Ø
As CAUSAS PRÓXIMAS e de
FUNDO;
Ø
Os EFEITOS;
Um
pouco farto de tantos anos de "branqueamento" das acções de esquerda,
em geral, e dos comunistas e socialistas/marxistas, em particular, venho hoje
relatar-vos e relembrar alguns dos factos da história recente de Portugal,
ligadas aos acontecimentos da data do 25 de Abril.
Quase
sempre, quando a verdadeira história é contada, os Comunistas e seus aliados
adoptam uma de três atitudes:
•
- Insultam quem os desmascara, tentando assim desmobilizar e constranger quem o
faz;
•
- Chamam mentirosos às pessoas que contam a verdadeira história dos regimes
comunistas, ou seja, quem desmascara os regimes que impuseram em vários países,
de forma a tentar desacreditar o autor;
•
- Chamam de "fascistas", e mais recentemente de “populistas”, a todos
os que denunciam as práticas dos Partidos Comunistas, quando estes conquistam o
Poder Político;
É
uma Táctica de há muito conhecida, consubstanciada no pensamento de que “a
melhor defesa é o ataque” de forma a condicionar e tentar “encostar à parede”
quem denuncie as suas reais intenções e práticas.
São,
no entanto, Tácticas já muito "velhinhas", as quais estão bem
descritas nos manuais de subversão comunistas e seus vários ramos (leninismo,
estalinismo, trotskismo, maoísmo, etc.…)
Em
Portugal estas tácticas foram, e continuam a ser, muito usadas como se pode
observar.
Quanto
à história factual da sua actuação em Portugal é bom recordar que os Comunistas
assaltaram o Poder e o “aparelho de Estado”, após o 25 de Abril. Cometeram
nesse período vários crimes contra as Pessoas e contra a Propriedade, e só não
foram mais longe porque foram derrotados pelas Forças Armadas Moderadas, no dia
25 de Novembro do ano seguinte.
Mesmo
assim ainda tiveram tempo para cometer alguns, tais como as prisões arbitrárias
de pessoas sem culpa formada nem direito a julgamento, roubos (nacionalizações
selvagens) de empresas, propriedades agrícolas, etc.
Os
100 milhões de pessoas assassinadas nos países da ex-União Soviética, à ordem
do criminoso Partido Comunista Soviético, não deixam margem para dúvidas sobre
o que aconteceria se tomassem o Poder em Portugal, de forma mais permanente.
Do
que não há igualmente dúvidas é que os comunistas só não são um problema sério
nos dias de hoje, porque não valem mais do que 10% dos votos expressos e têm
visto o número dos seus votantes descer quase para metade: - Em 1976 votaram
neste partido cerca de 800.000 pessoas. Hoje pouco ultrapassam as 400.000. Na minha
opinião, e na de todos que realmente querem ser livres, ainda bem.
Como
tal têm adoptado uma atitude aparentemente moderada, para tentarem sobreviver
politicamente, em obediência à táctica que está consubstanciada nos seus
manuais de “um passo atrás, para dar a seguir dois passos à frente”.
Ora
acontece, e nunca é demais recordá-lo, que estabeleceram, onde governaram,
Ditaduras que se revelaram verdadeiramente Assassinas, facto que escondem mas
que, felizmente para a memória das sociedades, está bem documentada.
Ditaduras
tais como as de:
•
- Lenine, Estaline e suas purgas e Campos de Concentração (os Gulags);
•
- Mao Tsé Dong e a sua Marcha da Fome e seus sucessores até ao actual Jiji
Ping;
•
- Chu-En-Lai, Fidel Castro, Kim Il Sung e seus descendentes;
•
- Hugo Chávez e Nicolas Maduro, etc.… etc...
que
mataram, por simples delito de opinião, no seu conjunto, mais de 120 Milhões de
Seres Humanos.
É
bom relembrar que a atitude negacionista do P.C.P. e dos seus Militantes mais
ferrenhos, sobre estes factos, se destina a dar-lhes a possibilidade de
sobreviver até que “melhores dias” venham.
Mas
curiosamente foi um dos Líderes do P.C.U.S. (Partido Comunista da União
Soviética) que chegou a seu Secretário-Geral, de seu nome Nikita Kruschev, um
dos primeiros a desmascarar as práticas Comunistas, nomeadamente as práticas
conduzidas pelos seus antecessores Lenine e José Estaline.
