04 fevereiro 2019

ELEIÇÕES EUROPEIAS - Porque Mentem os Governos de Portugal e os Burocratas de Bruxelas


ELEIÇÕES EUROPEIAS 2019
É preciso DESMASCARAR
os GOVERNOS de Portugal
e os “BUROCRATAS” de BRUXELAS!
Neste Documento:
(1º). - As Mentiras, as Omissões e uma Meia Verdade;
(2º). – Esclarecimentos iniciais;
(3º). - O que fizeram os GOVERNOS e os Burocratas de Bruxelas;
(4º). - Em CONCLUSÃO;
(5º). – Em RESUMO.
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Caros Amigos e Leitores,
Este ano terão lugar Eleições para o Parlamento Europeu, em 26 de Maio, e Eleições para o Parlamento Português, em 6 de Outubro.
Porque é que junto estas duas eleições neste meu trabalho?
Porque os Governos continuam a querer alienar o que Herdámos dos nossos Antepassados e que eles conquistaram com “sangue, suor e lágrimas”.

E porque os Governos que temos tido dizem que estão legitimados para a “Integração”, o “Aprofundamento” da União europeia é forçoso que os desmascare.
Na verdade, NENHUM Governo está legitimado, (pelo menos sem Consultar a Nação/Povo em Referendo) para Alienar a Independência da Nação/Povo nem a Soberania do Estado Português.

Foram muitos milhares os Portugueses que lutaram e morreram para que Portugal tenha conquistado a sua Autodeterminação e a sua capacidade de Autogoverno.
Por outras palavras, foram milhares os que deram a sua vida para que Portugal fosse uma Nação/Povo Independente, com um Estado Soberano que a represente.
Por respeito a todos eles, e também por respeito pelos Portugueses Vivos, é meu dever desmascarar o que está a ser feito nas costas do Portugueses actuais, de forma furtiva, o que se continuar a ser feito afetará negativamente, também, as futuras gerações.

(1º). As MENTIRAS, as OMISSÕES e uma MEIA VERDADE
Dizem os Burocratas e os nossos Governos (PS e PSD) o seguinte:

1º). - Que é preciso “Aprofundar” a “Integração” Europeia e que Portugal deve estar na “Linha da Frente”

2º). - “… que em nenhuma parte dos Tratados está escrita a palavra “Federação”, nem que tal está previsto em nenhum dos Tratados …”.

3º). – A meia verdade que é dita com todo o descaramento: “Portugal já não é Independente ou já não há Nações Independentes”.


(2º). ESCLARECIMENTO
- Em 1º lugar – A palavra “Federação” não está realmente inscrita em nenhum dos Tratados. Isso é verdade e agrava a mentira que nos têm contado no espaço público.

- Em 2º lugar – Em sua substituição figuram as palavras “Integração”, (sinónimo político de assimilar, absorver, incorporar) e “Aprofundamento” (caminho a percorrer para chegar à Federação Plena), as quais figuram abundantemente no Tratado de Lisboa e anteriores desde Maastricht;

- Em 3º lugar, não estando inscrita a tal palavra, (mas sim os seus sinónimos) o Tratado de Lisboa de 2007 obedeceu ao seguinte Princípio:
- Seguir a “Estratégia dos pequenos passos - de Integração Sector a Sector (spillover)” - preconizada por Jean Monnet (e seguida no Relatório Delors), até à Integração Final, (leia-se Federação).

Ora a palavra Federação, por ser demasiado explicita, nunca tiveram a coragem de a escrever nos Tratados pós-Maastricht, pois bem sabem que a esmagadora maioria dos diversos Povos da Europa nunca a aceitarão, tal como se vê agora em Itália, Áustria, Hungria, Polónia, Países de Visegrado, e outros, e igualmente se começa agora a ver em França e na Alemanha.

