05 julho 2016

COMENTÁRIO à SITUAÇÂO da dita “União” – e a certas “reacções internas”

RESUMO:
A Comissão dá SINAIS NEGATIVOS aos MERCADOS na esperança que estes nos penalizem com JUROS MAIS ALTOS, adiando propositadamente qualquer decisão. 
...
Ameaça igualmente preparar-se para actuar sobre Portugal, ou ao exigir novas “medidas” ou a impôr sanções mesmo que simbólicas, que terão o mesmo efeito sobre os MERCADOS.

E os Partidos (PSD, o que não me espanta nada) e o CDS (que me espanta muito) esforçam-se por obter esses mesmos resultados por parte dos mercados, com estas atitudes Disfarçadas e Hipócritas, mas que os analistas sabem ler e interpretar.


TEXTO: (1). As FINANÇAS da EUROPA
Em FRANÇA as previsões económicas têm dividido, em versão “soft”, o Governo de França e os Comissários da União Europeia.

(a). Quanto ao Défice a Comissão prevê que a França tenha 3,4% em 2016, e em 3,2% em 2017.

(b). Já o Presidente Hollande diz que o défice será de 3,3% em 2016 e de 2,7% em 2017.

Conclusão: O quadro significa que a França estará em incumprimento das regras do Pacto de Estabilidade em 2016 e previsivelmente em 2017.

(c). Em ESPANHA: o Governo já disse à C. E. que nem pensem no défice que eles queriam, que era de 2,8%, para 2016.

(d). Assim a Espanha já fez saber que será de 3,6% em 2016 e só em 2017 descerá para os 2,9%.

Reacção: A Comissão disse que “A França é a França” e no caso de Espanha disse que “compreendia”.

(2). “HÁ UNS MAIS IGUAIS QUE OUTROS”
Ou seja:
- Enquanto a Comissão Europeia diz a PORTUGAL que, mesmo que atinja um défice abaixo dos 3%, tem que propor novas medidas para a contenção das contas públicas,
- A França (país do Comissário Pierre Moscovici) o Défice, repito será em 2016 – 3,4% e em 2017 – 3,2%.

Pregunta:
Haverá Penalizações? Foram impostas novas medidas?
Não me consta!

O Presidente da Comissão, Juncker já veio dizer o que se passará:
- A França é a França!(Sic), ou seja não serão aplicadas a França as penalizações previstas.

Quanto a Espanha, o Governo de Mariano Rajoy já transmitiu à C. E. que não cumprirá a meta da Comissão que era de 2,8%, para 2016.
Assim a Espanha já fez saber que será de 3,6% em 2016 e só em 2017 descerá para os 2,9%.

A Comissão disse que “compreendia”.
Agora veio dizer que adia a decisão.
Pudera, com a recomposição de um novo Governo para Espanha ….

Por fim, o actual Governo Português anunciou no seu programa um défice de 2,2% para 2016, tendo a Comissão duvidado e previsto que o mesmo será de 2,7%.
Mesmo assim, seja abaixo dos míticos 3%.

Mas mesmo assim e ao contrário do que fez com a França e com a Espanha, a Comissão Europeia continua a ameaçar e ameaça pedir medidas suplementares a Portugal!
(leia-se penalizar com mais impostos os portugueses)

Já começa a ser demais este comportamento da Comissão Europeia;

(3). REACÇÃO à CARTA da Srª PRESIDENTE do meu PARTIDO (CDS)
endereçada ao Sr. Presidente da Comissão Europeia.

Sendo eu da Direita Conservadora e Militante do CDS, e seu ex-Dirigente Nacional, tenho a dizer o seguinte:

Infelizmente já começo a ter vergonha das reações do meu Partido (o CDS) que está a por os interesses da “política de mercearia interna”, leia-se de “lugares governamentais” à frente dos interesses nacionais.

Na verdade a Srª Presidente na sua carta declarou-se contra as penalizações eventuais.

E neste ponto preciso, tem o meu apoio incondicional.

MAS logo acrescenta em nota subliminar… e cito:

…“porque se é verdade que temos dúvidas profundas sobre o rumo escolhido pelo atual Governo, também é certo que a Comissão Europeia tem os instrumentos para acompanhar a acção deste Governo e prevenir atempadamente, na medida das suas competências, os desvios que coloquem em causa o cumprimento das regras pactuadas no seio da União Europeia.

