31 março 2017

As Notícias que a dita imprensa liberal, portuguesa, não publica

As Notícias que a dita imprensa liberal, portuguesa, não publica.
(vá-se lá saber porquê).
MAIS DUAS notícias, para vossa informação.
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(1) Economia do ...
Reino Unido
Dada a situação instável da UE a Libra tem vindo a ganhar terreno ao Euro, tendo a sua cotação atingido na semana passada 1,2494 euros por libra.
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Por outro lado, segundo o The Telegraph, o PIB do Reino Unido teve um crescimento em 2016 de 1,8% face a 2015.
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Por outro lado o FTSE 100, índice da praça londrina, subiu dos 6.850 pontos verificados em Setembro de 2016 para os 7.260 pontos, verificados na semana passada.
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No mês passado 14% das empresas sediadas no Reino Unido declararam-se “muito optimistas” e 46% declararam-se “optimistas” acerca das suas projecções para o ano de 2017/2018.
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Em Julho, o resultado era de 8% e 38%, respectivamente.
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(2) A Alemanha vai expulsar
os Imigrantes Ilegais

O Ministro do Interior alemão apresentou ao Conselho de Ministros um projecto destinado a “facilitar” a expulsão do seu território, dos Imigrantes ilegais.
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Segundo o “Allgemeine Zeitung”, citando o governante alemão, “há a necessidade de se saber quem vem para a Alemanha”.
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Para isso “os agentes de imigração da Alemanha têm que ter o direito de inspecionar os telemóveis e os computadores dos que nos pedem asilo, mesmo sem o acordo dos seus possuidores”.
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Até agora era necessário obter o acordo do imigrante para se poder inspecionar o seu aparelho.
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Se o projecto de Lei for aprovado no Parlamento os imigrantes poderão ser expulsos, ou ver a sua entrada negada, em vários casos, tais como se houver falsas declarações sobre a sua identidade, ou sobre a sua origem, se houver suspeitas de más intenções ou se cometerem fraudes nos apoios sociais.
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Afinal não é só o Presidente Donald Trump o único com estas intenções realistas!
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(Publicado no SEMANÁRIO O DIABO de 28 de Fevereiro) ...
Para Vossa Informação
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves


29 março 2017

PÓS-BREXIT - o futuro

o PÓS-BREXIT em Marcha
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O renascimento do eixo-político e económico mais poderoso do Mundo - o eixo-Londres-Washington, a caminho de se tornar realidade.

O cenário mais que provável, no seguimento da saída do Reino Unido da União Europeia, tal como já o escrevi por diversas vezes de há mais de 1 ano para cá, é o fortalecimento desta aliança com os Estados Unidos, para além do mais que natural reforço das relações do Reino Unido com os Países da Commonwealth.
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Só espero que Portugal tenha o discernimento de perceber que estamos no Centro do Mundo Atlântico e actue em conformidade.
(por favor olhem para o Mapa Mundo).
Mas, se calhar, isso é pedir muito dos nossos dirigentes políticos. Vamos ver!
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Repito o que tenho dito, e escrito, desde Maio de 2016:
O Reino Unido continuará a ser:
- Uma Potência Nuclear,
- Um dos 5 Membros Permanentes do Conselho de Segurança,
- A cabeça da Commonwealth,
- A maior Potência Militar da Europa,
- A ter um dos mais Importantes Mercados Financeiros Mundiais,
- A ser uma das mais importantes Economias do Planeta.
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Assim é, para mim, divertido continuar a ouvir e ler "os desejos" de certos comentadores e políticos, portugueses, e ver que não compreendem (ou não querem compreender) o que se passa na cena internacional, nem as oportunidades que se abrem com este novo realinhamento internacional.

Falo de reequacionarmos a nossa relação com a UE, recuperando a soberania das Políticas Orçamental, Câmbial e Monetária, numa palavra voltando á pureza do Tratado de Roma, ao qual aderimos em Junho de 1985 e que nos motivou a quase todos.

Sobre a necessidade de aprofundarmos a CPLP, que alguns têm aventado como caminho.
Há muitos anos que venho escrevendo sobre o tema. A CPLP é importante e devemos tentar construí-la, mas ainda é uma potência por explorar.
Logo não é uma alternativa imediata.
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Para ser uma voz potente no Sistema Internacional vai ser preciso o desaparecimento das cleptocracias instaladas em Angola e Moçambique e o renascimento político de personalidades políticas no Brasil, que tenham essa visão.
Até lá será uma miragem.

Por fim, tudo o que acima escrevi, tem o objectivo de Portugal construir uma Estratégia Nacional, (há 40 anos que não temos uma) que vá no sentido de Diversificar as suas dependências, de forma a poder progredir e poder manter-se autodeterminado, com um Estado Soberano, no seio do Sistema Internacional das Nações Soberanas.

Só espero que os nossos dirigentes políticos acordem a tempo, para bem de Portugal.

Só espero que Portugal tenha o discernimento de perceber que estamos no Centro do Mundo Atlântico e aprofunde a nossa relação com o Reino Unido, com os Estados Unidos, e outros países da Bacia do Atlântico, como o Canadá, e actue em conformidade
...
É que no Sistema Internacional não se joga a desejos, nem em miragens. Joga-se com Realidades.
So se é independente, pela diversificação de dependências.

Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus (UCP)
Auditor de Defesa Nacional (IDN)

 

27 março 2017

ANÁLISE: CONTAS PÚBLICAS - DÉFICE - ESTRATÉGIA

Estimados Amigos,
Como, cada vez mais, o meu Partido é Portugal.
Por tal facto, gostava de dar duas brevíssimas notas sobre os discursos que têm vindo a público:

(1).- O Défice de 2016 foi conseguido devido a receitas extraordinárias e irrepetíveis! Verdade! Mas foi só este Governo a recorrer a tal expediente? …
Vejamos:

Se estamos a analisar o défice das contas públicas, e estamos, então temos também que ser mais rigorosos.
No Governo de que o meu Partido, o CDS-PP, fez parte houve também inúmeros recursos a “Receitas Extraordinárias” e “não repetíveis”, a saber:
- Venda da EDP;
- Venda da REN;
Estas não as privatizando, mas sim vendendo-as a outro Estado Soberano - a China!