- Em 4º lugar, Independente quer dizer: - Livre, Emancipado, Soberano. Livre e Emancipado para tomar as suas decisões para a sua comunidade, através do seu Estado que emana da Nação e cujos órgãos políticos, o Governo, o Parlamento, os Tribunais tomam as decisões que afectam os seus nacionais ou residentes, segundo os interesses próprios;

Mas, Independente também quer dizer Autónomo. E aqui os defensores do Internacionalismo socorrem-se desta nuance para dizer a tal meia verdade. Ora tudo depende do Grau de Autonomia que se entende. Sabido é que nenhuma Nação/Povo, nunca foi 100% autónoma, independente pelo menos materialmente.
Porquê?
Porque nenhum Território, de nenhuma Nação, produz tudo o que é necessário para a vida do seu Povo/Nação, quer se trate de bens essenciais à vida física, quer se trate de bens e serviços destinados a satisfazer desejos que vão para além da sobrevivência física da pessoa humana.
Logo as Nações/Povos SEMPRE foram Interdependentes porque sempre tiveram a necessidade de Trocar Bens e Serviços entre si, para satisfazerem as necessidades dos seus Povos.
Agora invocar esta realidade com a não existência da Independência Política, que é do que estamos a tratar, é, no mínimo, estranho para não ser mais acutilante.
Para todos os efeitos, portanto, há Nações/Povos Independentes no sentido Político, com Estados Soberanos que as representam e defendem, e continua a haver e creio que ainda haverá por muito tempo.
Isto, não obstante, a tentativa dos Internacionalistas de as destruírem.

(3). O QUE FIZERAM OS GOVERNOS INTERNACIONALISTAS
E OS BUROCRATAS DE BRUXELAS
Vejamos o que, nas costas das populações, de forma furtiva, fizeram os Governos de Portugal e os Burocratas de Bruxelas, (o que outros fizeram não está no âmbito deste trabalho):

(3.1). – Logo no preâmbulo do Tratado de Lisboa figura a seguinte frase:
- “RESOLVIDOS a instituir uma Cidadania Comum aos nacionais dos seus países…”; reforçado esta intenção pelo Artº. 20.º nº1. Que postula que … “É instituída a cidadania da União.  É cidadão da União qualquer pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado-Membro”.
Destinado a ser deixado cair está o parágrafo final que diz: - “A cidadania da União acresce à cidadania nacional e não a substitui.”

(3.2). – Mais adiante e ainda voltando ao Preâmbulo afirma o Tratado o seguinte:
- “RESOLVIDOS a executar uma política externa e de segurança que inclua a definição gradual de uma Política de Defesa Comum que poderá conduzir a uma Defesa Comum, de acordo com as disposições do artigo 42.º, fortalecendo assim a Identidade Europeia e a sua Independência, …”;

(3.3). – Ainda no mesmo passo inscreveram …. “na Perspectiva das Etapas Ulteriores a transpor para fazer progredir a Integração europeia

(3.4). – Ao querer uma Cidadania Comum (leia-se da U.E.) estão a tentar construir uma Cidadania, (um Povo da U.E.), por de cima da dos Estados Nacionais!

(3.5).Identidade Europeia (leia-se da U.E.)
– Estão a tentar construir algo que não existe, acima das Identidades dos Estados Soberanos, por de cima das Nações!

(3.6).Independência (leia-se da U.E,)
– Quem é Independente são as Nações, as quais têm um Poder Político (sem poder igual no plano interno e sem poder superior no plano externo) – o Estado Soberano – que as representa no Plano Externo e no Plano Interno.
Ao falar na Independência da União Europeia estão a tentar Substituir a Independência das Nações, pela Independência de uma nova unidade política que se situará por de cima das Nações existentes.

1º Comentário:
Ainda não saímos do Preâmbulo do Tratado e já temos as seguintes palavras que têm conceitos muito precisos associados:
(a). - Cidadania;
(b). - Identidade - Europeia;
(c). - Independência - (da U.E.);
(d). - Defesa Comum;
(e). - Integração europeia (leia-se federação);

- Ou seja, em primeiro lugar, temos a construção de uma “Cidadania”;
- Em segundo lugar a criação de uma “Identidade Europeia”;
- Em terceiro lugar a imposição da “sua Independência” (leia-se da EU);
- E de uma Defesa Comum, leia-se um “Exército Comum” (ver Secção 2 - Art.º 42º - disposições relativas à P. Externa) pois não há Defesa Comum sem Forças Armadas Comuns que lhe dão sentido, para defender o “Território” da U.E.;

NOTA:
Ora é sabido que os 4 Pilares de um Estado Soberano são:
- Território, Povo, Poder Político e Reconhecimento Internacional.
- 1º - Território – que neste Tratado querem substituir, como veremos, pelo Território da U.E.;
- 2º - Povo/Cidadãos – Os Estados são as únicas entidades a poderem atribuir o estatuto de Cidadão;
- 3º - Poder Político – sem Poder Igual na Ordem Interna e sem Poder Superior na Ordem Externa;
- 4º - Reconhecimento Internacional do Estados.
Em conjunto, todos estes factores caracterizam a Independência de um Povo/Nação.

