Política Externa e de Defesa da U.E.
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De forma
breve, e em complemento do artigo anterior, direi que o problema da Política
Externa europeia começa nos Dirigentes políticos que agora propõem uma pretensa
solução, numa “fuga para a frente” para a área da Defesa comum.
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Na verdade,
tanto a Alemanha, quanto a França, têm sistemáticamente defendido os seus
próprios interesses, não poucas vezes, com prejuízo dos restantes.
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Nada
contra.
Desempenham,
os respectivos dirigentes políticos, o papel para o qual foram eleitos pelos
seus cidadãos.
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Dois
exemplos apenas:
- (1º).- A
constituição de uma Brigada Militar Mista entre a França e a Alemanha, sem
qualquer consulta aos restantes Estados-Membros; - Sem mais comentários nesta
matéria, pela evidência das razões que a tal levaram.
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- (2º).- O
Reconhecimento da Independência da Croácia, de forma Unilateral, sem qualquer
consulta aos outros Estados-membros, por parte da Alemanha, atitude que provocou
a Guerra dos Balcãs de 1992/1995 que, depois a NATO teve que resolver, ou mais
precisamente, os Americanos; Nesta matéria apenas um comentário: - Para quem o
não sabia, ficou patente que os interesses estratégicos da Alemanha estão no
Leste europeu, e não no seu ocidente, como é sabido de há muito pelos que
estudam estas matérias.
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Já nem
avoco a confusão que esta renovada proposta causaria:
- A escolha
dos Comandos de um Exército Europeu;
- A escolha
da localização da sua eventual Sede estratégica;
- Nem muito
menos, as decisões sobre uma eventual "especialização" das Forças
Armadas "europeias", campo em que seguramente os Estados-membros de
média ou de pequena dimensão, perderiam em toda a linha.
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A NATO
assegura, nestes e noutros domínios, alguma “paz” entre os aliados pois é claro
quem manda e quem paga a maior parte da factura.
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Por tudo
isto e por mais algumas questões e problemas que esta renovada, (que não nova),
proposta de uma “Política de Defesa Estruturada” iria abrir, mantenho todo o
texto que publiquei e pelo qual V.Ex.ªs se interessaram.
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Mantenham
os Estados-membros da União Europeia a sua pertença à NATO, contribuam mais
para o seu fortalecimento, com palavras sempre importantes, mas também e
sobretudo com actos concretos, e escusamos de “embarcar” em aventuras de
resultado mais que duvidoso e de duvidosa “bondade”.
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Como nota
final relembrarei que no seio da União Europa, para que esta possa sobreviver,
o Conceito que deve prevalecer é o da Cooperação entre Estados e não o da
Subordinação entre Estados e muito menos o da Subordinação ´destes a Órgãos
Centrais Europeus, que a renovada proposta do Sr. Jean-Claude Juncker escondia,
mas que na realidade propunha no seu conceito e na prática, do seu
desenvolvimento concreto.
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Grato, mais
uma vez, pelo Vosso interesse e atenção, sou
Com os
melhores cumprimentos
Auditor de Defesa Nacional
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