- Concessão da ANA;
Estas três primeiras, de teor estratégico, e que contribuíam com lucros apreciáveis para o Estado.

- Venda de parte do capital da TAP;
- Contrato de venda de 28 aviões de combate F16 assinado pelo Ministro da Defesa, Dr. Aguiar Branco;
- etc…etc…etc…

(2) O Défice de 2016 foi conseguido por se ter travado, diminuído, o Investimento Público! Verdade!

Sendo eu de Direita, Conservador, fico atónito por esta asserção ter vindo do meu Partido (o CDS-PP) que devia defender a Democracia-Cristã e as linhas da Direita Conservadora. (Do outro partido que esteve connosco no governo não me pronuncio).

Porquê a minha surpresa?
Então, desde a fundação do CDS, até ao tempo em que eu era dirigente nacional (desde 1993 a 2010) nós defendíamos que ao Estado cabe apenas um papel supletivo no Investimento e que este devia ser feito com parcimónia, dado estarmos a lidar com dinheiro que não era nosso, mas sim de todos os contribuintes.

Defendíamos que obras públicas deviam ser feitas se fosse absolutamente necessário, com critérios objectivos, para bem de Portugal, e nos sectores de actividade onde os Investidores Privados não se mostrassem interessados, ou em sectores considerados estratégicos para o país;

Sempre defendi, e na altura defendíamos, que o Investimento Saudável é o Investimento Privado e que o público devia ser apenas, repito, supletivo;

Sempre defendi e defendemos, quando sabíamos o que andávamos a fazer, que ao Estado cabe apenas um papel de Regulador, Facilitador e Supervisor, nesta matéria e que estes papéis deviam ser reforçados.

Sempre atacámos o PS, e não poucas vezes o PSD, por estarem a levar a efeito investimentos públicos (mais gastos que investimentos) que considerámos lesivos dos interesses nacionais e das boas contas públicas;

E AGORA, que estamos na oposição, em vez de criticarmos:
- A falta de acção do actual governo para a captação de Investimentos Privados;

- A falta de medidas concretas e simples, para atrair novos investidores;

- A adopção por este governo e seus aliados, de mais medidas que vêm subverter a tradição moral e comportamental das pessoas, na nossa civilização ocidental de matriz cristã (aborto, eutanásia, casamentos ditos de “gays” (em inglês é mais chique para os saloios); adopção pelos ditos de crianças;

- A retirada de apoios à Família Tradicional, numa altura em que precisamos de mais nascimentos de crianças;

- A não reposição do poder de compra a quem trabalhou uma vida inteira, e descontou confiando no Estado, para ter uma vida digna no final de vida – os Reformados;

- A falta de actualização séria dos escalões do IRS, do abaixamento e eliminação de taxas e taxinhas que estão a afogar os Cidadãos que trabalham e as Famílias Portuguesas;
Etc…etc…etc…

ESTAMOS a
• Criticar várias medidas, que governos onde estivemos, também o fizeram;
• Criticar por haver menos investimento/gasto público!

CONCLUSÃO:
É para mim, (e deve ser defeito meu) incompreensível este tipo de atitudes, a dois títulos:

- 1 – Os Portugueses não são parvos. Podem ser iletrados. Mas têm muito o sentido do que é mentira e baixa política e do que é justo;

- 2 – O meu Partido (o CDS-PP) está mal entregue a dirigentes pouco qualificados. Salva-se o Presidente da JP porque parece não ter perdido o sentido do que devemos defender.
Os restantes, parece que dizem as coisas só para aparecer nos telejornais (cada vez menos vistos) e nos jornais (que cada vez vendem menos);
(não me serve de consolação que o outro partido que esteve no governo connosco ainda faça pior).

Com este tipo de escritos, atitudes e falta de discernimento, e mais grave ainda, com esta falta de Estratégia para o País tenho receio que estejamos a caminhar para mais 10 a 12 anos de governo de esquerda e extrema-esquerda.

Por mim, não o quero, mas estou a constatar que as alternativas não existem, o que, para mim, cidadão português da Direita Conservadora, defensor do Personalismo Cristão, é absolutamente desconsolador.

Muito mais teria para dizer, mas prometi ser mais breve do que o consegui.

Melhores cumprimentos e um abraço com amizade
Miguel Mattos Chaves
Militante do CDS-PP
Ex-dirigente nacional

26 março 2017

O Xadrez da Política Internacional em mudança...


Uma união reforçada, fulcro do poder mundial

Dentre os vários acontecimentos mundiais, na minha opinião três dominam, por levantarem questões importantes que poderão ditar grandes mudanças no paradigma da vida dos cidadãos, pelo menos nos do mundo ocidental.

Refiro-me, naturalmente, ao cada vez mais certo reforço do eixo-Londres-Washington, à questão da violência crescente no Brasil, que pode ditar mudanças drásticas no cenário político deste grande país, e também à situação de descontentamento crescente, por parte das populações de vários países na União Europeia.

*

No primeiro caso, com a saída, agora inevitável, do Reino Unido da União Europeia (a menos que a Câmara dos Lordes do Reino Unido provoque uma crise institucional e política, que não se prevê), e com a vontade política expressa pela nova administração dos Estados Unidos, é já mais do que claro que a união que sempre existiu entre estes dois poderosos países se irá intensificar e aprofundar.

São dois países económica e financeiramente poderosos (têm no seu seio duas das mais activas e poderosas Bolsas Mundiais – Nova Iorque e Londres), ambos fazem parte do Conselho de Segurança da ONU, ambos têm Forças Armadas modernas e bem equipadas, ambos são potências nucleares e ambos exercem influência política e económica em várias partes do globo, embora a predominância nestes factores pertença aos EUA.

Face a estes dois países juntos, só eventualmente a China poderá aspirar a conquistar alguma paridade, ainda que apenas no médio ou mesmo no longo prazo, dadas as suas debilidades. Mas por enquanto o seu papel continua a ser predominantemente regional, ainda que tenha assento também no Conselho de Segurança da ONU e tenha conquistado algum papel nalgumas facetas do comércio internacional, de que se tem aproveitado com algum sucesso, mas não dando sinais evidentes de pretender aspirar, pelo menos por enquanto, a expandir a sua influência e poder no Mundo, dados os custos que um tal posicionamento implicaria.