(3.7). - Logo no Artigo 3.º do Tratado de Lisboa pode ler-se:
- Nº 1 - “A União tem por objectivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos.”;
- Nº 2 – “A União proporciona aos seus cidadãos …”;

2º Comentário:
Face à grelha de Leitura que acima enunciei, vê-se que o Legislador, (Governos sem autorização dos Povos e Comissão Europeia que ninguém, elegeu) deste Tratado, vai directamente ao ponto fundamental:
- “… dos seus povos” - isto é, dos Povos da União Europeia, substituindo-se ao conceito dos Povos dos Estados Soberanos Europeus, como deve ser;

(3.8). - Desmascarando-se ainda mais claramente, para o observador atento, com a frase inscrita no nº2.
– “A União proporciona aos seus cidadãos…”.
Isto é a U.E. pretende que passará a ter os SEUS cidadãos, a sua Cidadania, a sua Nacionalidade por de cima dos Estados-Nação.

3º Comentário:
Esta matéria está disfarçada nos seus reais propósitos finais na forma como o Legislador construiu o Artigo 9.º. Vejamos como foi:
Em todas as suas actividades, a União respeita o princípio da igualdade dos
seus cidadãos, que beneficiam de igual atenção por parte das suas instituições, órgãos e organismos. É cidadão da União qualquer pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado-Membro.”
Aqui está o objectivo claro.

Mas para disfarçar este objectivo a atingir, o Legislador acrescentou ainda no final do mesmo que:
- “A cidadania da União acresce à cidadania nacional, não a substituindo.” Percebe-se claramente que esta frase final será deixada cair em oportunidade futura.

Até porque o Legislador desmascara-se a si próprio no Artigo 10º - nº 4 ao determinar que:
- “Os partidos políticos ao nível europeu contribuem para a criação de uma consciência política europeia e para a expressão da vontade dos cidadãos da
União.

(3.9). - Em matéria de Política Externa reza o Artigo 8º do Tratado:
Nº 1. - “A União desenvolve relações privilegiadas com os países vizinhos, …”;
e
Nº 2 – “Para efeitos do n.º 1, a União pode celebrar acordos específicos com os países interessados. Esses acordos podem incluir direitos e obrigações recíprocos, …

4º Comentário:
Aqui entra a U.E. em matéria que igualmente faz parte do “Coração das Soberanias” – A Política Externa que contempla:
- O “Ius legationis” – ou seja o Direito de exercerem a sua relação de Representação Diplomática e Consular com outros Estados, credenciando e recebendo representantes diplomáticos
e
- O “Ius tratctum” – ou seja o Direito de celebrar Acordos ou Tratados com países ou blocos, que vinculam ambas as partes, segundo os seus interesses; ou seja, o direito assegurado a todo Estado Soberano, de assinar, ratificar, aderir e denunciar tratados.

Ou seja, está a U.E. a assumir que pode estabelecer Relações Diplomáticas e Celebrar Acordos ou Tratados com Países exteriores à U.E., por de cima dos Estados/Nação, os quais depois serão de cumprimento obrigatório por todos os Estados Soberanos membros da U.E.

(3.10). – Quanto ao “Território da União Europeia” expresso no Art.º 3º nº 3:
A União promove a coesão económica, social e territorial, e a solidariedade entre os Estados-Membros.”
Mais uma vez, esta entidade (a U.E.) está a tentar colocar-se acima do Factor de um Estado Soberano, criando o seu próprio: - Território.

(4). EM CONCLUSÃO
- Estão, os Senhores sediados em Bruxelas e em Estrasburgo, com a CUMPLICIDADE de alguns Governantes dos ESTADOS-membros (os quais não pediram AUTORIZAÇÃO para o fazerem);
- Nas COSTAS dos POVOS das diversas Nações Europeias,
- A construir uma FEDERAÇÃO, sem pedirem autorização aos mesmos; fazem-no “furtivamente” sem nunca proferirem a palavra Federação, pois sabem que se o fizerem as Populações revoltar-se-ão contra isso!

