18 novembro 2016

Economia do Bloco Lusófono: um gigante em potência

As oito economias do Bloco Lusófono valem 2,1 biliões de euros e têm uma população total de 271 milhões de pessoas

The Portuguese Language Bloc value is 2,1 billion Us Dollars and has a population of 271 million people.

Economia do Bloco Lusófono: um gigante em potência

Se as nações que integram o Universo Lusófono constituíssem um único país, este seria a sétima maior Economia do Mundo, à frente da Índia, da Itália, do Canadá ou da Rússia. Todos os países lusófonos teriam a lucrar com o fortalecimento da articulação entre si: cada um deles se tornaria menos dependente do bloco regional em que está inserido e ganharia um peso internacional totalmente diferente. Juntos, passariam a constituir um bloco organizado com voz activa no globo.

Muito se tem falado da Lusofonia e da sua importância. Muito se tem falado da organização da CPLP/Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que congrega nações com uma História e uma Língua comum de mais de 500 anos, e que deu corpo organizativo e visibilidade internacional a uma comunidade cuja matriz é Portugal. Muito se tem falado na necessidade de aprofundar a mesma, com benefício para todos os seus integrantes.

Partilho destas asserções e apoio-as inteiramente.

Há uns dias perguntei-me qual a dimensão económico-financeira deste bloco. E meti mãos à obra para, de forma simples e fácil de ler, compreender melhor a sua dimensão, neste capítulo.

É esse trabalho que agora partilho, de bom grado e boa vontade, com os leitores. Creio que ficamos todos mais informados e mais aptos a exigir dos Poderes políticos o aprofundamento deste bloco de países irmãos.

Vejamos, então, a dimensão económica do Mundo Lusófono.

O conjunto dos Oito
As oito economias do Bloco Lusófono (isto é, os países originariamente lusófonos da CPLP, cinco dos quais são Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa/PALOP) valem cerca de 2,1 biliões de euros e têm uma população total de cerca de 271 milhões de pessoas.

Vejamos então qual a sua dimensão, no particular de cada país, e no seu conjunto.

Quadro 1 - Principais Indicadores - Países do Bloco Lusófono
País
PIB / GDP
(Billion USD)
População (Million People)
PIB/GDP
per Capita
 
 
Saldo % Contas Nacionais
Investiment
%
PIB/GDP
Angola
102,90
25,115
4,097
-8,5%
9,3%
Brasil
1.772,60
204,451
8,670
-3,3%
19,7%
Cabo Verde
1,60
0,525
3,048
-9,2%
40,7%
Guiné-Bissau
1,05
1,777
0,591
-0,9%
11,2%
Moçambique
14,90
27,978
0,533
-41,3%
28,2%
Portugal
199,10
10,411
19,124
0,5%
15,1%
São Tomé e Principe
0,34
0,203
1,675
-11,2%
26,2%
Timor
2,60
1,167
2,228
16,5%
22,3%
TOTAL NOS 8 PAÍSES DO BLOCO LUSÓFONO
2.095,09
271,627
7,713
__
__
Fonte: FMI – Outubro de 2015

Como se infere da leitura do Quadro 1 – sendo um conjunto de países com uma dimensão apreciável, tem no entanto algumas fragilidades, como é o caso de as contas nacionais serem negativas, exceptuando Portugal e Timor, e o facto de ser um bloco com grandes assimetrias, quer em termos populacionais que em termos de riqueza gerada por cada país.

Vejamos então mais alguns indicadores, e algumas previsões do FMI sobre as respectivas economias para 2016 e para 2017, bem como a importância relativa de cada um deles no seu conjunto e a sua importância relativa nos Blocos Regionais em que se inserem.

Angola
Angola é o maior produtor de petróleo na África subsaariana e é a terceira maior economia do Continente Africano. Tem um défice nas contas nacionais de cerca de 8,5%. As perspectivas de evolução da economia são de estagnação: o FMI prevê que o país sofra uma estagnação este ano, recuperando depois em 2017 para os 1,5%.

“Angola está, como a Nigéria e a África do Sul, a adaptar-se à forte queda nas receitas das exportações de petróleo, não deverá crescer este ano e vai ter um fraco crescimento no próximo ano”, lê-se no relatório divulgado em Washington. O FMI revê em forte baixa as previsões de crescimento da economia angolana, já que em Maio apontava para um crescimento de 2,5% este ano e uma ligeira aceleração para os 2,7% no próximo ano.

Angola tem um PIB que ronda os 102,9 mil milhões de dólares e está inserida num espaço regional mais alargado, a África Austral, cujo PIB conjunto dos seus 15 membros chega a cerca de 650 mil milhões de dólares.

Brasil
Este país é, naturalmente, a maior economia do conjunto dos oito países da CPLP analisados. O FMI, na actualização de Outubro ao 'World Economic Outlook', antecipa uma recuperação económica no Brasil em 2017, ano em que o crescimento da economia deverá rondar os 0,5%, depois de dois anos de recessão.

“A economia brasileira permanece em recessão, mas a actividade parece estar perto de sair do fundo do poço”, disseram os analistas do FMI, sobre a nona maior economia mundial.

Cabo Verde
Cabo Verde deverá crescer 3,6% este ano e 4% em 2017.

Guiné-Bissau
A Guiné-Bissau deve crescer 4,8% e 5% neste e no próximo ano.

Moçambique
Também em Moçambique os analistas do FMI esperam um crescimento de 4,5% este ano e 5,5% em 2017. Está também inserido no espaço regional da África Austral, cujo PIB conjunto dos 15 membros chega quase a 650 mil milhões.

Portugal
As previsões do FMI apontam para um crescimento de 1% este ano e uma ligeira aceleração para 1,1% em 2017.

São Tomé e Príncipe
São Tomé e Príncipe deverá registar taxas de crescimento de 4% e 5% em 2016 e 2017. É o país com a economia mais fraca dos PALOP.

Timor
Para Timor-Leste, o FMI prevê taxas de crescimento de 5% e 5,5%, em 2016 e em 2017, respectivamente.