Do mesmo modo a Rússia, outro “player” internacional, tem um papel igualmente importante, mas também iminentemente regional, se considerado o conjunto dos factores do poder mundial, e não parece aspirar a mais, pelo menos no curto prazo. Quer proteger a sua influência no “back yard”, nomeadamente nos países que consigo fazem fronteira e na zona do Médio Oriente e pouco mais.

Ambos, China e Rússia, têm muitas e sérias debilidades internas, demasiado importantes e demasiado onerosas de resolver, para que possam pretender projectar a sua influência e poder para muito mais pontos do globo, que os já descritos.

Resta assim, como fonte predominante do Poder Mundial, o eixo Londres-Washington que, pela sua riqueza e capacidade de projectar poder efectivo, tenderá a ter um poder de atracção muito grande sobre outros países. Começa já a ser claro, e esta perspectiva tem contribuído para animar a economia e as finanças dos dois países.

Na verdade as valorizações bolsistas em ambos os países estão a atingir valores e a estabelecer recordes absolutos. As perspectivas de um novo acordo entre ambos, a par das políticas económicas já anunciadas por May e por Trump, estão a gerar uma onda de optimismo nos empresários destes dois países, passados que foram alguns receios iniciais.

Veremos dentro de um ano os resultados desta reaproximação, agora em novos moldes. Uma coisa é certa: a Ordem Mundial está a mudar, e o pêndulo do poder inclina-se claramente a favor deste potente eixo geopolítico, situado no Atlântico Norte.

*

Uma outra questão, mas de sinal contrário, tem a ver com a violência crescente num dos países da Lusofonia, o Brasil. Esta crise tem, em si mesma, o potencial de poder levar a mudanças internas no que se refere à configuração do Poder.

É bom não esquecer que neste país, em particular, mas na América do Sul, em geral, já estiveram na moda “ditaduras militares” que dominaram o continente. Ora é com alguma preocupação que se observa a crescente, e aparentemente imparável, auto-descredibilização da classe política, assolada por inúmeros casos de corrupção grave, atentados ao poder judicial e incompetência funcional, factores que têm vindo a degenerar em desordem e insegurança nas ruas de várias cidades do país, tendo provocado já várias dezenas de mortes.

Ora sabe-se, pela História, que tal situação é “o caldo de cultura” natural para que seja a população a pedir, mais cedo ou mais tarde, a intervenção das Forças Armadas para restaurarem a Paz e a tranquilidade e para reporem a ordem.

Como não se antevê, pelo menos de momento, nenhuma personalidade política que reúna em seu redor um consenso tal que lhe permita transformar-se num catalisador de vontades do país; como muito menos se antevê que qualquer das formações políticas tenha ainda a credibilidade para o poder fazer, restam poucas saídas de organização de Poder.

Assim, vai ser interessante seguir de perto e com muita atenção os acontecimentos no país irmão e que nos devem, como amigos, preocupar.

*

Finalmente, na quarta economia da “união”, a Itália, assiste-se ao impensável até há uns meses atrás, ou seja, a um crescente mas sólido sentimento anti-moeda única, que atravessa toda a sociedade, dos jovens aos menos jovens, mulheres, homens, de praticamente todos os quadrantes políticos, verificando-se um crescente apoio às formações anti-união, como sejam os Fratelli d’Italia, o Movimento 5 estrelas e a Liga do Norte, que estão a conquistar eleitorado ao ex-Partido Socialista, agora Movimento Democratico.

São já muitos os que estão contra a moeda única. No entanto, a maioria dos italianos quer permanecer na União Europeia e não pretende seguir o exemplo britânico.

Num recente estudo do Euro-barómetro, 47% dos italianos disseram que o Euro é mau, contra 41% dos que dizem ser bom. Este factor é novo na sociedade italiana e é revelador de uma tendência crescente, pois em 2002, 79% eram a favor do Euro e agora apenas 41% ainda mantêm essa posição.

Por outro lado, o impasse criado pela demissão de Renzzi, após a sua derrota no Referendo, tem levado a algum mal-estar. A perspectiva mais comummente aceite é de que as eleições se realizem apenas no início de 2018. No entanto, vários partidos, sobretudo os da Direita, estão a exercer fortes pressões para que este acto se realize até Junho do corrente ano e não apenas no próximo ano. Recorde-se que a Itália não tem um Governo democraticamente eleito há mais de três anos, o que está a gerar uma crescente contestação nos italianos.

Por este quadro, a Itália é talvez um dos casos mais interessantes de seguir, dadas as novas interrogações que introduz na Europa e nos futuros possíveis realinhamentos.

*

Por cá, é o costume dos últimos 20 anos. Impera a baixa política, sem rasgos, sem estratégia, apenas com “disputas de mercearia”, sobretudo entre os dois maiores partidos, com os pequenos a fazerem figuras ridículas, só para mostrarem aos amigos que existem. Nada de novo. Entretanto, o país vai definhando.

Para animar, mas para disfarçar as insuficiências e incompetências próprias, por cá vai agora imperando uma discussão histérica, nada racional, quando não a roçar a estupidez, acerca do que diz ou não diz Trump, sem cuidar de se analisar seriamente as suas propostas e programa político e sobretudo sem tentar prospectivar como poderemos nós aproveitar o novo eixo predominante do Poder Mundial.

Enfim, apenas o costume, a pequenez mental de uma certa classe dirigente e comunicacional, já bem conhecida de todos, e a costumeira obediência cega e canina a certos “lobbies” minoritários (mas poderosos, por terem os órgãos de comunicação na mão). E é tudo.