Meu comentário:
Ou seja, e por outras palavras, a Srª Presidente passa a seguinte mensagem:
- “não aceitamos as sanções mas obriguem, submetam, o actual governo a cumprir o que vocês querem e vigiem-no”
- ou seja vocês é que mandam em Portugal e portanto mandem, mas nos prejudiquem (PSD e CDS) pois fomos nós que estivemos a governar até Novembro de 2015.

E mais adiante prossegue a Senhora Presidente do CDS:
“A nossa oposição às sanções anunciadas não constitui qualquer adesão às políticas do atual Governo. Aliás, temos sublinhado publicamente a necessidade de o atual Governo dar garantias firmes de que irá cumprir as metas fixadas no quadro do Orçamento de Estado e do Programa de Estabilidade.”

Meu comentário:
A sério Senhora Presidente do meu Partido?
(a). O Sr. Juncker não sabe que é outro partido a governar em Portugal?
(b). É Portugal e os portugueses que estão em causa?
Ou, para si, é a nossa luta política interna que está em causa?

Tudo tem limites Senhora Presidente:
Quando se trata de defender Portugal e os Portugueses face ao estrangeiro, diz o Bom-Senso, e diz o “Sentido de Estado” que não interessa quem está no Poder, mas sim os interesses nacionais;

Ao baixarmos para o nível baixíssimo do discurso do Dr. Passos Coelho, do PSD, sinto-me envergonhado Srª Presidente.

Os militantes e os simpatizantes do CDS não merecem este tipo de atitudes hipócritas, que me recuso a classificar com mais adjectivos, que não seriam nada agradáveis para V.Exª.

(4). CONCLUSÃO
E assim vamos nos:
- FRANÇA, ESPANHA, não cumprem …
- PORTUGAL não cumpriu…

E a Comissão dá SINAIS NEGATIVOS aos MERCADOS na esperança que estes nos penalizem com JUROS MAIS ALTOS, adiando propositadamente qualquer decisão
Ameaça igualmente preparar-se para actuar sobre Portugal, ou ao exigir novas “medidas” ou a impôr sanções mesmo que simbólicas, que terão o mesmo efeito sobre os MERCADOS.
...
E os Partidos (PSD, o que não me espanta nada) e o CDS (que me espanta muito) esforçam-se por obter esses mesmos resultados por parte dos mercados, com estas atitudes Disfarçadas e Hipócritas, mas que os analistas sabem ler e interpretar.

Por mim estou farto desta dita união federalista que nos está a destruir, em que mandam a França e a Alemanha e que TRAI a vontade dos Pais Fundadores da CEE.

Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

04 julho 2016

os Federalistas estão de cabeça perdida e MENTEM....