Quadro 2 – Quotas de Importância Relativa sobre o Conjunto dos 8
País
Quota/Share
 % 
PIB/GDP
 (Riqueza)
Quota/Share
 %
Pessoas (Population)
Angola
4,91%
9,25%
Brasil
84,61%
75,27%
Cabo Verde
0,08%
0,19%
Guiné-Bissau
0,05%
0,65%
Moçambique
0,71%
10,30%
Portugal
9,50%
3,83%
São Tomé e Principe
0,02%
0,07%
Timor
0,12%
0,43%
TOTAL NOS 8 PAÍSES DO BLOCO LUSÓFONO
100,00%
100,00%
Fonte: autor do trabalho, a partir dos indicadores

Ao analisarmos, quer em termos do tamanho da sua economia e riqueza produzida, quer em termos de população, chegamos às seguintes conclusões:

Embora não seja muito correcta, tecnicamente, a afirmação de que se fosse um único país, o Bloco CPLP seria a 7ª maior economia do mundo, aqui fica esta nota de mera curiosidade. De facto, um Bloco é constituído por vários países. Como é do conhecimento geral, mesmo sem a produção deste trabalho, a maior economia dos oito é o Brasil, com uma quota de 84,61% do PIB do conjunto. Portugal significa 9,5% da riqueza produzida neste bloco de países, ficando em terceiro lugar. Angola com 4,91%. No seu conjunto, estes três países (Brasil, Portugal e Angola) somam 99,02% da riqueza produzida no total do Bloco Lusófono. Sem o Brasil, o conjunto teria um PIB total de 322,5 mil milhões de dólares, um PIB per Capita de 1.187 dólares e cerca de 67 milhões de habitantes.

Em termos de População, o quadro de importância relativa apresenta algumas diferenças importantes, face ao anterior, mantendo naturalmente, mesmo assim, também neste capítulo, a liderança do Brasil com 75,5%. Mas em segundo lugar aparece Moçambique com 10,3%, seguindo-se Angola com 9,3%. Portugal, neste capítulo, aparece apenas em 4º lugar.

Performance – Capacidade Instalada vs. Riqueza Produzida
Num exercício teórico, em que a população total fosse considerada como a “capacidade produtiva instalada” e a comparássemos com o resultado em riqueza produzida, medindo assim a performance de cada país, em termos de resultados, teríamos o seguinte quadro.

Com performances positivas estariam Portugal e Brasil, pois têm uma quota de riqueza produzida (PIB) superior à quota da sua “capacidade produtiva instalada”, neste caso a população, como acima se referiu.

Blocos Regionais - Comunidades Económicas
Todos estes países estão inseridos em Blocos Regionais, mais ou menos formais, em termos económicos. Vejamos então a dimensão dos mesmos, e a importância de cada um dos países no seu seio.

Quadro 3 - Blocos Regionais mais significativos
Bloco
PIB/GDP Bloco
Quota/Share
RANKING
 
(Billion USD)
%
 
NAFTA
20.644,0
41,54%
U.E.
16.500,0
33,20%
Mercosul
3.500,0
7,04%
ASEAN
2.400,0
4,83%
BLOCO LUSÓFONO
2.095,1
4,22%
ECO
1.899,5
3,82%
SAARC
998,0
2,01%
CEDEAO
675,0
1,36%
África Austral
650,0
1,31%
CEEAC
334,0
0,67%
10º
Total 10 Blocos
49.695,6
100,00%
--
Fonte: FMI – Outubro de 2015

Pela leitura do quadro 3, pode-se verificar que o Bloco Lusófono, em riqueza gerada (PIB), está em 5º lugar, a meio da tabela, na classificação dos principais blocos de cooperação económico-financeira mundiais. O bloco mais rico é a NAFTA, de que fazem parte os EUA, o Canadá e o México. O mais pobre é a CEEAC, de que também faz parte São Tomé e Príncipe.

O Bloco Lusófono tem, como se pode ver, uma importância relativa considerável, apesar de o Brasil ter um peso predominante no mesmo. Considerável, pois em termos geográficos é aquele em que mais zonas do globo estão integradas (Ásia, África, América do Sul e Europa). Os restantes blocos têm uma menor dispersão geográfica.

Quanto ao peso predominante de um país, o mesmo, então, se poderá dizer do bloco NAFTA, onde os EUA pesam 86,9%. E nem por isso este bloco deixa de ter a importância que tem.

Vejamos agora mais alguns dados dos blocos regionais, em que os vários países da Lusofonia se inserem.

ASEAN
A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) é uma organização regional de Estados do Sudeste asiático instituída em 8 de Agosto de 1967 através da Declaração de Bangkok. A ASEAN engloba 12 nações: dez delas são países-membros e duas são observadores em processo de adesão ao grupo.

Na Ásia, Timor-Leste, com um PIB de 2,6 mil milhões de dólares, está inserido neste bloco, uma comunidade com um PIB conjunto de 2,4 biliões de dólares.

CEEAC
É uma Comunidade Económica da África Central criada em Libreville, Gabão, em Dezembro de 1981. A CEEAC tornou-se operacional em 1985 e os seus objectivos são promover a cooperação e o desenvolvimento auto-sustentável, com particular ênfase na estabilidade económica e a melhoria da qualidade de vida. Na Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) está São Tomé e Príncipe. Esta comunidade tem um PIB que, no conjunto dos países que a compõem, vale 337 milhões de dólares.

CEDEAO
Na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que engloba quinze países da África Ocidental e que vale 675 mil milhões de dólares, estão Cabo Verde, com um PIB de 1,6 mil milhões, e a Guiné-Bissau, com 1,05 milhões de dólares.

MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul é um bloco composto pela Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai; mais tarde, a ele aderiram a Venezuela e a Bolívia. O Brasil vale 1,77 biliões de dólares. O PIB conjunto do Mercosul conjunto cifra-se em cerca de 3,5 biliões de dólares. O Brasil significa, portanto neste bloco, 50,65% do mesmo.

U.E.
Portugal, com um PIB de 199,1 mil milhões de dólares, está inserido na União Europeia, cujo PIB está estimado em cerca de 16,5 biliões de euros. A economia portuguesa pesa, neste grupo (antes do alargamento – CE a 15 países) 1,33%. Face ao actual (U.E.) e ao total dos 28, Portugal significa 1,21%.