Mas
mal Kruschev foi afastado da liderança do PCUS, a sua denúncia dos crimes
comunistas foi silenciada pelo seu sucessor Leonid Brejnev e seguintes, até ao
final do criminoso Sistema Comunista, até este ser implodido, pelas políticas
da “Glasnost” e “Perestroika” implementadas pelo último líder comunista da
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, (URSS), Mikail Gorbatchov.
Todos
estes factos estão muito bem descritos e documentados em vários arquivos, bem
como em várias obras publicadas, de que são apenas alguns exemplos os vários
Livros de Alexandre Soljenitsin e o Livro Negro do Comunismo.
Óbviamente
que quando são relatados por alguém todos estes factos, logo são utilizadas as
tácticas acima descritas para tentar silenciar e desacreditar o seu autor.
E
tentam sempre nesses ataques atribuir maiores culpas a outros ditadores não
comunistas, atribuindo-lhes a acusação de terem sido piores e ditadores “de
direita”, tentando atribuir a esse sector político seu adversário, todos os
malefícios da humanidade.
Vejamos
então normalmente quais são os nomes mais utilizados: - Hitler que comandou uma
ditadura nacional-socialista; - Mussolini que comandou a única ditadura
fascista que existiu no mundo e - Pinochet que encabeçou a ditadura militar do
Chile.
O
que os Comunistas desta forma tentam fazer é Empolar as acções destas
ditaduras, como forma de se tentarem auto-justificar, ao mesmo tempo que tentam
“colar” o autor das denúncias sobre o comunismo às mesmas, desacreditando-o.
Ora
na verdade ninguém sério nega a actuação e os resultados destas outras
ditaduras.
Mas
também ninguém deve favorecer o “branqueamento” que os comunistas e socialistas
marxistas tentam fazer, tomando as atitudes acima descritas.
Mas
daí a os Comunistas e os Socialistas da linha Marxista serem pessoas
recomendáveis para governar qualquer País, vai uma distância como a da Terra à
Galáxia mais distante do Universo.
Antes
de terminar gostava de dar só mais uma nota: é bom esclarecer de uma vez por
todas que Hitler era o Líder --- notem bem a denominação --- do "Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães", mais conhecido por Nazi,
dada a sigla em língua alemã da denominação descrita.
Daí
a essa ditadura ser considerada de direita ou de extrema-direita... é outra
discussão e uma mistificação, com que muitos ainda compactuam.
Esta
"colagem" tem sido permitida pelo facto de a URSS ter sido um dos
vencedores da 2ª Guerra Mundial, aliando-se à Inglaterra, mas só depois de ter
visto o seu território invadido pelos alemães.
Isso
fez “esquecer” a alguns líderes não comunistas o Pacto de Não-Agressão (Pacto
Nazi–Soviético), celebrado em 23 de Agosto de 1939, entre Estaline e Hitler,
assinado pelos seus Ministros dos Estrangeiros da URSS Comunista (Molotov) e da
Alemanha Nazi (Ribbentrop).
É
bom lembrar que neste Pacto ficava estabelecido que os Comunistas ficavam com
metade da Polónia (a outra metade para a Alemanha) e com a Bessarábia.
Como
contrapartida Estaline não impediria, nem se intrometeria nas conquistas de
Hitler, em todos os restantes países do Leste europeu.
Outra
das mentiras favoritas dos defensores da linha socialista/comunista é o dizerem
que foram eles os autores do Golpe de Estado do 25 de Abril de 1974.
Outra
mentira ainda, é a de que são defensores do Regime Democrático, tal como nós o
conhecemos.
Aliás,
tal mentira ficou bem demonstrada, em Portugal, no período do pós-25 de Abril.
Na
verdade, no período entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, tudo
fizeram para que não houvesse eleições em Portugal, bem como afastaram todos os
Oficias Moderados das FA’s, de forma a poderem entregar o ex-ultramar português
aos Partidos Comunistas desses, hoje, países e que ainda hoje os dominam e, em
consequência, à esfera de Poder da então URSS, o que aconteceu.