Para os que tiverem interesse em aprofundar o seu conhecimento sobre a matéria, poderei (se me fornecerem o seu e-mail) enviar o Relatório Completo que produzi em 2008 sobre o Tratado de Lisboa no qual desmascaro estas e outras matérias e de que aqui reproduzi apenas alguns excertos-síntese.

(5). EM RESUMO
Pelo acima exposto, podemos verificar apenas por alguns (e aqui só estão alguns) FACTOS e pelo Espirito da Letra do Tratado de Lisboa, que Estamos já na PRÁTICA numa FEDERAÇAO PARCIAL, em diversas matérias e que se os deixarmos continuar neste caminho, em breve estaremos numa FEDERAÇÃO PLENA.

Já nem falo da entrega das Políticas Câmbial, Orçamental e Monetária. Nem na entrega da Produção de Leis (Regulamentos e Directivas de transposição automática ou obrigatória para o Ordenamento Jurídico Português) para o qual inclusivamente teve que ser modificado o Art.º 8º da Constituição Portuguesa, sem que o Povo Português tenha dado Autorização para tal.

Nem refiro neste artigo a quantidade de Decisões do Conselho (que agrupa os Chefes de Estado e de Governo) que passam a ser tomadas por MAIORIA em vez de o serem por UNANIMIDADE.

É que, minhas Senhoras e meus Senhores nestas matérias estamos a falar do Legado, da Herança, que recebemos dos Nosso Antepassados:
- A Independência de Portugal e a Soberania do Estado Português, no contexto do Sistema Internacional, matéria sobre a Qual NENHUM GOVERNO está autorizado a alienar.

Como europeísta convicto, defensor da Linha Esmagadoramente Maioritária dos Fundadores da então CEE, a Europa das Nações Soberanas, a Europa da Cooperação Intergovernamental, sem alienação de Soberania, rejeito este MODELO FEDERALIZANTE que está em marcha, nas costas dos Povos/Nações da Europa.

Peço desculpa aos meus Amigos e aos estimados Leitores de os ter maçado com esta matéria, mas algumas pessoas que reputo de ou ignorantes ou de estarem de má-fé não me deixam outra alternativa senão a de ter de esclarecer estas matérias.

Dadas as Eleições Europeias que se aproximam, bem como as Eleições Gerais previstas para Outubro deste ano, peço que Reflictam bem o Vosso sentido de Voto.

As escolhas são simples:
(a). - PS e PSD – estão de acordo em alienar a Soberania do Estado Português, a Independência Nacional, em favor da União Europeia; estão de acordo com a Federação Europeia;
(b). - CDS-PP – é composto, na sua maioria, por pessoas que defendem a união dos Estados Soberanos da Europa, a Europa das Nações Soberanas, que não querem a alienação da Soberania do Estado nem a alienação dos factores de Independência Política;
(c). - ALIANÇA – por um lado diz que será critico, MAS nomeia para seu Cabeça de Lista ao Parlamento Europeu uma personalidade que defende o Federalismo absoluto. Isto é, que defende a alienação da Soberania do Estado Português, a Independência Nacional em favor da União Europeia;
(d). - PCP e BE – são contra esta União Europeia, seja ela Federalista ou união de Estados Soberanos pois defendem uma outra construção internacionalista, esta de inspiração Comunista, Marxista, Leninista ou Maoísta conforme a orientação de um e de outro.

Portanto, sobretudo em 26 de Maio, o que está em causa é a SUA escolha da opção com que concorde: - a), - b), - c) ou - d).

Aos Portugueses a Palavra.
Por mim a opção é clara e digo-a de forma clara para quem não o saiba ainda:
- Votarei nos defendem a união dos Estados Soberanos da Europa, a Europa das Nações Soberanas, que não querem a alienação da Soberania do Estado nem a alienação dos factores de Independência Política.

Portugal tem quase 900 anos de Independência, que nos foi legada pelos nossos Antepassados, que lutaram e deram a sua vida por um Portugal Soberano e Independente.
Por mim, Não os vou Atraiçoar!

Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

Vice-Presidente da Comissão Europeia da Sociedade de Geografia
Mestre e Doutorado em Estudos Europeus (Universidade Católica)
Auditor de Defesa Nacional (Instituto da Defesa Nacional)
Gestor de Empresas

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