Vejamos então, num quadro resumo, a importância relativa de cada país-membro da Lusofonia e da CPLP, face aos blocos regionais em que se integram:

Quadro 4 – Países da CPLP e sua importância dentro de cada
Bloco Regional

Bloco /
Regional Org
Countries/País da
PIB/GDP Bloco/Reg Org
PIB/GDP  País/Country
Share
% 
 
Lusofonia
(Billion  USD)
(Billion  USD)
Country / Region Org.
África Austral
Angola
 
102,90
15,83%
 
Moçambique
 
14,90
2,29%
Total Bloco Regional
 Af. Austral
650,00
 --
 100%
ASEAN
Timor
2.400,00
2,60
0,11%
CEDEAO
Cabo Verde
 
1,60
0,24%
 
Guiné-Bissau
 
1,05
0,16%
Total Bloco Regional
CEDEAO
675,00
-- 
 100%
CEEAC
São Tomé
334,00
0,34
0,10%
MERCOSUL
Brasil
3.500,00
1.772,60
50,65%
UNIÃO EUROPEIA
Portugal
16.500,00
199,10
1,21%
Total LUSOFONIA
8 Países
24.059,00
2.095,09
8,71%
Fonte: autor do trabalho, a partir dos indicadores

Como é fácil de verificar, apenas o Brasil tem uma posição predominante, ou significativa, dentro do bloco regional em que se insere – o MERCOSUL – onde a sua economia tem um peso de 50,65%. A seguir, o país que tem mais peso no bloco regional a que pertence é Angola, cujo PIB significa 15,83% do total do mesmo, seguindo-se Portugal com apenas 1,21% de peso no seu bloco regional, a União Europeia.

Postos os números a descoberto, algumas conclusões se podem retirar:

Em primeiro lugar, que todos os países da CPLP teriam a lucrar com o fortalecimento desta organização. Porquê? Porque não só os tornaria menos dependentes dos blocos regionais em que estão inseridos, como o seu peso internacional seria totalmente diferente, por mais significativo.

Em segundo lugar, por se inserirem num bloco de expressão mundial com um peso, no seu conjunto, mais significativo do que cada um isoladamente considerado.

Em terceiro lugar, por se constituírem como um bloco organizado que tem uma história e língua comuns, o que, a par de uma eventual concertação de posições políticas de carácter internacional, lhes proporcionaria uma voz activa no globo.

Este facto pode agora ser potenciado, dada a circunstância de a Comunidade Lusíada ter um seu membro a ocupar o alto cargo de Secretário-geral das Nações Unidas. Poderia, assim, se houvesse vontade política e discernimento dos líderes de cada país, vir a ser uma potência ouvida e respeitada no Sistema Internacional das Nações.

É preciso que os mais altos dirigentes, de cada um dos países da CPLP, percebam que se se unirem de facto, e não só nos discursos de circunstância, cada país ganhará um espaço e uma influência no Sistema Internacional muito superior à sua importância individual.

Não é por acaso que pediram para serem Membros Observadores (antecâmara de adesão plena) países tão diversos como a Hungria, República Checa, Eslováquia e Uruguai, que foram aceites na Cimeira da CPLP, da semana passada, e que se juntaram assim à ilha Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia, Japão e Geórgia.

Se este grupo de países, que têm uma História e uma Língua comum de mais de 500 anos, fosse um País, seria a sétima maior economia do mundo, atrás da França e à frente de países como a Índia, a Itália, o Canadá, Rússia e outros, como veremos no quadro seguinte:

Quadro 5 - Maiores Economias Mundiais

25 World Economies
País/Country
PIB/ G.D.P.
População
Population
Regional Organisations
RANKING
Billion USD
(Millions People)
USA
17.947
321,601
NAFTA
China
10.983
1.374,620
APEC/ASEAN
Japão
4.123
126,926
APEC/ASEAN
Alemanha
3.358
81,900
U.E.
Reino Unido
2.849
65,097
?
França
2.422
64,275
U.E.
India
2.091
1.292,707
SAARC
Itália
1.816
126,926
U.E.
Brasil
1.773
204,451
MERCOSUL
10º
Canadá
1.552
35,825
NAFTA
11º
Coreia do Sul
1.377
50,629
APEC
12º
Rússia
1.325
146,300
APEC/ASEAN
13º
Austrália
1.224
24,016
APEC/ASEAN
14º
Espanha
1.200
46,384
U.E.
15º
México
1.144
127,017
NAFTA
16º
Indonésia
859
255,462
ANSA/ASEAN
17º
Holanda
738
16,935
U.E.
18º
Turquia
734
77,738
ECO
19º
Suíça
665
8,238
E.F.T.A.
20º
Arábia Saudita
653
31,386
CCG
21º
Argentina
586
43,096
MERCOSUL
22º
Suécia
493
9,879
U.E.
23º
Polónia
475
38,006
U.E.
24º
Bélgica
455
11,337
U.E.
25º
Noruega
389
5,205
E.F.T.A.

 
Ou seja, na minha opinião, e dados os factos, o fortalecimento e o aprofundamento do Bloco Lusófono seria benéfico para cada país da Lusofonia, para o Bloco em si mesmo, para a Economia conjunta do mesmo e de cada um dos integrantes.

Seria sobretudo útil e benéfico para os habitantes de cada um dos países-membros. ■

Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus
Auditor de Defesa Nacional

E-Mail: matos.chaves@gmail.com
Blogue: http://mattoschaves.blogspot.com/
Linkedin: https://pt.linkedin.com/in/miguelmattoschaves
Academia: https://independent.academia.edu/MiguelMattosChaves
Site: https://sites.google.com/site/miguelmattoschaves/ 
 