BREXIT (5)
Os FEDERALISTAS estão de cabeça perdida....
....
E auto-denominam-se de europeístas, mesmo sabendo que estão a TRAIR a ideia dos principais FUNDADORES da CEE.
...
Estes Avisaram por diversas vezes (a 1ª das quais no Congresso de Haia em 1948) que não se podia construir uma Europa de Paz e de Progresso se esta não respeitasse a SOBERANIA dos Estados e a INDEPENDÊNCIA das Nações/Povos que habitam o continente.
...
Cultos como eram, conheciam bem a História da Europa que foi pautada por Guerras entre os diversos Povos do continente.
...
Estas guerras, como se sabe, foram motivadas pelos naturais desejos dos Povos a terem a sua capacidade de auto-governo e auto-determinação. Isto é, lutaram pela conquista do direito a não serem comandados por ninguém estranho e pelo direito a não terem de obedecer a outros Povos/Nações.
...
Agora que os Britãnicos disseram NÃO a essa dependência, se recusaram a obedecer mais aos Burocratas de Bruxelas, comandados pela Alemanha, os FEDERALISTAS ficaram em estado de choque e chamam a todos os que não concordam com eles: Extremistas, Populistas, etc...
...
Tal denota a Idiotice, a Má-Fé, a Ignorância, a Falta de Carácter desses Senhores que não querem perder as Avenças, as Regalias e mesmo os chorudos benefícios que recebem de Bruxelas MAS ... que são pagos com os NOSSOS (de todos os cidadãos dos Estados europeus) IMPOSTOS.
...
Também não se preocupam (afirmando com Má-Fé o contrário) se os respectivos Povos/Nações vivem bem ou mal, como recentemente afirmou Sua Santidade o Papa Francisco I.
...
Não lhes interessa saber se há pessoas com fome, com dificuldades. O que lhes interessa é saber se os Bancos (que os têm financiado) estão bem ou mal.
...
As recentes afirmações do Sr. Juncker, do Sr. Schaubel, e outros desta estirpe de gente pouco séria, fazem-me lamentar que a idiotice se tenha institucionalizado.
...
Com as suas recentes atitudes verifico que estamos à beira do precipício e que estes Senhores querem dar o passo em frente. ...
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Os verdadeiros Pais fundadores da CEE devem estar a dar voltas nos respectivos túmulos ao ver a actuação destas pessoas que não têm qualidade para governar seja o que for, mas sim apenas têm qualidade para prover aos seus próprios bolsos.
...
os "Idiotas ùteis" de Portugal que nos trouxeram até esta situação de definhamento do país, (que se agravou brutalmente desde a nossa entrada no Euro) não fazem mais do que terem o mesmo tipo de atitude mental e de acção que tiveram as "élites" de 1383 e 1580 que venderam, ou tentaram vender Portugal a interesses que lhe são alheios.
...
Nada de novo portanto, nesta matéria. Na história sempre tivemos em Portugal nas "élites" pessoas desta estirpe, dignas sucessoras de Miguel de Vasconcellos.
...
Foi sempre o cidadão comum, liderado pela parte das verdadeiras èlites (as que nunca se deixaram corromper) que atirou esses senhores pela janela abaixo.
...
Creio estar a chegar o tempo de renovar 1385 (Dom João das Regras, que afastou os Andeiros e seus aliados traidores de Portugal, que depois veio a ser o Rei Dom João I) ou 1640 (quando os 40 Conjurados correram com os traidores internos e com o domínio espanhol, em que esses nos tinham colocado).
...
Para evitar essa inevitabilidade, (é só uma questão de tempo) só vejo uma saída:
- Convocar um Referendo em que a Nação/Povo seja ouvida pelo Estado (que existe para a servir) sobre:
- Sim à permanência no Euro?
- Não à permanência no Euro?
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
- Cidadão da Direita Conservadora
- Europeísta da Linha da União da EUROPA das NAÇÕES que recusa o Federalismo, ou seja as ordens de outros estranhos a Portugal.

01 julho 2016

Comparações de Rendimentos, Fiscalidade e Preços com Espanha


O Salário Médio na Europa e em Portugal

Comparações de Rendimentos, Fiscalidade e Preços com Espanha

O salário médio bruto do espanhol ascende a 1.640 euros e o total da carga fiscal fica-se pelos 21,5% (contra os nossos 28,3%)

O trabalhador espanhol ganha mais do que o português, tem uma carga fiscal média mais baixa e paga menos contribuições para a Segurança Social. Resultado: os espanhóis ficam, em média, com mais 580,44€ do que um português para se governarem durante o mês – e ainda gastam menos dinheiro a adquirir os produtos essenciais para viver. Não admira que a sua Economia seja mais pujante do que a portuguesa e que os espanhóis tenham um melhor nível de vida líquido do que o nosso.

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Muito se tem falado sobre a questão comparativa da produtividade e do desempenho das economias dos vários países, tentando sempre encontrar defeitos em Portugal e qualidades no estrangeiro.

Por outro lado muitas comparações são feitas entre Portugal e outros países, pecando as mesmas, normalmente e salvo raras excepções, por serem parcelares e apenas referidas a um ou dois indicadores.

Cabe-me tentar ir um pouco mais longe e verificar se as análises parcelares que têm sido feitas pelos diversos partidos políticos são isentas, ou se pelo contrário, são tendenciosas e variam consoante estão no Governo ou na Oposição.

Vejamos então o que se passa na realidade e não nos vários, e variáveis, discursos políticos.

(1). O salário médio bruto nos 28 países da União Europeia

(incluindo portanto os países do Leste europeu) é de 1.995 euros por mês, sendo em Portugal de apenas 986 €.