Enquanto isso, lá fora pensa-se e passa-se o que é realmente importante e relevante para o futuro da Humanidade e sua organização. ■
 
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

24 março 2017

A Liberdade, o Respeito, a Libertinagem

Confesso que a minha paciência se esgotou e há coisas que não posso deixar de dizer dada a chocante situação a que assistimos no denominado espaço público!
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Desceu-se a um nível inimaginável aqui há uns anos atrás. Vem isto a propósito de haver palavras que são pronunciadas no espaço público, o que me leva a pensar que, em boa parte das vezes, são pronunciadas, por pessoas que nem sabem o seu significado concreto, dado o enquadramento frásico em que são inseridas.
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Vejamos três delas, dada a sua importância para a vida em sociedade:
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A Liberdade, o Respeito, a Libertinagem.
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Comecemos então pela Liberdade.
Ora Liberdade significa o direito de agir segundo o livre arbítrio de cada pessoa, de acordo com a própria vontade, mas desde que esta não prejudique outra pessoa.
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Ou seja, a Liberdade de cada um de nós acaba quando começa a Liberdade de outrém! Se cada um de nós tem direito à sua Liberdade, os outros também o têm. Logo não posso violar a liberdade dos outros, mas também não posso permitir que violem a minha liberdade.
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Um outro termo é o Respeito. O Respeito é um sentimento positivo que significa acção ou o efeito de respeitar, o apreço, a consideração, a deferência de cada um de nós, para com os outros.
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Ou seja, daqui se infere por mera e simples dedução lógica que não há Liberdade se não houver respeito de cada um pelos outros. Por exemplo, se alguém insultar gravemente outra pessoa está objectivamente a violar a Liberdade e a faltar ao respeito ao outro;
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Se agredir física ou sentimentalmente, insultar, enxovalhar, ou exercer qualquer outra forma de violência objectiva (aquela que fere fisicamente ou sentimentalmente a outra pessoa), está claramente a desrespeitar a outra pessoa o que, para além de outras considerações, a leva a uma situação de quem está a violar as normas básicas de convivência.
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Vem isto a propósito de se assistir cada vez mais no espaço político aos políticos se insultarem ou se acusarem uns aos outros, em termos pouco dignos.
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Ora estas atitudes, para além de revelarem falhas de carácter e de educação básica, são um mau exemplo do que deve ser o correcto uso da Liberdade e do Respeito, que deviam presidir às relações entre eles.
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Óbviamente essa prática, além de transmitir os sinais errados à população menos informada, deslustra os detentores dos cargos que o fazem, os quais deviam respeitar, para serem respeitos. Chegam mesmo ao ponto de, em nome da “polémica política”, insultar, mesmo que injustamente, outras pessoas.
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Nesta matéria, não há inocentes, pois quem insulta, viola a Liberdade do outro; Igualmente, num exemplo extremo, quem fere ou mata viola gravemente a Liberdade do outro. É apenas uma questão de Grau.
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Ora estes comportamentos, de abuso da liberdade e de desrespeito são graves. São graves porque violam a prática da “liberdade com respeito”, que devia ser o slogan máximo da Democracia que todos dizem defender.
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Com estas atitudes entramos na Libertinagem (sob a capa de Liberdade) onde uns usam a caneta ou o microfone como “arma” (alguns “jornalistas” e comentadores) e outros usam o discurso como “arma”, (alguns dirigentes políticos).
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Ora, como se sabe, a libertinagem é o mau uso da liberdade.
É a extrapolação da liberdade, e quando isso acontece, os limites são ultrapassados e a integridade física, emocional ou psicológica de outra pessoa é posta em causa e isso é inadmissível numa sociedade que se pretende denominar de “civilizada” e de democrática.
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Para além do mais, a libertinagem ao levar a uma falta de respeito pelo próximo, indica a falta de dignidade e de bom caráter por parte de quem a pratica.
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Tudo isto me leva a fazer uma advertência:
- Já que tanto se usa e abusa do termo Liberdade, então seria bom que, a começar pelos dirigentes políticos, mas também pelos jornalistas e comentadores, que tal termo começasse a ser usado com correcção e não da forma deturpada como o tem sido.
Mandam as boas regras que, por exemplo, quem entra em casa de alguém tenha que, obrigatóriamente, cumprir as regras em vigor nessa casa, mesmo que só e apenas por boa educação.
...
Quem recebe em sua casa, por seu lado, tem que receber bem, educadamente, sem insultar, mas não deixando que as suas regras (da sua casa) sejam violadas por quem foi convidado a entrar.
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Ora jornalistas e políticos “entram em nossa casa” todos os dias, via televisões, jornais, rádios. Era bom que reflectissem como o fazem e quais os limites que devem observar.
Tudo isto me parece apenas de um elementar bom senso.
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Mas o que temos visto é que estas regras básicas são todos os dias violadas por alguns dirigentes partidários e por alguns “jornalistas” que se acham acima de tudo e de todos e que assim usam e abusam da libertinagem, que é uma prática contrária à liberdade e ao respeito devido aos outros.
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Já nem falo nos atropelos à liberdade e ao respeito que são cometidos, todos os dias, em nome de uma pretensa e hipócrita "Liberdade de Expressão".
Isso daria para uma outra extensa reflexão, que hoje não cabe aqui.
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Para concluir direi que se continuarmos a assistir à prática da libertinagem a que temos assistido no denominado “espaço público”, não se admirem que as pessoas de bem comecem a ficar fartas e queiram mudar de regime.
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É que ninguém gosta de ser desrespeitado, nem ninguém gosta de ver a sua liberdade coartada por outrém.
É o que os Partidos têm tentado, e conseguido, fazer.
O resultado da aceitação hipócrita desta situação não pode ser bom.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

22 março 2017

MAIS QUATRO NOTÍCIAS.