16 novembro 2016

Ainda a Eleição do novo Presidente dos USA

Minhas caras amigas, meus prezados amigos,
Caros leitores
....
Ao continuar a assistir (nos ditos meios de comunicação social), aos comentários sectários, extremistas e nada rigorosos sobre o novo Presidente dos USA, surgem-me algumas reflexões que agora quero partilhar convosco:
...
Ficou claro que o actual Presidente eleito venceu contra a "barragem" de insultos das televisões, e dos jornais (excepto a Fox News, o The Telegraph e pouco mais);
...
Ficou também claro, que foi sobretudo através do Facebook, Twiter e Instagram, que Donald Trump conseguiu fazer chegar às pessoas as suas mensagens e Programa Político;
...
Tal facto pode ajudar a explicar muita desta incomodidade, que se lê e ouve, no seio dos "jornalistas do regime" e nos dirigentes dos principais partidos políticos;
...
Foi visível a "incomodidade" da jornalista do "60 minutos" da CBS, quando o Presidente eleito lhe disse, que o seu meio de falar com as pessoas, continuará a ser muito através do contacto pessoal e através destas redes sociais:
....
Isto porque:
- Se o fizer, como o fez, a comunicação social deixa de "dominar" e influenciar as mentes dos cidadãos menos informados;
....
- Se o fizer, como o fez, a comunicação social em geral (propriedade de grupos de interesses políticos e financeiros), deixam definitivamente de ter o monopólio de dizer o que querem, sem que ninguém os contradiga;
...
Ora isto é terrível para vários grupos, a saber:
- Para os "comentadores" e pretensos " analistas", que têm imposto a "sua verdade";
...
- Para os "jornalistas" que deixam de ter a imagem (ainda que falsa) de serem "os donos da verdade";
..
O nervosismo e a falta de inteligência, da maioria destas pessoas, têm sido flagrantes e denota um nível de inteligência bastante abaixo do que eu esperava.
...
PROGRAMA do novo Presidente
Dito isto, de forma pública e clara, pretendo agora dar alguma informação, tendo por base - o Programa Político - do futuro 45º Presidente, sobre as reais intenções do mesmo e que estão a deixar muito nervosos e incomodados os dirigentes políticos do "sistema":
...
1º) Imigração - o que está no seu programa - (não comento discursos de campanha) - é:
a) Vigiar mais efectivamente as fronteiras dos EUA, sobretudo com o México;
b) Repatriar os Imigrantes Ilegais, sobretudo os que já tiverem cadastro policial por infrações à lei americana;
c) Impedir a entrada de novos imigrantes ilegais;
d) Vedar mais a fronteira dos EUA/México, quer com redes de segurança, quer com muros, (que já existem em boa parte da mesma) quer em policiamento para suster a imigração ilegal, o contrabando, o tráfico de drogas, e de armas;
e) Estabelecer especial vigilância sobre os imigrantes que queiram entrar nos EUA, sobretudo os oriundos dos países muçulmanos;
...
2º) Economia -
a) Baixar os impostos sobre as pessoas, reformulando os escalões;
b) Baixar os impostos para as empresas;
c) Requalificar as infra-estruturas rodoviárias dos EUA, construídas nas décadas de 1950 e 1960, que estão em estado de degradação visível, recorrendo sobretudo a joint-ventures com investidores privados;
d) Requalificar hospitais e aeroportos que estão a ficar obsoletos;
e) Tentar repatriar boa parte da indústria americana, que se tinha deslocalizado para outros países;
...
3º) Saúde -
a) Substituir o "Obamacare" por outro programa;
b) Eliminar do mesmo o que custa muito dinheiro, e que está a arruinar o orçamento dos EUA, e repor os programas pré-existentes de seguros, e programas de reforma em vigor;
...
4º) Política Externa -
a) NATO - desde 1945 que os países europeus quase nada contribuem, quer em meios militares, quer em orçamento, para as despesas da organização.
Pretende que, sobretudo a França, a Alemanha e o Reino Unido, passem a contribuir com mais meios e mais dinheiro e aliviem assim as correspondentes contribuições dos EUA;
b) TTIP - anulação das negociações;
c) NAFTA – renegociação dos acordos em vigor;
d) Restabelecer as negociações com a Rússia, por forma a pacificar a zona euro-asiática;
e) Reexaminar o acordo nuclear feito com o Irão;
f) Introduzir direitos niveladores aos produtos oriundos dos países asiáticos, em que vigorem esquemas de remuneração que distorcem a concorrência sã, e que estão a prejudicar a economia americana; - (salários de miséria, inexistência de férias, trabalho infantil, etc);
...
5º) Supremo Tribunal - nomeação de um novo Juiz que defenda a Vida - pró-vida - contra o aborto e suas práticas, para além das razões médicas que antes já estavam contempladas;
....
Estas são as medidas mais significativas que o novo Presidente se propõe levar a cabo, durante o seu mandato.
...
O resto, meus caros amigos, foram os discursos excessivos que AMBOS (Hilary e Trump) os candidatos proferiram durante a campanha eleitoral, os quais não comento.
...
Apenas uma nota:
- É curioso que os insultos e acusações constantes de Hilary Clinton a Donald Trump têm passado em branco e que só os que este proferiu em relação e ela tenham sido motivo de notícia nos "órgãos de informação".
Curioso... Mas significativo!
...
Se cumprir o programa que está escrito e anunciado, e apesar de isso poder "prejudicar" a União Europeia, Donald Trump tem o meu respeito e apoio.
Se eu fosse americano, e à luz deste programa, que os "jornalistas" e "analistas" se esforçaram, e esforçam, por não divulgar ou distorcer, tinha votado nele.
Que fique muito claro.
...
ATITUDE de PORTUGAL para o futuro
Como Português: espero que nos aproximemos novamente dos EUA e do Reino Unido, pois está em formação, de novo e com nova força, o Eixo Londres-Washington.
Já o previa, embora não por estas razões, há alguns anos (2001), num trabalho que publiquei sobre Portugal e o Mar.
...
Tal acção trar-nos-ia várias vantagens económicas, financeiras e políticas, pois:
- Somos um País que está no Centro do Mundo Atlântico;
- O Reino Unido é o nosso mais antigo Aliado (Tratado de Windsor);
- Este eixo reconstruído, será o eixo mundial mais forte, em termos dos capítulos acima enunciados;
- Evitaremos ser dominados pela Alemanha;
- Aliviaremos o domínio excessivo da U.E. sobre o nosso país, que tenho vindo a denunciar.
...
Á vossa reflexão.
Já agora merecia a pena pensar bem no que convosco acabei de partilhar.
...
Uma última nota: é multimilionário, não precisa dos "lobbyes" para nada, nem do partidos políticos e prescindiu do seu ordenado de Presidente dos USA. Isto deixa muitas pessoas "à beira de um ataque de nervos". Percebo bem porquê!
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
 

13 novembro 2016

A situação da Justiça e dos seus casos

É necessário que televisões e jornais deixem de transformar a Justiça num espectáculo, o que não dignifica o aparelho judicial e as pessoas que nele trabalham de forma séria. É necessário que os Media, quando tratam matérias de Justiça, o façam com seriedade e baseando-se em dados veiculados por agentes devidamente mandatados para o efeito. É necessário que a Justiça forneça, em casos de acusação formal e oficial, os elementos de informação necessários ao esclarecimento do público, a exemplo do que acontece noutros países civilizados, de forma clara e inequívoca. É necessário que todos os agentes de Justiça estejam acima de qualquer suspeita, aos olhos dos cidadãos cumpridores. É necessário que o Conselho Superior da Magistratura desempenhe claramente o seu papel de Inspector da Qualidade dos serviços prestados pelos agentes de Justiça, para que Portugal possa ter uma Justiça respeitada, que assegure os direitos dos acusados que, até julgamento formal e prova inequívoca, têm direitos de defesa.