Em termos do “ranking” Portugal ocupa a 18ª posição, no cômputo dos 28 Estados que integram a União Europeia. Mas se consideramos apenas os países da Europa Ocidental, com quem todos gostam muito de se comparar, então Portugal é o país em que se verifica o salário médio bruto mais baixo.

Assim, como se pode verificar no quadro 1, os países onde o salário médio é mais alto do que em Portugal são:

Quadro 1

País
(Fonte:
Eurostat)
Salário Médio Bruto
(antes dos descontos)
Portugal
986€
Grécia
1.011€
Malta
1.168€
Chipre
1.256€
Espanha
1.640 €
Itália
2.017€
França
2.255€
Áustria
2.383€
Outros
…..
Dinamarca
3.553€
sendo que a Dinamarca ocupa o 1º lugar.

Os países com salários mais baixos são 10, todos eles da Europa de Leste, sendo que o país onde se paga o salário médio mais baixo é a Bulgária.

Caso para dizer que a nossa falta eventual de competitividade, enquanto País, não está nos salários mas sim noutros factores de gestão tais como a Organização e o Planeamento.

Uma clarificação para referir que por Salário médio bruto, entende-se o Salário antes dos descontos para a Segurança Social, para o IRS e quotizações. Assim Portugal tem o salário médio bruto mais baixo da Europa Ocidental.

(2). A comparação entre Portugal e a Espanha, em matéria de rendimentos e de carga fiscal

Mas façamos agora uma comparação apenas entre os dois países que ocupam o território conhecido como Península Ibérica: Portugal e Espanha.

Em matéria da carga fiscal média sobre o trabalho verifica-se que em Espanha esta é de 15,1%, sendo a contribuição média para a Segurança Social de 6,4%.´

Em Portugal a carga média fiscal média sobre o trabalho é de 17,3%, sendo a contribuição para a Segurança Social de 11% por trabalhador.

No conjunto dos países da OCDE verifica-se uma carga fiscal, média, de 15,7% e uma contribuição para a segurança social, média, de 9,8%, conforme o descrito no quadro 2.

 Quadro 2

PAÍS
(Fonte: OCDE)
IRPF
Seg. Social
Total Carga Fiscal sobre o trabalho dependente (média mensal)
Portugal
17,3%
11,0%
28,3%
Espanha
15,1%
6,4%
21,5%
Média OCDE
15,7%
9,8%
25,5%

(3). As contas a fazer, a partir daqui, são de uma simplicidade mediana.

Assim o resultado destes dois primeiros quadros, e elementos neles contidos, permite-nos perceber o que fica disponível para cada cidadão de Espanha e de Portugal, para poder poupar, ou para consumir, (comprar o que quiser), numa palavra – para poder viver, como é seu inalienável direito.

Vejamos:

Espanha: Salário médio bruto – 1.640 €.

Subtraindo os impostos e taxas a que estão sujeitos, no valor médio de 21,5% (ou seja 352,6 €) dá como resultado que os cidadãos que trabalham em Espanha ficam com 1.287,4€, em média, por mês, para poderem consumir ou poupar, ou seja para viver.

Portugal: Salário médio bruto - 986€.

Subtraindo os impostos e taxas a que estamos sujeitos, no valor médio de 28,3% (ou seja 279,04€) dá como resultado que os cidadãos que trabalham em Portugal ficam com apenas 706,96€ para poderem consumir ou poupar, ou seja para viver.

A diferença é também ela de simples aritmética e dá os seguintes resultados:
Os Espanhóis ficam, em média com 1.287,4€ líquidos, para viver.
Os Portugueses ficam em média com 706,96€ líquidos, para viver.
Logo os espanhóis têm mais 580,44€ por mês, em média, para gastar dos que os portugueses.
A Economia espanhola agradece e os espanhóis também.

Mas poder-se-ia dizer, ou invocar, que o Nível de Vida em Espanha é mais caro do que em Portugal. Isto é, apesar de ficarem com mais dinheiro o custo dos bens essências para viverem seria mais caro do que no nosso país.

Ora o que os números reais dizem não é nada disso, como se poderá verificar a seguir.

(4). A comparação entre Portugal e a Espanha, em matéria de preços dos bens essenciais para viver

Na habitação, tomemos como exemplo o valor de uma renda de casa em Madrid e em Lisboa. No Bairro Salamanca de Madrid, um T3 varia entre os 970 a 1.600€ de renda por mês, variando em Lisboa, em zona que se pode considerar similar, entre os 950 e os 1.500 euros. Ou seja práticamente o mesmo custo de renda nas duas cidades.