Na senda de contribuir para um melhor Esclarecimento Informado sobre o que se passa, em Portugal e no Mundo, aqui vos deixo mais 4 curtas notícias que não são divulgadas.
Boa Leitura.
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(1) Nova vitória do
Governo Sírio

As forças militares do Governo da Síria, apoiadas pelas tropas d seu aliado de sempre, a Rússia, reconquistaram a cidade de Palmira. Depois de vários combates do deserto de Homs com os jhhadistas do ISIS, as forças governamentais chegaram a Palmira, cidade que foi práticamente destruída pelas forças do denominado Estado Islâmico.
Estas destruíram vários monumentos, com milhares de anos de existência e executaram milhares de sírios no antigo Teatro Romano da cidade, construído no século II e que era considerado Património Mundial pela UNESCO. Com esta aliança real entre Damasco e Moscovo, as forças do ISIS sofreram mais uma grande derrota.
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(2) O Melhor empreendedor
que tivemos como Presidente

Este foi o “head line” da entrevista dada por Newt Gingrich, que foi o Speaker da Câmara dos Representantes entre 1995 e 1999, à Fox News. Gingrich classificou o discurso que Donald Trump produziu no Senado americano, como tendo sido “um poderoso momento, que já não víamos desde o tempo de Ronald Reagan”.
Na sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Representantes, Trump apresentou o seu Programa de Governo, reafirmando todas as suas promessa eleitorais de “fazer a américa grande outra vez”. Ainda segundo a Fox o discurso do Presidente foi “digno, unificador, não partidário e claro” e ainda que “foi um grande momento de grande liderança moral, que claramente surpreendeu os democratas e uniu os Republicanos”.
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(3) França e as
Sondagens

Segundo o « le Figaro » Marine Le Pen e Emmanuel Macron estão em vantagem para a primeira volta das eleições presidenciais de Abril, em França. François Fillon continua em queda e aparece em terceiro lugar, com 20%. Marine Le Pen tem vindo a subir nas sondagens e agora obteria 27%, dos votos, contra os 25% da anterior sondagem.
Macron cresce igualmente nas intenções de voto e agora obteria 25%, contra os 21% anteriores.
A observar-se este resultado, seria a primeira vez em França que nem o candidato da Direita republicana, nem o candidato socialista, passariam à segunda volta das eleições.
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(4) Theresa May e
os Lordes

Não obstante a votação populista e pouco democrática da Cãmara dos Lordes, ao desrespeitar a vontade dos Cidadãos e a votação da Câmara dos Comuns, sobre o processo do Brexit, a Primeira-Ministra do Reino Unido mantém-se firme no respeito pela vontade expressa no referendo.
Em reacção aos Lordes, afirmou ao Telegraph que “mantenho a decisão de iniciar as negociações nos prazos anunciados”.
Os Lordes quiseram reduzir o poder negocial de May com a UE ao tentarem obrigá-la a inscrever no acordo, uma cláusula que afirmasse que respeitaria os direitos dos imigrantes que se encontram no país.
Mas essa intenção aliás já tinha sido anunciada anteriormente pela 1ª Ministra, pelo que esta postura dos Lordes apenas revela que quiseram “dar prova de vida”.
É sempre assim: Parte das ditas élites vendem os países, a troco de benesses.
Depois tem que vir a parte restante da Elite, que não se deixou corromper, com o povo, restaurar o que os primeiros venderam. Lamentavelmente os Lorde de forma populista, demagógica e irresponsável quiseram contrariar a vontade da maioria.
Porquê? Negócios?
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Os Lordes acabaram por ser derrotados pela Casa dos Comuns, que rejeitou a decisão da Câmara dos Lordes, liminarmente, e deu os poderes a May para negociar o Brexit.
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Uma boa semana para todos.
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Miguel Mattos Chaves
Director do semanário "O Diabo"