Todos
estes factos estão bem documentados e permanecem igualmente na Memória de
milhares de pessoas que viveram esse período negro da nossa história.
Quanto
ao 25 de Abril a verdade é que este aconteceu sim, mas por via do
descontentamento de uma parte dos Oficiais das Forças Armadas.
É
bom lembrar que tal descontentamento tomou forma orgânica após o surgimento de
um Diploma, (Decreto-Lei nº 353/73), da autoria do então Ministro do Exército,
General Sá Viana Rebelo.
Esse
diploma prejudicava a Carreira Militar dos Oficias do Quadro Permanente, ao dar
a possibilidade aos Oficiais Milicianos (Quadro de Complemento) de entrarem
para o Quadro Permanente, sem terem que frequentar a Academia Militar durante o
mesmo número de anos que os primeiros.
Pretendiam
os Oficias do Quadro Permanente que o Governo revogasse tal diploma, o qual
consideravam, e com razão, prejudicial às suas carreiras.
Tal
Diploma, embora posteriormente modificado (mas não revogado), foi na verdade a
origem, sobretudo junto dos Oficiais Subalternos (Alferes a Capitão), desse
descontentamento.
Este
descontentamento era ainda reforçado pela não satisfação de duas outras reivindicações
mais antigas e não satisfeitas pelo poder político, que diziam respeito à
exigência de mais e melhor armamento e de melhores salários, quando estivessem
numa zona operacional de 100%.
Estas
três reivindicações, não satisfeitas pelo regime do Estado Novo em descrédito
já avançado, dada a natureza errática, de avanços e recuos, da denominada
"Primavera Marcelista", toldaram o ambiente e as relações entre o
Poder Político e as F.A’s.
Foi
a não satisfação destas reivindicações que deram origem ao Golpe de Estado de
25 de Abril de 1974, executado exclusivamente por Militares e não por nenhum
Partido Político, muito menos pelo PCP.
Estes
apenas aproveitaram a acção dos militares.
As CAUSAS e os EFEITOS do 25 de ABRIL de 1974
Na
primeira parte deste artigo, apenas referi as Causas próximas que despoletaram
o movimento de saída, de uma parte muito pequena, das F.A’s dos quartéis, no
dia 25 de Abril de 1974, que o PCP (único partido organizado, com a ajuda do PC
da União Soviética e às suas ordens) aproveitou em seu benefício.
A
guerra do ultramar que nos foi movida, foi-o tanto pelos americanos, como pelos
soviéticos e chineses. Estranha coligação, por pura política ou por outros
motivos?
Os
motivos foram os seguintes:
•
- A riqueza potencial de Angola, sobretudo, e um pouco a de Moçambique,
•
- Bem como a conquista de posições Geopolíticas, quer para um, quer para outro
lado, no âmbito da denominada “Guerra Fria”.
Nunca
foi para dar autonomia aos Povos que habitam esses agora países
Mas
estranhamente, ou não, dadas as várias correntes políticas existentes nos EUA,
em 1973 Henry Kissinger no Congresso Norte-Americano proferiu uma célebre
frase:
•
- “A presença de Portugal em África é fundamental para a estabilidade da África
Austral e para a defesa do Ocidente.” Indiciando assim que uma importante
corrente política desse país começava a inverter a sua teoria sobre Portugal.
Mas
isso é outra história.
Como
já o descrevi, a “mola real” do Golpe de Estado do 25 de Abril, foi o
desastrado Diploma do General Sá Viana Rebelo. A juntar às reivindicações de
mais e melhor armamento e de melhor remuneração quando em Zona Operacional de
100%.
Sem
isso, mesmo com a infiltração dos comunistas, (infiltração de que os Serviços
de Informação tinham conhecimento e controlavam de perto), e a subversão por
parte dos americanos e soviéticos, mesmo assim, os militares não teriam saído.
A
questão que se levanta é que quem é que poderia abrir o Regime Autoritário de
Partido Único, que já não se justificava, e proceder à sua mudança para um
Regime Democrático Constitucional.
O
homem que se prefigurava como capaz de o fazer, o Prof Doutor Antunes Varela,
(a que se opunham os partidários do Prof Marcello Caetano) não quis, ou foi
impedido, de assumir esse papel em Setembro de 1968, quando da substituição do
Doutor Salazar no cargo de Chefe do Governo. Foi pena, para Portugal.
