O DIA SEGUINTE
Quem vai Recuperar mais depressa da Crise do Vírus da China?
Quem vai Recuperar mais depressa da Crise do Vírus da China?
Vamos, em primeiro lugar, analisar de forma muito telegráfica, muito breve, algumas das Acções/Medidas Concretas tomadas ou anunciadas, de Países da U.E., e de Países de Fora deste Bloco, dirigidas às Pessoas e às Empresas:
No campo de AJUDA ÀS PESSOAS
a) - a U.E. –
- O alinhamento geral das medidas, dirigidas às Pessoas e Famílias, vai no sentido de as ajudar através dos mecanismos previstos no “Lay-Off”.
Através deste pacote, as pessoas que trabalhem em empresas, veem o seu Salário garantido 1/3 (33%) pela Segurança Social, 1/3 (33%) pela Empresa onde trabalham, até um máximo de 3 IA’s; O trabalhador fica sem o restante 1/3.
Ou seja, e Exclusivamente para os trabalhadores das empresas que recorrerem a este mecanismo, as Pessoas serão pagas em 2/3 (66%) dos seus vencimentos, pagando no entanto o IRS correspondente;
- Veem os Pagamentos dos seus empréstimos pedidos aos Bancos, serem suspensos. Mas no final do prazo da suspensão terão que os pagar, incluindo as prestações que não pagaram no referido período, que varia de país para país;
b) - R.U. –
- O Governo decidiu pagar 80% do Salário, directamente aos Britânicos que ganhem até 2.500 Libras por mês;
c) - E.U.A. –
- O Governo decidiu pagar directamente 1.200 Dólares a cada pessoa, 2.400 dólares por casal e 300 dólares por filho, para quem ganha até 8.250 dólares USD por mês;
Nota: Verifica-se que apenas os EUA e o REINO UNIDO têm previstas Ajudas directas e concretas às Pessoas e às Famílias, através do pagamento de um vencimento.
No campo da AJUDA ÀS EMPRESAS (para mantê-las a funcionar e tentar salvar empregos)
• – a U.E. –
- Possibilidade de recorrerem ao “lay-out” suspensão dos contratos de trabalho. Diferimento do pagamento das contribuições ao Estado – IRS, IRC;
- Acesso a empréstimos Bancários garantidos pelos Estados, com taxas de juro bonificadas, que variam de país para país;
- Em Portugal 1,5% de Taxa de Juro máxima, mas a que há que juntar a Comissão dos Bancos e outras despesas, o que atira para 2,7% a 3% a taxa real a pagar;
• – R.U. –
- O Governo decidiu pagar os Juros dos empréstimos das PME’s;
- Decidiu também cobrir até 80% dos Prejuízos que as PME venham a ter;
• – E.U.A. –
- Ajuda directa do Estado Federal às PME’s, para o que alocou uma verba de 350 Mil Milhões de USD;
Posto isto, na minha opinião, teremos o seguinte panorama:
• 1ª). - A China, dada a capacidade industrial, que para lá foi deslocalizada por europeus e americanos, sairá desta crise como a grande vencedora;
• 2ª). - Os EUA dadas as recentes políticas de recuperação da sua indústria e da sua capacidade produtiva industrial; dadas as medidas tomadas recentemente de contenção do fluxo de mercadorias da China para os EUA, pela introdução de “direitos niveladores”; dada a sua capacidade de produzir Moeda e financiar a Economia; e pelas ajudas que estão a dar às famílias (consumo privado) e às PME’s, vão recuperar num espaço muito curto desta crise, 6 meses a 1 ano;
• 3ª). - O Reino Unido libertado das contribuições que pagavam à U.E., mantendo a sua capacidade de produzir Moeda, e dadas as ajudas directas que estão a dar às famílias (consumo privado) e às PME’s, vão recuperar igualmente num espaço muito curto desta crise;
• 4ª). – Os Países da U.E. – os mais ricos – Áustria, Alemanha, Holanda e Nórdicos (Suécia, Dinamarca e Finlândia), e talvez a França recuperarão dentro de 1 a 2 anos;
Os restantes, deverão contar com 3 a 5 anos para o fazerem.
Agravada esta situação para os Países do Euro mais pobres, dado que perderam a sua autonomia nos domínios da Política Monetária e Câmbial que talvez recuperem num período não inferior a 3 a 5 anos.
Se os países da Europa vierem a adoptar medidas semelhantes às do RU e EUA no financiamento - a fundo perdido - das famílias e empresas, poderemos recuperar muito mais cedo.
Sem mais comentários.
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
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