Como cidadão preocupado com o meu País e, por consequência, com a causa pública (Política, em geral, e os seus subcapítulos da Justiça, Defesa Nacional, Política Externa, Economia e Finanças, Educação, Saúde, etc…) sinto-me triste com tudo o que se está a passar.

A luta política pode estar a passar daqueles que foram eleitos pelos cidadãos para entidades que ninguém elegeu.
Assistiu-se nos últimos anos, após um período de aparente impunidade dos poderosos (financeira ou politicamente falando) a acusações de crimes graves, tendo agora como alvos várias figuras dirigentes dos sectores financeiro e do sector político.

E, por mim, muito bem. Aplaudo de pé essas iniciativas das autoridades judiciais e policiais que se destinam a punir os prevaricadores, sejam eles quem forem.

Se se pede aos cidadãos comuns que não pratiquem crimes, de forma a tornar a vida em sociedade possível, por maioria de razão tem que se exigir às figuras de topo que observem e cumpram as Leis do País.
Na verdade, cabe às figuras de topo, por inerência, perceber que têm que ser os primeiros a dar o exemplo de Honra, Seriedade, Ética, Moral, de cumprimento das Leis, aos seus concidadãos.

É esse o seu primeiro dever, a sua primeira responsabilidade, e não é desculpável o seu não cumprimento.

Em democracia, tudo tem que ser muito claro e transparente (salvaguardando as questões de Segurança Nacional ou Defesa Nacional sensíveis, pela sua delicadeza).
E infelizmente o que se exige aos Políticos (eleitos pelos cidadãos) não se está a exigir aos Jornalistas, aos Juízes e às Polícias.

Esta dualidade de critérios de exigência choca-me, em primeiro lugar, porque os agentes da Justiça (Juízes, Procuradores e Polícias) continuam com vários tiques que já não são próprios dos dias de hoje.

Refiro-me, naturalmente, à falta de clareza e de informação sobre o teor das acusações que fazem, e a justificação pública e transparente das razões por que o fazem.
Nomeadamente choca-me, e a muitos milhares de portugueses, que se acuse na “praça pública”, com a conivência de órgãos de comunicação social, sem que exista uma acusação judicial formal. 

E esta falta de clareza inquina toda a confiança que qualquer cidadão responsável deve ter nos agentes do poder, neste caso do Poder Judicial.

O que se tem vindo a verificar é que, quando “indiciam”, e bem, cidadãos com notoriedade pública de crimes graves, em vez de serem claros, e absolutamente transparentes, em vez de prestarem as informações mínimas a que os cidadãos têm direito, calam-se e resguardam-se em supostos e injustificáveis “segredos de Justiça”.
Ora a invocação desses pretensos “segredos de Justiça” é injustificável pois, de forma pouco clara, mesmo obscura e suspeita, as informações, distorcidas ou não, acabam por chegar aos cidadãos pela mão dos órgãos de comunicação social mais diversos.

Tais atitudes levantam, pelo menos, a suspeita de luta política, ou de interesses pessoais.

Ora este tipo de atitude, injustificável, censurável e nada ético, tem o condão de condenar publicamente, à partida, e sem julgamento judicial, todos os acusados sem lhes dar nenhum direito ao contraditório e à defesa.
Esta situação tão vulgarizada na sociedade portuguesa é, na minha opinião, um mau serviço e uma má prestação do aparelho de Justiça.

É um mau serviço ao prestígio que a Justiça deve possuir. Daí resulta que muitos milhares de cidadãos cumpridores tenham um desrespeito crescente, face aos agentes de Justiça.
Um dos inconvenientes destas atitudes da Justiça é que, ainda por cima, não é raro que alguns casos cheguem ao seu fim com a absolvição dos acusados.

Mas o mal dessas práticas acima referidas fica feito, ou seja, a destruição das pessoas sem que estas tenham direito à reparação pública, que lhes tire a mancha da acusação pública feita, de forma muito pouco clara.

E tudo isto é inadmissível num Estado de Direito.
Num Estado de Direito, tal como o entendo, se há suspeitas, “indícios”, primeiro investiga-se, depois recolhem-se provas, e só depois, se as mesmas forem sólidas, acusa-se judicialmente a pessoa.
Ora, infelizmente não é este tipo de actuação que temos visto e a que temos assistido.

Outro Poder não eleito, e de forma igualmente pouco clara, se não mesmo obscura, divulga informações pouco claras; formula acusações públicas (mesmo que depois se verifique não serem verdadeiras); e tudo isto com a mais absoluta leviandade, buscando apenas um acréscimo de vendas de espaços publicitários ou outras receitas ou, pior, obedecendo a interesses pouco claros.

Isto é, em relação a figuras públicas (mas não só), provocam no público a condenação de antemão, arvorando-se em Poder Judicial. Ora, sejamos muito claros: nem foram eleitos pela população para tal, nem são Poder Judicial justificado constitucionalmente.
Têm extravasado, portanto, a sua função, os seus direitos e seus deveres e atropelado os direitos de terceiros.

Vejamos alguns exemplos:
- O caso dos Submarinos – ninguém foi acusado formalmente e ninguém foi julgado formalmente. Apenas foram lançadas suspeitas, acusações, quer por magistrados, quer por jornalistas, na praça pública, sobre várias pessoas; em Tribunal, os processos (os que lá chegaram) foram arquivados. Quem paga o mal feito? Já dura há mais de 10 anos este tipo de “acusações” públicas. Em resultado disso, várias pessoas já estão acusadas e “culpadas” na opinião pública, sem que o tenham sido em sede própria, isto é, em julgamentos formais.
- O caso BPN – acusações por todo o lado. Mas pergunta-se: onde está o processo, a acusação, o julgamento e a condenação ou absolvição?
- O caso BES, o caso Vistos Gold, o caso “Monte Branco”, etc.

Posto isto, é legítimo perguntar: - passou-se a “julgar” na rua? Para que servem então os Tribunais e o Poder Judicial?