Teríamos
evoluído para uma democracia tipo Inglesa e não teríamos passado pelo que
passámos.
Quanto
ao Ultramar muito mais poderia dizer e escrever. Ficam apenas mais algumas
notas.
•
- Angola estava pacificada desde 1968, com incursões e ataques esporádicos, num
território 14 vezes maior que o Portugal europeu. O MPLA, financiado pelo
Partido Comunista da União Soviética, que depois tomou o poder com a ajuda dos
Oficias Comunistas, como o Almirante Rosa Coutinho, já não existia como força
armada.
Apenas
tinha os seus quadros no exílio, fora de Angola. Ressurgiu após o 25 de Abril
através de um recrutamento de jovens apressado nos Musseques de Luanda e armado
com armas do arsenal militar português, fornecido por esses oficiais do já
então MFA do pós-11 de Março, de triste memória.
•
- Assim fomos derrotados pela rectaguarda, pois em termos militares só a Guiné
é que era um caso muito complicado.
•
- No norte de Moçambique, a “Operação Nó Górdio” estava a asfixiar a Frelimo,
(financiada pelo comunismo internacional) como bem o recordou nas negociações
pós-25 de Abril, o próprio Samora Machel.
Uma
nota mais:
Estes
acontecimentos custaram a vida a mais de 100.000 portugueses (pretos, brancos e
mulatos) na Guiné, em Timor, em Angola e em Moçambique no período entre 25 de
Abril de 1974 a 11 de Novembro de 1975 (só em Luanda foram cerca de 40.000,
entre militares e civis).
Portanto,
dizer-se que o 25 de Abril se fez sem que houvesse mortos é pura e simplesmente
mentira e uma tentativa de acalmar as consciências de alguns.
Ora
em 14 anos de Guerra houve 14.885 mortos (cerca de 70% em desastres de viação
ou com armas, portanto em teatro de guerra, mas sem nada a ver com a mesma).
Acrescento
ainda que 800.000 portugueses foram espoliados das suas propriedades e bens
diversos e tiveram que refazer a sua vida, sem nunca terem sido indemnizados
por tal facto.
Para
além disso, Portugal viu dramaticamente reduzida a sua importância mundial.
Obs:
- Outras potências tais como a Inglaterra, a Holanda, a França ainda hoje tem
“Províncias Ultramarinas”, mas ninguém o refere.
Portugal
suicidou-se na rectaguarda, favorecendo interesses que nada tinham a ver com os
Povos dos territórios ultramarinos. Veja-se como eles hoje em dia vivem: - Com
fome e com a falta de tudo.
Aproveitou
assim este processo, que em abono da verdade não era querido pelos Militares
Moderados, que queriam manter o Ultramar, deixando cair apenas a Guiné, uma
clique de pessoas, (a maior parte dos quais formados nas Universidades
Portuguesas a quem o Estado pagava a estadia nas denominadas Casas do Império),
que se apoderaram das riquezas desses territórios em seu proveito próprio,
deixando os seus Povos na miséria, facto que se pode observar hoje em dia, para
além de os terem massacrado numa Guerra Civil que produziu mais de 1 Milhão de
Mortos desde essa altura.
Mas
porque será que ninguém fala disto?
Posto
tudo isto, por agora: - a Independência favoreceu esses Povos?
A
resposta é simples: - NÃO!
O
que é que Portugal e os Portugueses ganharam com isso?
Responda
quem quiser!
Para
que a Memória dos FACTOS não se perca e para que as Novas Gerações saibam a
Verdade! Fico-me por aqui, … por agora!
.
Por
último:
Lembrando
todos quantos foram feridos ou mortos, em combate ou em acidentes rodoviários
ou com armas, a minha palavra para eles e suas Famílias, é de Homenagem a todos
eles.
Não
mereciam o que a Pátria do pós-25 de Abril lhes fez, e continua a fazer:
-
Ao não ajudar os que mais precisam e que por lá passaram,
-
Ao não Honrar a Memória dos que lá perderam a vida ... afinal para nada, à
sombra da Bandeira de Portugal e ao seu Serviço.
Cumprimentos
Miguel
Mattos Chaves /PhD
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