Já no que se refere a preços dos bens essenciais de alimentação, praticados nos Supermercados, encontramos em Espanha os seguintes, expressos no quadro 3: (de propósito deixo os nomes, que figuram na base de dados, na língua original, traduzindo apenas os menos fáceis de decifrar em leitura rápida)

Quadro 3

Produto
(Fonte: Preciosmundi - Precios en España 2016)
Unidade
Refª
Preço Venda Público
La cerveza importada
33 cl
1,17 €
Cerveza nacional
0,5 litros
0,80 €
Botella de Vino
Calidad media
4,50 €
Agua
1,5 litros
0,56 €
Cebollas
1kg
0,98 €
Patatas
1 kg
0,83 €
Tomates
1 kg
1,41 €
Naranjas
1 kg
1,18 €
Plátanos (Bananas)
1kg
1,47 €
Manzanas (Maçãs)
1 kg
1,55 €
Pechugas de pollo (frango)
1 kg
5,80 €
Queso fresco
1 kg
9,40 €
Huevos (ovos)
Una docena (12)
1,63 €
Arroz
1kg
0,95 €
Pan (pão)
1 kg
0,94 €
Leche (leite)
1 litro
0,78 €

Como se pode verificar os preços dos bens essenciais de Espanha, em bens básicos de alimentação e bebidas, (nos detergentes e outros similares é igual) ou os preços são quase iguais ou são mesmo inferiores aos encontrados, para os mesmos produtos, nos supermercados do nosso país, como qualquer dona de casa sabe, pela simples leitura deste quadro.

Quanto à rubrica de transportes, o preço em Espanha para a Gasolina (95) é de 1,21 € por litro. Já o Passe mensal de transporte público, em Madrid, cifra-se nos 45,00 € mensais. Em Portugal o preço da gasolina 95 anda em redor dos 1,48 € por litro e o Passe mensal de transportes vai dos 35 aos 75 euros consoante a modalidade, como é sabido.

Já no que se refere a taxas de juro praticadas para Empréstimos para a compra de casa, ou para pagamentos de Hipotecas a taxa praticada em Espanha é de 2,73 % ao ano.

(5). Em conclusão:

Os Espanhóis têm uma carga fiscal média mais baixa que os Portugueses, contribuições para a Segurança Social igualmente mais baixas, pagam pelos produtos essências para viver, uma soma quase igual ou mesmo inferior à despendida pelos consumidores portugueses, mas o seu salário médio bruto mensal é bastante superior, sendo em Espanha de 1.640 € por mês e em PORTUGAL de apenas 986 € por mês, ou seja uma diferença a favor dos cidadãos espanhóis de mais 654 euros de rendimento bruto (em média) por mês.

Já no que se refere ao dinheiro com que um cidadão espanhol fica, (depois de pagar os impostos), para viver é de mais 580,44€ por mês (em média) do que um português.

Ou seja, os espanhóis ganhando mais, suportam menos carga fiscal e pagam igual ou menos dinheiro, pelos bens essenciais, que os Portugueses, o que lhes deixa um Salário Médio Líquido (depois dos descontos efectuados) bastante superior.

Não admira que a Economia espanhola seja mais pujante que a Portuguesa e não admira, em conclusão final, que os Espanhóis tenham um melhor nível de vida líquido que os Portugueses.

Donde o problema da nossa baixa produtividade não vem dos salários praticados em Portugal.

É preciso encontrar a razão desse fenómeno em vários outros factores tais como a deficiente gestão da maioria das nossas empresas, nomeadamente em matéria de organização e planeamento, bem como na constatação de que nos tornámos numa economia que produz produtos e serviços de baixo valor acrescentado por falta de investimentos sérios e continuados em Investigação e Desenvolvimento.

Neste quadro geral, encontram-se felizmente algumas (poucas infelizmente) excepções em empresas que são bem geridas, nas quais os seus gestores têm a noção que o seu principal activo são as pessoas e como tal estas têm que ser formadas em continuo, têm que ser motivadas e remuneradas em consonância com os seus méritos e capacidades, para que estas rendam cada vez mais e se sintam bem nas empresas em que trabalham. 