Nos Estados Unidos da América, dados os acontecimentos e escândalos do Sistema Financeiro descobertos e espoletados em 2008, depois de aturadas e rápidas investigações, em apenas seis meses foram presos, acusados, julgados e condenados vários financeiros e políticos, e absolvidos outros. Numa palavra: fez-se Justiça! Que diferença!

Então, pergunto:
Ø  O que passa no meu País?
Ø  Porque não andam as coisas de forma séria e célere?
Ø  Porque vejo na Imprensa Internacional o meu País a ser enlameado, com a cumplicidade de portugueses?
Ø  Porque não sabem os cidadãos o que é importante saber, pelos agentes que o deveriam divulgar e não por outras vias?
Ø  Para quando a adopção das boas práticas de um verdadeiro Estado de Direito, isto é, se há suspeitas, “indícios”, primeiro investiga-se, depois recolhem-se provas, e só depois, se as mesmas forem sólidas, acusa-se judicialmente a pessoa?

Julgo, como cidadão, ter o direito de exigir que a Justiça seja clara e inequívoca; que a Justiça condene os que prevaricam, sejam eles quem forem, de forma clara; que a Justiça absolva os que são injustamente acusados.

Mas que tudo isto seja feito de forma rápida, eficaz, e muito transparente, isto é, sem margem para quaisquer dúvidas.
Mas que não se lancem primeiro acusações na “praça pública” e só depois se investigue se as mesmas têm substrato ou não.

Assim, peço a quem de direito:
► Que se acabe com o espectáculo lamentável de televisões e jornais trazerem matéria de Justiça para a opinião pública, que não a oficialmente veiculada por agentes de Justiça devidamente mandatados hierarquicamente para o efeito;
► Que a Justiça forneça, em casos de acusação formal e oficial de personalidades com notoriedade pública, ou não, os elementos de informação necessários ao esclarecimento do público, a exemplo do que acontece noutros países civilizados, de forma clara e inequívoca;
► Que o Conselho Superior da Magistratura desempenhe claramente o seu papel cabal de Inspector da Qualidade dos serviços prestados pelos agentes de Justiça, para que Portugal possa ter uma Justiça respeitada, que assegure os direitos dos acusados que, até julgamento formal e prova inequívoca, têm direitos de defesa;
► Que se evite que a Justiça se transforme num espectáculo.
Tal tem acontecido, e é visível nos últimos anos, nas TVs e jornais, o que não dignifica o aparelho judicial e as pessoas que nele trabalham de forma séria, e que prejudica os Portugueses cumpridores;
► Que se tomem as disposições necessárias de forma a tornar os agentes de Justiça, todos mas mesmo todos, acima de qualquer suspeita, aos olhos dos cidadãos cumpridores. Começando, nomeadamente, pelo funcionamento das Inspecções a todos os órgãos da Justiça por entidades nomeadas para o efeito. Ninguém pode estar acima da Lei, muito menos os que têm como função garantir o seu cumprimento.

Se assim não for, estaremos a propiciar um aprofundamento do declínio civilizacional a que vimos assistindo, de há algumas décadas a esta parte, o que não nos conduzirá a nada de bom.
Se assim não for, continuarão o Poder Judicial e o Poder Político a não cumprir uma das suas missões de base: promover a Justiça e a Segurança de toda a comunidade que governam. ■

(Artigo publicado no semanário “O Diabo” de dia 01 de Novembro de 2016)
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Director do semanário "O Diabo"

09 novembro 2016

os PONTOS nos iii's - a Verdade Nua e Crua

OS GRANDES DERROTADOS das eleições dos EUA....
...
1ºs DERROTADOS) ...
- A "Comunicação Social do Regime", e a maioria esmagadora dos "analistas" em PORTUGAL, nos EUA e na UNIÃO EUROPEIA...
Contra todos estes, TRUMP venceu!
...
2ºs DERROTADOS)
- Os PSEUDO-INTELECTUAIS do políticamente correcto, que têm atirado PORTUGAL, os EUA e a UNIÃO EUROPEIA para a calamitosa situação que vivemos....
Ao lutar contra o sistema podre, TRUMP venceu....
...
3ºs DERROTADOS)
- O sistema podre da supremacia do CENTRÃO EUROPEU, dos "poderes instalados" e a esquerda caceteira que luta contra o VALOR perene da Humanidade: A Vida.
Contra estes, e outros, TRUMP venceu....
...
4ºs DERROTADOS)
- A Senhora Clinton, postiça, falsa até à medula.
Contra a corrupção do Poder, instalado em Washington, TRUMP venceu...
...
5ºs DERROTADOS)
- A Esquerda Europeia, que defendeu a Srª Clinton...
Contra TRUMP lutou, contra ele perdeu...
....
Não sou apreciador de certas atitudes de Donald Trump;
Não sou apreciador de certas declarações de Donald Trump;
...
- Mas valorizo a sua Coragem para combater a esquerda mundial, interna e externamente;
- Mas valorizo a sua Coragem de defender "America First";
Devia ser uma lição para os políticos ocidentais, ainda no poder, que têm levado à destruição do Ocidente.
...
PARABÉNS aos CIDADÂOS AMERICANOS, de TODAS as CORES e GÉNERO, que decidiram como QUISERAM e não como os outros queriam, que eles decidissem.
Contra tudo e contra todos!
....
QUEM DECIDE SÃO os CIDADÃOS e não os políticos e MUITO MENOS os JORNALISTAS, que não percebem o que quer dizer a palavra Jornalista.
...
Um abraço e boa reflexão
Miguel Mattos Chaves

05 novembro 2016

CDS-PP - É preciso mudar !

