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AS FAMÍLIAS DA POLÍTICA – OU - O ESTERTOR DA DEMOCRACIA
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Meus queridos Amigos e estimados Leitores,
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Tenho evitado ao máximo falar sobre a política partidária interna, pois o quadro geral é de uma falta de qualidade confrangedora.
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Abro aqui uma das raras excepções para reflectir convosco sobre a situação das nomeações familiares do Governo, ... para o Governo.
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É certo que quando mudam os Governos em Portugal, assiste-se a uma catadupa de exonerações dos quadros afectos ao partido do governo que cessa funções, acompanhada por uma vaga de nomeações de novos quadros próximos ou membros do Partido do Governo que entra em funções.
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Tem sido assim ao longo dos últimos 45 anos.
Não há inocentes nesta matéria!
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Mas o que agora se assiste, (sem medo das palavras) é GRAVE e revela o seguinte:
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(a). – Esta atitude do Senhor 1º Ministro ao Nomear para o Governo;
(b). - e do Senhor Presidente da República ao tomar a atitude de dar Posse;
a Famílias, significa que se sentem Impunes para o fazer!
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(Relembro a propósito o Significado de Impune:
“Aquele que não sofreu o castigo que merecia; que não foi punido de acordo com a falta cometida; sem punição e/ou castigo; Aquele que não sofreu repressão; que não se pode reprimir.)
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Ou seja, os Dirigentes do Partido Socialista e do Governo sabem de antemão que o Povo Português, sobretudo (mas não só) da esquerda e extrema-esquerda, votará neles de qualquer maneira nas próximas eleições.
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Fingem esquecer, o Partido Socialista e seus aliados, os seus protestos públicos e agressivos que fazem quando o Partido Social Democrata nomeia os seus membros para cargos da administração pública;
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Fingem esquecer que, apesar de tudo, os seus adversários políticos não nomeavam Famílias para o Governo, mas sim para a Administração Pública ou para Empresas Públicas;
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Mesmo assim digo que Ambas as atitudes estão mal e são censuráveis, pelo menos para mim, mas a atitude deste Governo ultrapassa largamente o admissível.
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• Trata-se de Nepotismo, puro e duro;
• Trata-se de um inadmissível “assalto” ao Poder e ao seu domínio absoluto;
• Trata-se de uma Violação Grave da Ética, da Decência, do Decoro;
• Trata-se de uma violação inadmissível do que deveria ser um Regime Democrático;
• Trata-se de um Abuso de Poder;
• Trata-se de uma atitude que nem os Regimes Autoritários se atrevem a tomar!
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Não venham agora com desculpas esfarrapadas ou comparações idiotas.
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Tenho ouvido e lido algumas, tais como:
- Em escritórios de Advogados existem e trabalham Pais e Filhos;
- Em empresas privadas existem e trabalham Pais e Filhos;
- etc. etc. etc.
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Lamento ter que lembrar a quem profere estas “desculpas de mau pagador” que:
- Os Escritórios de Advogados são Privados;
- As empresas privadas são dos seus donos e proprietários;
No regime da Propriedade Privada são livres de o fazerem.
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Mas … nesta situação estamos a falar de uma coisa MUITO diferente:
- Estamos a falar de um Governo,ou de Empresas Públicas, que são pagas pelos Nosso Dinheiro,
- cujos Salários são pagos pelo Dinheiro dos Nossos Impostos;
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Isto, faz TODA a diferença!
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Tentar misturar instituições Privadas, com organismos Públicos é no mínimo Desonesto;
para não dizer que é um “argumento” falso, mentiroso, desonesto!
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CONCLUSÃO:
Vejo com desgosto, apreensão e revolta que há Senhores que:
- tomam o Estado Soberano de Portugal,
- que Governa por delegação da Nação/Povo o País,
como propriedade sua.
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Estes acontecimentos a que assistimos, com a cobertura do Senhor 1º Ministro (ao nomeá-los) e do Senhor Presidente da República (ao dar-lhes Posse Oficial) são de uma GRAVIDADE extrema.
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Em qualquer País Civilizado seria o suficiente para a Queda ou o “Impeachment” de ambos.
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Resta-me a Esperança que desta vez o Povo de Portugal se revolte nas Urnas de Voto e os penalize com a escolha de outros actores políticos para Governar o País.
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Lirismo meu?
Veremos em 26 de Maio (Eleições Europeias)
e em 6 de Outubro (Eleições Legislativas)
se há Esperança para Portugal.
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Depende de CADA UM de Vós, e de mais ninguém, o ficarem estes Senhores IMPUNES ou não!
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
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