02 junho 2016

Até quando ?

As eventuais SANÇÕES
assim vai a Politica nacional
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Tenho assistido com estupefacção à seguinte atitude dos dois principais partidos:
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O PS diz que vai propor que a Assembleia da República aprove um Voto contra a intenção da Comissão Europeia de impor sanções a Portugal, pelo facto de o País estar em incumprimento do Défice mítico dos 3%;

O PSD diz que vai propor a sua própria iniciativa na Assembleia da Republica de aprovação de um Voto contra a intenção da Comissão Europeia de impor sanções a Portugal, pelo facto de o País estar em incumprimento do Défice mítico dos 3%;

Os dois Partidos aprovaram, nas costas dos portugueses, sem os consultar, que a Comissão Europeia passasse a ter poderes para impor sanções por incumprimento do Défice mítico dos 3%, diminuindo assim a Soberania do Estado Português e a Independência da Nação Portuguesa.

A intenção de base é boa: exercer pressão sobre a Comissão Europeia.

O método parece o utilizado pelos miúdos na escola em que cada um afirma que “eu sou melhor que tu e tenho melhores ideias que tu” e como “tu és mau, e por isso não brinco mais contigo”.

Lamentável atitude dos dois em dar mais este triste espectáculo público, o que só contribui para o deslustrar, ainda mais, da actividade política!

O que seria desejável é que as direcções dos vários partidos, com representação parlamentar, no recato dos gabinetes combinassem uma acção concertada nesse sentido;

Depois a levassem a efeito, em conjunto, na Assembleia da República;

Isto significaria uma União de Portugal contra uma decisão da União Europeia que nos prejudica;

Teria, assim, uma força inquestionável face à U.E. e possíveis efeitos positivos;

Em Espanha o Governo em funções, apesar de eleições que se vão realizar este mês, avisou claramente Bruxelas de que não vai cumprir o Défice mítico dos 3%, em 2016, como pretendia a Comissão Europeia que exigia que fosse de 2,8%;
Espanha respondeu que não e que o défice será de 3.6% e que só em 2017 baixará para 2,9%.

NENHUM partido veio agir ou falar contra a atitude do Governo em funções.

Resultado a Comissão “baixou as orelhas” e disse que “compreendia” os motivos do Governo espanhol, que argumentou que não iria exigir mais sacrifícios nem iria prejudicar o crescimento da economia espanhola com o cumprimento das metas que a Comissão pretendia impor.

QUE DIFERENÇA SENHORAS e SENHORES!!

QUE DIFERENÇA na qualidade das pessoas e dos políticos que, em Espanha, quando se trata de defender o País, mesmo que não se unam publicamente, calam-se.

Este sistema político, em Portugal está no fim, caduco, corrompido, cheio de gente com baixíssima qualidade.

Até quando?

Miguel Mattos Chaves

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