Meus caros Companheiras e Companheiros do CDS-PP
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Alguns Companheiros de Partido aplaudiram o lamentável discurso dos nossos Deputados, nesta discussão do Orçamento de Estado para 2017.
Fizeram-no argumentando que tinham sido ditas "verdades".
...
Algumas verdades tenho-as escrito e dito. Mas sem ser mal-educado.
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O que ouvi foi, discursos cheio de insultos e “caceiteirismo”, que nunca pensei ver no nosso partido.
Pode-se ser duro, sem ser ordinário ou mal educado.
...
O vazio de ideias dos discursos também não se compagina com a tradição de elevação do CDS-PP.
...
O vazio destes discursos não dignifica a solidez ideológica e programática que o CDS sempre teve, até há uma dezena de anos.
...
Sempre defendi, na Comissão Política Nacional, no Conselho Nacional e em Congressos, que quando o CDS faz uma critica certeira, e dura, esta deve ser acompanhada por uma proposta concreta de solução, que nos credibilize perante os portugueses.
...
Que nos faça ser uma Alternativa Credível.
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Estou farto de ver o meu Partido como "muleta" inútil do PSD, cuja prática e ideologia nada tem a ver connosco.
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- Passámos do Partido dos Contribuintes, dos Cidadãos;
- Passámos do partido dos Reformados e dos Agricultores, sabendo sempre o que diziamos e o que propunhamos;
- Passámos do Partido Humanista Personalista, que premiava o mérito, a honra, a seriedade, o acesso á livre iniciativa privada;
- Passámos de um partido que protegia os mais fracos, e favorecia os mais fortes, evitando que qualquer um destes grupos violentasse o outro;
...
- para um Partido que não sabe o que diz, o que faz ... e pior, o que quer para Portugal e para os Portugueses!.
(a não ser que me digam que o nosso objectivo está agora reduzido á conquista de uns lugares, em vez de defendermos Portugal).
...
Pior passámos a ter "caceteiros" mal-educados a representar-nos.
...
Não é este seguramente o Partido de Adelino Amaro da Costa, Adriano Moreira e outros - muitos - como eu - que são de Direita e perfilham uma ideologia Democrata-Cristã ou Conservadora e que
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- rejeitam o Liberalismo, a Social democracia (porque desajustada ao nosso país) e o Socialismo, por causa da sua utopia intrínseca.
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- que defendem o Estado Providência e não o Estado Social. etc.
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Por tudo o que acima escrevi, e por muito mais, rejeito liminarmente o discurso feito no Parlamento pelos nossos deputados, ainda que proferido por dois companheiros de Partido e pela sua Presidente. ...
E termino por agora, reafirmando:
- Este CDS não tem emenda e temos que mudar os dirigentes actuais e substitui-los por pessoas mais preparadas e mais consistentes.
...
- Menos “popularuchas”.
...
- Que defendam o direito á vida (e não digam que o aborto - salvo por razões médicas - é uma questão menor) - a Presidente
- que não cantem o Grândola Vila Morena (para se tentarem tornar populares a todo o custo) - a Presidente
- e que não apareçam como comentadoras da CM TV, a mais abjecta estação de que há memória em Portugal - a Presidente
...
Se não mudarmos os dirigentes e a sua actual Presidente, estaremos a prestar um mau Serviço a Portugal, aos Portugueses, em geral, e à Direita, em particular.
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Abraço Companheiras e Companheiros e.... já agora ... pensem nisto.
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Miguel Mattos Chaves
Militante do CDS-PP
Ex-dirigente nacional