Uma pessoa que passe grandes dificuldades para viver o seu dia-a-dia e alimentar a sua família, só por sorte (ou grande auto-motivação) vai trabalhar todos os dias de espírito liberto, de forma a ser mais produtiva.

E nesta situação, lamento dizê-lo, não há inocentes.

Dirigentes Políticos, Empresários ou Dirigentes de empresas têm igual responsabilidade nesta matéria.

Enquanto estes três grupos não mudarem a sua mentalidade, a Economia Portuguesa dificilmente será florescente e saudável, com bons resultados para Portugal.

Vai sendo tempo de atentarmos nestas realidades e não embarcarmos nas meias verdades, ou mesmo mentiras descaradas, que nos têm sido vendidas por diversas formas comunicacionais.

Miguel Mattos Chaves - PhD
 

27 junho 2016

Message to the future Prime Minister of United Kingdom

And to the British People

Dear Friends and Allies.

Congratulations for your attitude British friends.

Please ask your future Prime Minister to restore the EFTA - (European Free Trade Association), where Britain was before joining the E.U.

The remaining countries in this organization are: Norway, Switzerland, Iceland, Liechtenstein.

This organization has a free trade agreement with E.U. The free trade agreement signed in Oporto in 1992.

If you will do that, other European countries may follow your example.

That will be very good for Europe.

In fact, the E.U, has been transformed into a federation, ruled by Germany and only serves the German interests.

Is not good for many European countries and they disrespected the will of the majority of the founding fathers, namely: 

Winston Churchill, Kalergi, Aristide Briand, Alcide de Gasperi, Charles De Gaulle, Paul Henry Spaak, Paul Van Zeeland, Konrad Adenauer and hundreds of many others.

So, please think about it.

The success of many European countries depends on your decision on this matter.

Best Regards

Miguel Mattos Chaves – PhD in European Studies

matos.chaves@gmail.com

23 junho 2016

Se o Sim à saída do Reino Unido da UE vencer?

Se o Sim à saída do Reino Unido da UE vencer?
Segundo o Ministro da Justiça, Michael Gove, em declarações ao “Financial Times”, se o Sim à saída do RU vencer é evidente que as negociações internas entre o Governo e os Partidos começarão de imediato.

Segundo vários analistas, Londres tem interesse, nesse caso, em que o processo não se eternize de forma a interromper a sua contribuição financeira para a União Europeia que se cifrou em 2015 em cerca de 18,2 mil milhões de libras.

Mas o resultado do Referendo não obriga juridicamente o Governo a cumprir o resultado, embora não pareça provável que este não cumpra a vontade dos Britânicos, pois tal seria um “suicido político.”

Se o sim vencer, haverá novas eleições?
Já o “Le Figaro”, através de Vivien Pertusot refere que existe uma enorme pressão para que o Governo faça rápidamente o pedido de saída, admitindo mesmo que este pedido será feito logo no Conselho Europeu de dia 27 de Junho, pois enquanto durar este processo nenhum grande projecto europeu poderá ser lançado.

Sobre se David Cameron pedirá a demissão em caso de vitória da saída, e se haverá novas eleições, John Peet do “The Economist” recorda é provável que o 1º Ministro se demita mas que isso não implica necessáriamente novas eleições e recorda que em 2007 Gordon Brown sucedeu a Tony Blair sem que tal se verificasse.

Os Tratados da União e a saída do RU
Até 2009 não estava prevista a forma jurídica de saída de qualquer membro da U.E. tal lacuna foi finalmente preenchida através do Art.º 50 do Tratado de Lisboa. Tal lacuna era de facto estranha pois qualquer Estado Soberano sempre teve o direito de subscrever Tratados Internacionais ou de os abandonar, em conformidade com os seus interesses Soberanos.

Assim o Tratado de Lisboa não vem mais que oficializar o que já se sabia, isto é que qualquer estado pode aderir ou pode abandonar qualquer Organização Internacional. Assim, neste Tratado de 2009, foram finalmente definidas as regras de abandono  e que consiste no seguinte: “uma vez oficializado o pedido de saída as negociações durarão o máximo 2 anos”.

Nas negociações deverão ainda ser fixadas as modalidades de saída e definidas as relações futuras entre as partes.
Em seguida o acordo será aprovado pelo Parlamento Europeu e ratificado pelo Conselho Europeu, aqui por maioria qualificada.