19 março 2017

DONALD TRUMP supreende LIDERES EUROPEUS

Ainda mal refeitos pela eleição do novo Presidente dos Estados Unidos, nosso país aliado desde a sua fundação, os seus detractores deparam-se agora com o facto de ele estar a cumprir as promessas que fez durante a sua campanha eleitoral.
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Pessoalmente não sou detractor, mas também não sou um entusiasta defensor do novo Presidente, dado que sou português e não americano.
Concordo com várias das medidas que ele propôs, discordo de outras, mas só isso e não mais do que isso, para que fique claro.
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Mas aqueles que se afirmam como detratctores, depois de dizerem que ele não iria pôr em prática, o que prometeu, que não iria cumprir as promessas que fez, pois iria “acordar” para a “realidade”, (talvez a sua, deles) eis que novamente, e de facto, estão a ser desmentidos.
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E depois, em última forma de ataque, agarram-se a afirmações bombásticas que ele fez e faz, como se fosse o único a fazê-las, e ao seu modo de ser truculento e pouco consentâneo com as práticas até aqui seguidas.
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Esquecem-se, convenientemente claro, de outros discursos políticos, em que frases igualmente bombásticas foram proferidas.
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Apenas como exemplo relembro uma de Georges Bush sénior – a célebre “leiam os meus lábios, não haverá mais impostos” e mal tomou posse aumentou-os;
...
ou as de Barack Obama – “vou fechar Guantánamo” e não fechou!
...
ou “vou retirar as tropas do Afeganistão”, e não retirou,
...
ou “vou domar os lóbis de Washington e pô-los na ordem” e nada fez, ...
e outros exemplos, muitos, tantos que seria fastidioso estar agora a enumerá-los.
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Esquecimentos bem lembrados, como diria o Prof. Adriano Moreira a propósito do “esquecimento” de Dom Afonso Henriques em pagar à Santa Sé, o que lhe tinha sido imposto.
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Ora tal facto, o de estarem surpreendidos e até furiosos por ele estar a cumprir o que prometeu aos que o elegeram, não deixa de ser curioso e até surpreendente, ou talvez não.
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E se calhar não é tão surpreendente assim porque, de facto, os dirigentes políticos nacionais e europeus, estão habituados a mentir descaradamente aos eleitorados, nas suas campanhas eleitorais, sobre aquilo que irão fazer se forem eleitos.
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Ou seja, prometem tudo e mais alguma coisa e depois de eleitos “esquecem” o que prometeram e não cumprem.
...
E agora dou comigo a vê-los ficarem muito surpreendidos, e até se dizerem ofendidos, por o novo inquilino da casa Branca estar a cumprir aquilo pelo qual ele foi eleito, repito, pelos americanos.
Ou seja, não mentiu e está mesmo a cumprir o que prometeu.
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Mas, estes, os que mentem consecutivamente, são os mesmos que não se coíbem de se arvorarem em defensores da democracia, dos ditos valores democráticos, e do seu direito a ocuparam os lugares e os distribuírem pelos amigos, sem curarem de saber da competência ou do mérito dos beneficiados.
...
E agora, face ao novo Presidente de um país aliado, não hesitam em classificar a sua prática governativa, seguida até agora, de ditatorial.
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Bom aqui tenho que relembrar aos que vão seguindo os meus escritos que quando um partido e os seus dirigentes são eleitos, são-no para porem em prática os seus (deles) Programas, que desejavelmente eles puseram à votação dos eleitores.
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Não são eleitos para andarem sempre a reboque de terem que mudar os seus programas ou medidas só porque a parte que não votou neles, não gosta ou não quer.
Ou seja, quando elegemos um Governo é para que seja ele a mandar e não os que não foram eleitos para o fazer.
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Caso contrário, não estamos em presença de uma democracia, mas sim de uma confusão e de uma balburdia discursiva.
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Os eleitos são eleitos para mandar e por o seu programa em execução, e não o programa dos outros, que não foram eleitos para mandar, ponto final!
...
Findo o seu mandato, se os eleitores não gostarem, votam noutro partido ou noutros dirigentes.
É assim a democracia, e não de outra maneira.
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De contrário é a balburdia que conhecemos e a que vimos assistindo de há uns tempos a esta parte e isso não é, a meu ver, positivo para a clarificação do poder e para a vida das Nações.
...
E agora também não hesitam, os detractores, em chamar-lhe “populista”, “irresponsável”, “nacionalista radical” e outros adjectivos semelhantes, só porque veio de fora da política, como se a política não dissesse respeito a todos, os que votam e os que são eleitos e vencem as eleições.
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Este quadro de reacções tem-me divertido, mas também me tem feito pensar, como eleitor e cidadão, sobre a necessidade de mudar este estado de coisas.
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Quanto ao resto, como já anteriormente o disse, veremos dentro de um ano ou dois se as suas medidas foram positivas para o povo dos EUA, ou negativas, pois os resultados da maioria dessas medidas que propôs, só se verão nesse prazo.
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Voltando à democracia.
A mentira nas campanhas eleitorais faz parte da Ética democrática? Quanto a mim, não! e é mesmo a sua negação!
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Ora este quadro de um Presidente que, logo após ter tomado posse, começa de imediato a cumprir o que prometeu, é realmente uma “anormalidade”, mas quanto a mim positiva.
E positiva porque sai de uma “normalidade da mentira”.
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Tal facto está realmente a “incomodar” os autoproclamados “arautos da democracia” que temos entre nós, e noutros países do continente europeu.
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Realmente em Portugal, mas também noutros países europeus, a Ética, e o Respeito pela Palavra dada, são conceitos há muito esquecidos ou atropelados pelos “políticos profissionais” com que nos temos deparado nas últimas três décadas. Infelizmente, digo eu.
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E pergunto, será preciso começarem as pessoas a elegerem outras pessoas oriundas da vida prática, empresários, professores, ou de outras profissões, para se reporem os valores da política séria, também em Portugal?
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Cada vez mais me inclino nesse sentido, tal como o tenho afirmado em artigos anteriores.
Se calhar, para se voltar a dignificar a actividade política, é melhor voltar a escolher pessoas que não fazem dessa actividade a sua única profissão, ou o seu único modo de vida.
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Porque digo isto?
Porque tenho da política a visão de que esta deve ser uma Missão de Serviço aos outros, à comunidade nacional, ao País e não uma fonte de poder pelo poder, quando não de obtenção de ganhos próprios, em prejuízo de outros.
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Repito, não sou americano, mas o que tenho tentado fazer, ao analisar o novo Presidente e o seu Programa, é colocar-me “nos sapatos” de um cidadão votante desse país.
E deste ponto de vista, só tenho que saudar essa mudança de paradigma e respeitar a vontade eleitoral da democracia americana.
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Vou mesmo mais longe e direi que, ao contrário, seria mesmo saudável que os políticos europeus de carreira, tão elogiados por comentadores, analistas e outros apensos, tomassem este paradigma do cumprimento da palavra dada, do cumprimento das promessas feitas em campanha, como normal e corrigissem as suas próprias actuações, nessa matéria.
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A Europa ganharia, todos os países ganhariam, porque os eleitores, os cidadãos, deixariam de ter aquela amarga sensação e percepção de que foram enganados pelas “promessas” eleitorais, ao verificarem que estas se revelaram falsas, após as eleições.
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Tal prática que todos temos constatado, além de anti-democrática, pouco ética e desrespeitosa, tem tido como resultado o afastamento dos cidadãos dos actos eleitorais.
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Ou será que é isso mesmo que os políticos profissionais querem, no seu íntimo?
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Confesso que não tenho grande esperança nessa mudança de atitude, em Portugal, e em outros países europeus.
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Veremos o que nos trazem os actos eleitorais de 2017, na Europa, para ver se também aqui alguma coisa muda efectivamente, nesta e noutras matérias.
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(Editorial publicado em 31-01-2017 no semanário que dirijo)
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Para vosso conhecimento.
Miguel Mattos Chaves
 

