20 abril 2017

BREXIT - e agora ?

o PÓS-BREXIT em MARCHA
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Theresa May já afirmou claramente que os estrangeiros, que estiverem legalmente a trabalhar no país, não serão expulsos do mesmo, nem lhes será retirada a autorização de residência e de trabalho.
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O renascimento do eixo-político e económico mais poderoso do Mundo - o eixo-Londres-Washington - está a caminho, e com fortes possibilidades de se tornar realidade.
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O cenário mais que provável, no seguimento da saída do Reino Unido da União Europeia, tal como já o escrevi por diversas vezes, de há mais de um ano para cá, é o fortalecimento desta aliança com os Estados Unidos.
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Para além do mais prevê-se, e o Governo de Londres já o anunciou, que haverá um mais que natural reforço das relações do Reino Unido com a China, o Japão e com os Países da Commonwealth.
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Só espero que Portugal tenha o discernimento de perceber que estamos no Centro do Mundo Atlântico e actue em conformidade. Para se constatar tal situação basta apenas olhar para um Mapa Mundi.
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Mas, se calhar, isso é pedir muito dos nossos dirigentes políticos. Vamos ver!
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Contra os “profetas das desgraça” que vêm dizendo que o Reino Unido sofrerá muito com o Brexit, repito o que tenho dito, desde Maio de 2016:
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O Reino Unido continuará a ser:
- Uma Potência Nuclear,
- Um dos 5 Membros Permanentes do Conselho de Segurança,
- A cabeça da Commonwealth,
 - A maior Potência Militar da Europa,
-A ter um dos mais Importantes Mercados Financeiros Mundiais,
- A ser uma das mais importantes Economias do Planeta, mais precisamente a quinta economia mais forte.
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A União Europeia a 27 poderá continuar, e progredir, se a sanha anti-democrática dos federalistas, que estão a destruir a união, deixarem de continuar a querer impôr o seu modelo á maioria dos povos das diversas Nações do continente, nas suas costas, e decidirem voltar à pureza do Tratado de Roma, à Europa das Nações.
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Assim é, para mim, divertido continuar a ouvir e ler "os desejos" de alguns e ver que não compreendem (ou não querem compreender) o que se passa na cena internacional, nem as oportunidades que se abrem com este novo realinhamento internacional.
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Mas também é verdade que há pessoas, fora do espaço mediático, que produzem outros cenários os quais têm alguma razoabilidade e são sérios.
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Outros estão tão apegados à ideia de uma Europa Federal que não conseguem ver para além disso.
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Neste momento tanto a minha previsão como a de outros, que não os que pululam no espaço público liberal, pode ou não vir a verificar-se.
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Mas uma coisa é já certa, a Ordem Mundial está a mudar e o processo é irreversível.
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Outro ponto que merece um comentário é o estado de “medo” que alguns insistem em instalar na cabeça das pessoas que têm familiares a trabalhar no Reino Unido.
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Tal “medo” não tem qualquer razão de ser, e muito menos junto dos emigrantes portugueses que são, em geral, muito bem vistos neste país.
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Na verdade a Primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May já afirmou muito claramente que quem estiver legalmente a trabalhar no país não será expulso do mesmo nem lhe será retirada a autorização de residência e de trabalho.
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È assim feio e desonesto que os federalistas, por mau perder, ou por pura má-fé, utilizem este medo para fazer com que as pessoas fiquem irracionalmente contra a decisão legítima e legal da maioria do Povo do Reino Unido e contra o seu Governo Conservador.
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Mas voltemos às oportunidades que se abrem com este processo e com os cinco cenários do Livro Branco, sobre os quais já escrevi há duas semanas. Voltemos a coisas sérias.
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Quando acima falo de oportunidades para Portugal, falo de reequacionarmos a nossa relação com a União Europeia, e da necessidade de recuperarmos a soberania em matéria das Políticas Orçamental, Câmbial e Monetária.
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Ou seja, devemos lutar para conservar as quatro liberdades inscritas no tratado fundador da CE, ao qual aderimos, conservarmos a nossa pertença á União Aduaneira e ao Mercado Comum e rejeitar as restantes matérias que só nos têm prejudicado.
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Numa palavra, devemos tudo fazer para negociar com a União Europeia o voltarmos á pureza do Tratado de Roma, ao espírito fundador da CEE, ao qual aderimos em Junho de 1985 e que nos motivou a quase todos nós portugueses.
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Voltarmos á Europa das Nações preconizada pela esmagadora maioria dos Fundadores que foi demagógica e anti-democráticamente subvertida, nas costas das populações, pelos federalistas.
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Uma outra possibilidade tem sido levantada por algumas pessoas. Refiro-me à necessidade de aprofundarmos a CPLP, que alguns têm aventado como caminho, no que os acompanho. ...
Há muitos anos que venho escrevendo sobre o tema. Acontece que a CPLP é importante, e devemos continuar a tentar construí-la, mas ainda é uma potência por explorar.
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Para ser uma voz potente no Sistema Internacional, e interessante sob todos os pontos de vista do poder internacional, vai ser preciso o desaparecimento das cleptocracias instaladas em Angola e Moçambique. V
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Vai ser igualmente necessário que surjam novas personalidades políticas, com pensamento e visão estratégica, no Brasil e em Portugal, que percebam a vantagem de uma comunidade que tem um imenso potencial.
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Até lá será apenas uma miragem e não uma verdadeira alternativa, pelo menos no curto prazo.
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Por fim, tudo o que acima está escrito, tem o objectivo de incentivar a que Portugal construa finalmente uma Estratégia Nacional, (há 40 anos que não temos uma) que vá no sentido de Diversificar as nossas dependências.
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Só com uma estratégia de diversificação de dependências, poderemos progredir e poderemos manter Portugal como Nação autodeterminada, com um Estado Soberano, no seio do Sistema Internacional das Nações Soberanas.
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Só espero que os nossos dirigentes políticos acordem a tempo. Que aproveitem as oportunidades que estão a surgir.
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È uma necessidade, para bem de Portugal, a preparação desde já dos planos e das acções que nos permitam aproveitar as várias oportunidades apontadas.
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No Sistema Internacional não se joga a desejos, nem em miragens.

Joga-se com Realidades!
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves


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