Se nenhum acordo for alcançado, em 2 anos, uma de duas situações acontece:
(1) Os 27 aprovam por unanimidade o prolongamento das negociações ou
(2) O RU abandona unilateralmente a União Europeia, sem nenhum acordo estabelecido.
Caso para dizer que o Tratado de Lisboa foi premonitório.

Melhores cumprimentos

Miguel Mattos Chaves

PhD Estudos Europeus
 

 

22 junho 2016

CONVITE - porque acho que o Tema lhes interessa

Venho Convidar V.Exªs e Exmªs Famílias
...
para AMANHÃ 5ª feira, dia 23 de JUNHO
...
- no Palácio da Independência, ao Rossio, em Lisboa, - pelas 18h15m,
para uma palestra subordinada ao tema: ...
......
...
  - "o TERRORISMO INTERNACIONAL -
– sua CARACTERIZAÇÃO e CENÁRIOS para o FUTURO".

.....
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

21 junho 2016

PORTUGAL - Salários de POBRE - despesas de RICOS - as CONTAS COMPLETAS

Assunto: Capa da Edição de 21-06-2016 do semanário “O Diabo”
...
Ilustres Amigas, Ilustres Amigos, Prezados Leitores,
Junto (em anexo) tenho o prazer de enviar a Capa da edição que de 3ª feira, dia 21 de Junho, a dia 25 está nas bancas de jornais.
......
Na capa damos destaque a artigos que Desmascaram várias Meias Verdades ou mesmo Mentiras, que nos têm sido contadas de há dezenas de anos a esta parte.
...
Dentre estes destacamos, pelo seu inegável interesse:
...
(1) SABIA QUE:
O preço dos alimentos em Portugal é excessivamente elevado quando se tem em consideração o anémico salário médio nacional?
...
(2) SABE QUAL: o Salário mínimo comparado, veja os valores na OCDE e em Portugal;
...
(3) SABIA QUE:
O trabalhador espanhol tem uma carga fiscal média mais baixa e paga menos contribuições para a Segurança Social ?.
...
(4) SABIA QUE:
em Resultado: os espanhóis ficam, em média, com mais 580,44€ do que um português para se governarem durante o mês – e ainda gastam menos dinheiro a adquirir os produtos essenciais para viver?
...
VEJA AS CONTAS NUAS e CRUAS.nas páginas do nosso semanário desta semana.
...
Por fim, venho agradecer a sua prestimosa colaboração na divulgação dos conteúdos deste semanário, que permitirá uma mais correcta e melhor informação dos portugueses.
...
É este o objectivo principal que norteia a equipa que agora tenho a honra de dirigir.
...
Com os meus melhores cumprimentos
...
Miguel Mattos Chaves
Director do semanário “O Diabo”
Doutorado em Estudos Europeus
Auditor de Defesa Nacional


19 junho 2016

CONVITE - Palestra sobre "o Terrorismo Internacional – sua caracterização e Prospectiva" - 23/06 - 5ª feira

Venho Convidar V.Exª e Exmª Família para 5ª feira, dia 23 de JUNHO - no Palácio da Independência, ao Rossio, em Lisboa, - pelas 18h15m, para uma palestra subordinada ao tema
"o Terrorismo Internacional – sua caracterização e Prospectiva".
...
Sendo de ENTRADA LIVRE estão desde já Convidados a participarem todos os amigos e prezados leitores que o desejarem fazer.
...
Melhores cumprimentos...
Miguel Mattos Chaves
Auditor de Defesa Nacional



17 junho 2016

Mensagem dirigida ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
...
A Mesquita em Lisboa
...
Numa altura em que vários países europeus, através dos seus Governos eleitos, já declararam que só autorizarão a construção de Mesquitas islâmicas no seus territórios se for permitido construir Igrejas Católicas ou Protestantes nos países Árabes, não se compreende a sua atitude, a do Socialista Presidente da Câmara de Lisboa. ...
...
Na verdade tanto a Dinamarca, como a Polónia e outros países na Europa bem como a Austrália e o Canadá adoptaram uma atitude racional que se baseia no princípio de que
...
“As Relações Internacionais baseiam-se em actos de reciprocidade e respeito entre os países”.
...
Por cá, em Lisboa, temos um Presidente de Câmara (o Senhor) que, com 3.000.000 de euros do Dinheiro dos Portugueses, (sem lhes perguntar nada)
...
decidiu financiar a construção de uma Mesquita (mais uma) destruindo para o efeito dois prédios que tinham partes, dos mesmos, classificadas.
...
Caso para lhe perguntar: Sr. Presidente da Câmara de Lisboa:
- que interesses estranhos aos Lisboetas e aos Portugueses pretende servir?
...
Cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

13 junho 2016

Esta 5ª feira - dia 16 - às 21h00m - no PORTO - Quinta de BONJÓIA ...