04 novembro 2016

Para o DESENVOLVIMENTO de PORTUGAL

Propostas para o ORÇAMENTO GERAL do ESTADO para 2017
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Os partidos falam muito e dizem pouco. Então quando se fala de desenvolvimento, o discurso é anormalmente pobre e desligado da realidade do terreno, onde se movem empresas, empresários, e empregados por conta de outrém.
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Dado estar a decorrer o processo de discussão sobre o que será o novo Orçamento para 2017, renovo aqui as minhas sugestões de medidas concretas para que Portugal possa enveredar pelo caminho do desenvolvimento (de que muito se fala, mas que poucos parecem perceber como se faz) necessário a proporcionar o bem-estar dos portugueses.
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Por diversas vezes publiquei estas sugestões e inclusivamente escrevi-as em cartas dirigidas aos anteriores ministros da Economia e das Finanças, às quais não obtive resposta.
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O anterior Governo, das minhas sugestões apenas acolheu três:
1. - Desenvolver e valorizar os Certificados de Aforro, medida que foi entretanto bastante diminuída na sua concepção inicial.
2. - Proporcionar a particulares o investimento em certificados do Tesouro.
3. – Baixar a taxa de IRC, o que acabou por fazer, embora esse abaixamento tenha agora sido interrompido pelo actual governo, o que é pena.
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Quanto a uma outra proposta - a criação do Banco de Fomento, - o governo anterior fingiu que o criou (no papel e instalações e quadros bem pagos) mas até agora não funcionou. O actual Governo também nada quer fazer, nesta matéria, ao que parece.
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Como o meu primeiro partido é Portugal, renovo e relembro as minhas propostas, lançando um desafio claro:
- Faça este Governo o que já devia ter sido feito pelo anterior para que Portugal entre na senda do desenvolvimento real, não no dos discursos ocos a que temos vindo a assistir.
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E elas são apenas onze, bem simples de implementar, se houver competência e vontade política:
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 Banco de Fomento
- Por a funcionar o Banco de Fomento, que se destina a financiar Novos Projectos Industriais ou do sector Primário (agricultura e pescas) cujos promotores têm o projecto, a ideia, o know-how dos mercados e das técnicas de produção, mas que não têm dinheiro para os “construir”. Os fundos deste banco proviriam do BEI (Banco Europeu de Investimentos), dos fundos do horizonte 2020, na parte do novo investimento, e dos juros cobrados aos novos empréstimos concedidos.
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Isenções Fiscais
Diminuir ou mesmo cortar as Isenções Fiscais ou Créditos fiscais até aqui atribuídos aos Fundos de Investimento (mobiliários ou imobiliários), Fundações, Bancos e Companhias de Seguros que só servem para desvirtuar o mercado e penalizar as contas públicas;
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Crédito Fiscal por mérito
– Conceder um Crédito Fiscal (a 100% das verbas reinvestidas) ao Reinvestimento de Lucros na actividade industrial, desde que os fundos gerados pelos lucros sejam aplicados na aquisição de novos equipamentos de produção, ampliação de instalações fabris, lançamento de novos produtos, ou em criação de postos de trabalho permanentes que excedam o efectivo da empresa em 20%;
Premiar-se-ia assim as empresas mais activas e competentes, e as empresas que através deste mecanismo levem a efeito novos investimentos, com a correspondente criação de novos empregos. Esta medida tem o mérito de, sem desvirtuar o mercado e uma sã concorrência, beneficiar os portugueses e a economia de Portugal.
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Criar o Licenciamento Zero
- Isto é, o investidor não tem que pedir licença ao Estado para investir, (no concreto para o projecto físico de investimento - instalações fabris ou equiparadas) mas terá 1 a 2 anos para demonstrar a uma Inspecção “a posteriori” que cumpriu a lei e as especificações necessárias ao seu cumprimento, sob pena de aplicação de sanções.
Exceptua-se deste licenciamento zero, a licença camarária de construção do edifício industrial, por motivos de ordenamento do território.
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Ou, em alternativa, simplificar o processo de obtenção das autorizações para investimentos acima dos 2 milhões de euros, em unidades deste tipo; Após a apresentação do projecto físico (instalações e equipamentos fabris) de investimento, caso o Estado e seus departamentos não se pronunciem, terá lugar uma autorização tácita de funcionamento, se os serviços não se pronunciarem em 2 meses.
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Tribunais
- Reorganização dos Tribunais que contemplem a constituição de Tribunais especializados nas relações entre empresas e destas com os consumidores; Os actuais são demorados, ineficazes, por estarem incluídos dentro dos tribunais normais. Os criados “arbitrais” têm vários vícios e propiciam a “lei do mais forte” o que contraria o espírito que deve presidir à aplicação da Justiça.
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O Mar
- Necessidade de se explorar convenientemente o Mar Territorial e o Mar Económico Exclusivo (ZEE) - que juntos significam 3 Milhões de km2. Para isso há que rearmar as Marinhas de Pesca, a Marinha de Transporte de Mercadorias concedendo Incentivos aos investidores que apresentem projectos concretos.
Em paralelo, desenvolver a Marinha de Guerra, com a construção, em estaleiros nacionais de novos navios-patrulha, de navios logísticos e, se possível, fragatas. Esta de forma a defender os nossos recursos económicos da exploração indevida de estranhos e defender o espaço marítimo das novas e das velhas ameaças. Com os oito actuais navios não possível
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A Inovação Tecnológica e Comercial
- Construção de Programas simples e mais dinâmicos do que os incipientes que existem, de financiamento, a taxas de juro reduzidas, sedeadas no Banco de Fomento e na Caixa Geral de Depósitos, para a Inovação, sobretudo na área industrial. Para produtos ou serviços, Para empresas sedeadas em Portugal. Tudo isto com o objectivo de incentivar o progresso tecnológico e comercial das mesmas.
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Rendas Excessivas
- O que se passa neste domínio consome indevidamente milhões de euros que poderiam, e deveriam, ser canalizados para o investimento. Falo das recomendações expressas no então “Memorando de Entendimento”, assinado em 2011 pela U.E e pelo PS e PSD, mas que nunca foi implementado. Ou seja cortar nas Rendas da EDP e similares.
Aliás o Governo espanhol já o fez em 2013, com resultados positivos para os espanhóis e sua economia.
...
Scutts/PPP's
- Cortar nas Scutts ruinosas, para o Estado e contribuintes e reactualizar, ou melhor por no são, as previsões megalómanas de tráfego que nunca se verificaram ou se virão a verificar, e que penalizam o Estado e os contribuintes, em favor de poucos.
...
Gabinetes Ministeriais
- Cortar nas despesas de funcionamento dos Gabinetes Ministeriais, onde todos os partidos, desde há décadas, têm metido os seus "amigos partidários" sem nenhum proveito para o melhor funcionamento do Estado, do País, antes com acréscimos de despesa não reprodutiva que penalizam as contas públicas.
...
Assessoriais externas
- Cortar nas Assessorias e encomendas aos Gabinetes de Advogados alheios ao Estado (privados), e aproveitar os seus quadros da área jurídica.
- Cortar nas Assessorias e encomendas aos Gabinetes de Economistas alheios ao Estado (privados) e aproveitar os seus quadros da área de Economia.
Realmente não se admite a nenhum título que o Estado tendo nos seus quadros permanentes Advogados e Economistas competentes, a quem paga salários, tenha de recorrer, a não ser em casos pontuais e muito excepcionais, a este tipo de despesa.
...
Conclusão
Aqui fica, mais uma vez, a minha contribuição para o traçar de um caminho para a re-industrialização de Portugal, para a consequente criação de empregos qualificados, e para o necessário desenvolvimento de Portugal e dos Portugueses.
...
Lastimo que o governo anterior não as tenha aplicado. Aguardo que o novo governo as adopte em prol de Portugal e dos portugueses, o meu verdadeiro Partido.
...
(Artigo publicado no semanário “O Diabo” de dia 25 de Outubro de 2016)
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Director do semanário "O Diabo"

Gestor de Empresas
Doutorado em Estudos Europeus
Auditor de Defesa Nacional

03 novembro 2016

Lá, defendem-se os Contribuintes - e toda a gente aplaude.

...
Lá, defendem-se os Irlandeses - e toda a gente aplaude.
...
Por cá ?
......
A IRLANDA cresce
...
O Governo irlandês vai violar as regras orçamentais da UE pois anunciou que não cumprirá alguns objectivos fixados para 2016 e 2017, mas não deverá ser penalizado por estas infrações, afirmou o Conselho Consultivo Orçamental, um órgão nacional independente. ...
...
O Governo de Dublin apresentou o orçamento para 2017,
o qual inclui um pacote de estímulo à economia de 1.300 milhões de euros,
...
500 milhões dos quais se destinam a reduzir a carga fiscal e o resto a aumentar a despesa pública.
...
A Irlanda também excederá em 200 milhões de euros o limite máximo fixado por Bruxelas, em relação ao aumento dos gastos públicos do próximo ano.
...
O Governo Irlandês indicou que o PIB crescerá 4,2% este ano, e 3,5% (uma revisão em baixa) em 2017.
...
Lá, defendem-se os Irlandeses e toda a gente aplaude.
...
Por cá ?
...
A oposição - PSD - critica que se devolva o dinheiro, que roubou aos contribuintes!
...
O meu partido - CDS - não diz duas direitas, mas lá estrebucha um discurso parecido!
...
- Que saudades do meu Partido - o Partido dos Contribuintes - que o foi desde a sua fundação (Engº Adelino Amaro da Costa e outros) até ao tempo do Dr. Manuel Monteiro, com ligeira recuperação do Dr. Ribeiro e Castro, que depois se desdisse, infelizmente - digo eu!. ...
...
PS e geringonça, parece que se envergonham de devolver o que foi esbulhado!
....
Resumo? ..... nem comento!
Deixo isso aos leitores!
...
Cumprimentos
Miguel Mattos Chaves