16 março 2017

CONVITE e DESAFIO directo e público ao Sr 1º MINISTRO

CONVITE e DESAFIO ao SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO de PORTUGAL
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Finalmente, a Comissão Europeia lançou a discussão sobre cinco possíveis caminhos para a UE. Como já o escrevi por diversas vezes, o ser europeu, o querer os países da Europa unidos na paz e no progresso, tem várias possibilidades, vários modelos possíveis, ao contrário do que alguns dirigentes dos partidos portugueses do “centrão” têm dito.
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Em artigo próprio, nas páginas centrais desta mesma edição, descrevo as propostas que foram escritas no “Livro Branco para o Futuro da Europa”, para que os nossos leitores fiquem devidamente informados e assim possam decidir pelas suas cabeças o caminho a seguir.
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Não faço mais do que, no final do texto, indicar e justificar a minha posição de Europeísta convicto, defensor da União da Europa das Nações Soberanas e de recusa da Federação dos Estados Unidos da Europa, utopia na qual não me revejo.
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Defendo assim o que defendia a maioria dos Fundadores da então CEE, e que está expressa no Tratado Fundador, celebrado em Roma.
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Tal como qualquer português, tenho também o direito de a exprimir.
O que já não há direito é de fazer o que os jornais diários e as TVs, em geral, têm feito.
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Estes só dão guarida a quem defenda um dos caminhos, que os ‘lobbies’ do costume querem que seja seguido, na defesa dos seus interesses particulares.
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Sejamos claros e verdadeiros: estes ‘lobbies’ políticos e financeiros defendem naturalmente o cenário 5 (descrito no artigo) que instituiria uma Federação dos Estados.
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Por outras palavras, mais simples e mais claras: esse cenário defende que Portugal passe a ser um Estado vassalo de Bruxelas e de Berlim, como verão pela leitura do artigo que publico nas páginas centrais.
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Agora, por iniciativa de Jean-Claude Juncker, existem várias propostas em cima da mesa para serem discutidas.
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Tal como fizeram os “Pais Fundadores” da CEE, reunidos no Congresso de Haia de 1948, que discutiram os caminhos possíveis, desta vez cabe aos cidadãos terem a possibilidade de fazer tal discussão sobre qual o caminho que querem para o futuro da União.
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Assim, cabe-me saudar a Comissão presidida pelo Sr. Juncker, ao retomar o espírito dos Fundadores de discutir qual a solução melhor para a preservação da união e da paz no continente.
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Na verdade, a Comissão já devia ter publicado há anos este livro, nomeadamente aquando da feitura do absurdo Tratado de Maastricht, a partir do qual tudo começou a correr mal na união dos Estados.
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Juncker, ao apresentar estes cenários, afirmou: “Vamos então finalmente discutir abertamente os caminhos e perguntar às Populações qual o caminho que querem seguir”. Aplaudo esta iniciativa.
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Cabe agora aos verdadeiros e honestos meios de Comunicação Social (os que não estão vendidos a interesses alheios) alavancar a discussão aberta, séria e útil junto da população portuguesa, convidando a pronunciarem-se todos os que têm saber e propostas sobre o tema, cumprindo assim o seu papel de informar o qual tem estado bastante arredado do seu dia-a-dia, no que se refere às matérias mais importantes.
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Um sinal de que isto será difícil de acontecer (o debate sério) veio logo da parte do actual Primeiro-Ministro, quando este afirmou (embora usando subterfúgios de linguagem) que quer a federalização da UE.
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Ao afirmá-lo, está a escolher uma das hipóteses do Livro Branco de Juncker. Só por si, esta atitude nada tem de mal. Está a tomar a sua posição, a que tem todo o direito.
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Mas já não é legítimo, e prefigura mesmo uma atitude ditatorial e demagógica, que tente desde já, e sem a possibilidade do contraditório, condicionar a resolução que Portugal deve tomar sobre esta matéria.
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Mas igualmente já não é legítimo querer decidir sozinho nesta matéria, que interessa a todos os portugueses, e a qual terá uma influência decisiva no futuro de Portugal, nos nossos filhos e netos.
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Que se saiba, nenhum eleitor lhe deu o direito de alienar a Independência de Portugal, nem a Soberania do Estado Português, no concerto do Sistema Internacional das Nações.
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Esta matéria é de uma importância tal, que transcende em muito a autoridade de qualquer partido, de qualquer dirigente partidário ou de qualquer detentor de cargo público, seja ele o Presidente da República, o Primeiro-Ministro, o Presidente da Assembleia da República, Deputados ou quaisquer outros.
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Por tal facto, e dada a suprema importância do que está em causa para o futuro do País e dos seus cidadãos, o mínimo exigível é que esta discussão seja pública, que cada um dos sectores de opinião coloque as suas propostas e defenda os seus pontos de vista, e que no final seja a população, no seu todo, chamada a pronunciar-se sobre qual das hipóteses deverá o Governo legítimo de Portugal defender junto das instituições europeias.
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Assim sendo, pergunto claramente ao Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, Dr. António Costa:
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- Já pediu autorização aos Portugueses para defender, em nome de Portugal, o que o Senhor diz defender, ou seja, a alienação da Independência da Nação Portuguesa e da Soberania do Estado de Portugal?
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- Já perguntou aos Portugueses se querem perder a sua Independência, em favor de Bruxelas e de Berlim?
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- Tenciona V. Ex.ª proporcionar uma discussão aberta e clara junto da opinião pública, sobre as diversas possibilidades em presença?
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- Tenciona o Senhor Primeiro-Ministro realizar, no final dessa discussão, o absolutamente necessário Referendo Nacional, pedindo aos Portugueses para se pronunciarem sobre qual o caminho que a Nação deverá seguir?
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Tanto o Senhor Primeiro-Ministro como eu somos europeus convictos, mas estamos em profundo desacordo quanto aos caminhos a prosseguir para manter os Estados Soberanos da Europa, no caminho da Paz e do Progresso.
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Dado este facto, de que estamos em posições diferentes, desafio-o publicamente para debater estas questões. Seria um serviço a Portugal.
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Convido-o, assim, e de forma pública, Senhor Primeiro-Ministro, a dizer onde e quando quer discutir publicamente esta questão comigo!
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Eu lá estarei!
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(Editorial publicado, de minha autoria, no semanário O Diabo de dia 07 de Março.)
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Para vosso conhecimento. Com os meus cumprimentos,
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Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus (UCP)
Auditor de Defesa Nacional (IDN)

