduzir drásticamente a Burocracia que afecta os cidadãos e as empresas, e que tem custos elevadíssimos na produção de riqueza do País.
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Ora é importante e vital que se encontrem as respostas para estas questões, que são fundamentais para o nosso futuro individual e colectivo enquanto nação independente e interdependente do Sistema Internacional, de forma a vencer os desafios que se colocam com esta 3ª globalização.
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Temos que ser capazes de criar as condições para um Desenvolvimento Sustentado que atraia verdadeiramente os Investidores Nacionais e Internacionais para a criação de mais e melhor emprego em Portugal.
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Mas … será pedir muito aos actuais dirigentes político-partidários que se entendam sobre estas matérias?
Até quando?
Miguel Mattos Chaves