10 março 2017

Como se aumenta o PIB

Tenho assistido num misto de incredulidade e incómodo a uma discussão sobre como fazer o país enriquecer mais. Por outras palavras, como fazer para que haja mais investimento sobretudo em novas empresas, que produzam mais produtos ou serviços que sejam vendáveis em Portugal ou, de preferência, no estrangeiro, exportando-os, e que criem novos empregos, para mais portugueses.
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É sabido que, com o aparecimento de mais empresas, se aumentam também as receitas do próprio Estado.
Um dos efeitos do aparecimento de mais empresas é que se proporcionam salários a mais pessoas, o que lhes permitirá gastarem dinheiro para viver, em casas, bens alimentares, vestuário, etc. (que por sua vez são bens produzidos pelas empresas).
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Para além do mais, mais pessoas empregadas, que pagam também os seus impostos, em conformidade com os salários que recebem, significa um aumento de receitas para o Estado, Segurança Social e outras entidades públicas.
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Esta “cadeia” económica é a que leva ao desenvolvimento, que trás consigo o crescimento e o enriquecimento do País.
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O produto interno bruto (PIB) é calculado pela soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos no país. Este indicador, muito falado, tem assim o objetivo de quantificar a actividade econômica.
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Na contagem do PIB, consideram-se apenas os bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo intermédio. Isso é feito com o objectivo de evitar o problema da dupla contagem, quando valores gerados na cadeia de produção, aparecem contados duas vezes na soma do PIB.
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Posto isto, quem contribuí maioritáriamente para o PIB são as empresas.
Mas se estas não tiverem quem lhes comprem o que produzem, deixam de existir. Quem lhes compra? As pessoas.
As empresas para funcionarem e poderem produzir, precisam de pessoas, seus empregados. Estes recebem salários, os quais lhes permitem comprar bens e serviços, mantendo assim um círculo positivo na economia.
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A consequência de todo este ciclo, é simples:
- quanto mais empresas houver na Economia, mais emprego haverá, mais dinheiro circulará e alimentará a mesma.
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Mas para que apareçam mais investidores, (pessoas) interessados em criarem novas empresas, são precisas, entre outras, as seguintes condições:
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1) - Que haja consumidores interessados, e com dinheiro, para comprar o que vão produzir;
O mercado interno é uma componente, e em Portugal muito fraca, e o mercado externo é outra.
A proximidade da compra e consumo influenciam decisões de investimento.
Ora num país onde as pessoas têm muito pouco dinheiro disponível para comprar e consumir, não é um país muito atractivo para abrir uma empresa, a não ser que esta seja concebida para exportar a esmagadora maioria da sua produção;
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2) - Que o Estado facilite o estabelecimento no País, de empresas, quer em termos de simplificação de burocracias, quer na rapidez da aprovação de abertura e funcionamento, em suma que, ao invés de dificultar a sua abertura e funcionamento, (como acontece em Portugal) se simplifique tudo isto ao máximo, com um mínimo de custos para o investidor, porque estas questões são fulcrais para quem pretende investir.
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3) - Uma outra condição para atrair pessoas que queiram investir, é que exista um quadro fiscal simples, fácilmente perceptível por quem pretenda abrir uma empresa, para que o investidor possa fácilmente incorporar nas suas contas e previsões o quanto terá de pagar em taxas e impostos.
A acrescer a isto, o investidor procura países onde o quadro fiscal seja transparente e durável no tempo, porque isso lhe dá segurança e previsibilidade para o seu negócio.
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Face a estas realidades, o que vemos?
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Muitas palavras, muitos discursos, mas sem práticamente nenhuma profundidade, no que concerne à medidas concretas que se devem tomar e sua implementação.
Já nem falo de apoios financeiros.
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Ora, se as pessoas residentes em Portugal têm pouco poder de compra, para poderem comprar o que é produzido;
Se só com mais trocas (compras e vendas) na Economia poderão existir mais empresas e mais empregos;
Se a soma das compras e vendas, dão como resultado final, o famoso PIB;
Se quanto maior for o PIB, menor é a percentagem do défice e da dívida;
Se tudo isto é verdade, e é, de que está o poder político à espera para criar estas condições.
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E logo à cabeça, a óbvia:
- criar as condições para que os portugueses tenham mais dinheiro disponível para comprar e consumir, não os sobrecarregando com impostos, taxas e taxinhas, a propósito de tudo e de nada.
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É que só há Desenvolvimento, se houver Crescimento.
E para haver Crescimento têm que se somar 3 condições de base:
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1. Haver mais Poder de Compra das pessoas, o que implica ou maiores salários, ou menos impostos, ou desejávelmente as duas coisas em conjunto, porque as pessoas precisam de ter dinheiro para comprar os produtos e serviços produzidos;
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2. Tem que haver mais Exportação;
mas quem exporta são as empresas e não os Governos, porque são estas que produzem os produtos ou serviços e os vendem, no mercado externo;
Se lhes dificultam a existência, não abrem ou mesmo fecham.
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3. Tem que haver mais Investimento, sobretudo na Indústria.
Quem investe são empresários, e não os Governos, porque é a estes que interessa produzir e vender, para ganharem dinheiro.
Se lhes dificultarem a vida com burocracias e impostos altos, ou que variam à vontade de cada governo, estes não o fazem.
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Assim sendo as Conclusões perecem-me óbvias:
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Com muitos impostos e burocracias em Portugal, e pouco Poder de Compra dos Portugueses, só um louco investirá em mais empresas, logo na criação de mais empregos, que no seu conjunto gerem mais riqueza para o país.
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Então a pergunta que se coloca é:
- De que esteve à espera o Governo PSD/CDS para fazer o necessário para suprir ou diminuir drásticamente estes óbices?
- De que está à espera o Governo actual, para abater, ou diminuir, estas barreiras ao investimento?
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Quando assisto à presente discussão sobre o salário mínimo, e sobre uma eventual diminuição de custos para as empresas, entre os vários partidos, sinto-me incomodado e nem quero acreditar em tanta incompetência para resolver os problemas fundamentais dos Portugueses.
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Fico apenas com uma certeza, cada vez maior, que o que lhes interessa é como vão atacar-se uns aos outros para poderem manter-se no Poder ou para o poder conquistar.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

06 março 2017

Esta 3ª Feira dia 07 de Março ... Federação ou União?

QUAIS as ESCOLHAS que PORTUGAL deverá fazer, face à
UNIÃO EUROPEIA.

Veja o dossiê e o DESAFIO ao 1º MINISTRO.

A perseguição e o boicote da esquerda sente-se no cancelamento da conferência de Jaime Nogueira Pinto e no boicote ao semanário "O Diabo", o único semanário de Direita em Portugal.
Neste país só se pode ser de esquerda? Até quando?
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É impensável que em Inglaterra boicotem o The Times ou o The Telegraph, em França o Le Figaro, em Espanha o ABC.
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A democracia deles é Verdadeira. E a nossa? Não parece!
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Acresce que este (O Diabo) é um Semanário que vive apenas de quem o compra e das assinaturas dos leitores.
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Está nas suas mãos a existência deste semanário, LIVRE., mas de Direita.
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Independente do Poder Político e do Poder Financeiro.
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Aqui está a CAPA da Edição que sai esta 3ª Feira- dia 07 de Março para as Bancas de jornais, onde pode ser comprado.
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Boa leitura
Miguel Mattos Chaves