CONVITE - Prezadas Amigas e Prezados Amigos do Porto,
...
Esta 5ª feira - dia 16 - às 21h00m - no PORTO
terei o prazer de Vos falar nos habituais Serões de Bonjóia organizados pela AICEM, a convite da Exmª Direcção.
...
Falarei sobre “Portugal, o Mar e a UE – que futuro”.
Espero que a minha apresentação Vos seja útil.
Até lá.
Melhores cumprimentos.
Miguel Mattos Chaves

07 junho 2016

Salário Bruto Médio na Europa e Portugal - COMPARAÇÕES COM BENS ESSENCIAIS de ESPANHA

O salário médio bruto nos 28 países da União Europeia é de 1.995 euros por mês, sendo em Portugal de apenas 986 €.
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Portugal ocupa a 18ª posição, mas se consideramos apenas os países da Europa Ocidental é o país em que se verifica o salário médio bruto mais baixo. ...
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Os países onde o salário médio é mais alto do que em Portugal são:
a Grécia com 1.011 €,
a Eslovénia com 1.142 €,
Malta com 1.168 €,
Chipre com 1.256€,
Espanha com 1.640 €,
Itália com 2.017 €,
França com 2.255 €,
Áustria com 2.383 €
sendo que a Dinamarca ocupa o 1º lugar com 3.553 euros por mês. ...
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Os países com salários mais baixos são 10, todos eles da Europa de Leste, sendo que o país onde se paga o salário médio mais baixo é a Bulgária.
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Caso para dizer que a nossa falta eventual de competitividade, enquanto País, não está nos salários mas sim noutros factores de gestão tais como a Organização e o Planeamento.
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NOTA FINAL: Salário médio BRUTO quer dizer Salário antes dos descontos para a Segurança Social e para o IRS. O mais baixo da Europa Ocidental.
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Fonte: Eurostat
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Bom então vamos lá a isso e para não baralhar muito as pessoas, vamos só a comparações com o País vizinho: A Espanha.
(1) RENDA de CASA em Madrid no Bairro Salamanca um T3 - 970 a 1.100 euros; Lisboa zona similar: 950 a 1.500 euros;
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(2) Preços SUPERMERCADOS:
La cerveza importada (33 cl) 1,17 €;
Cerveza nacional (0,5 litros) 0,80 €;
Botella de Vino (Calidad media) 4,50 €;
Agua (1,5 litros) 0,56 €;
Cebollas (1kg) 0,98 €;
Patatas (1 kg) 0,83 €;
Tomates (1 kg) 1,41 €;
Naranjas (1 kg) 1,18 €;
Ananás/Plátanos (1kg) 1,47 €;
Maçãs/Manzanas (1 kg) 1,55 €;
Peito Frango/Pechugas de pollo (1 kg) 5,80 €;
Queso fresco (1 kg) 9,40 €,
Una docena de huevos 1,63 €;
Arroz (1kg) 0,95 €;
Un kilo de pan (1 kg) 0,94 €;
Leche (1 litro) 0,78 €;

(3) TRANSPORTES
Gasolina (95) 1,21 €;
Pase mensual de transporte público 45,00 €;

(4) Empréstimos CASA
Juros/ Hipoteca de casa: tasa de interés anual (%) 2,73 %;

POSTO ISTO:
PARA PREÇOS IGUAIS ou MAIS BAIXOS em ESPANHA, o SALÀRIO MÉDIO BRUTO É DE:
Em ESPANHA: 1.640 €; Em PORTUGAL: 986 €.

Por fim: SALÁRIO BRUTO MÉDIO quer dizer para os dois países a mesma coisa:
- Importância/montante inscrito na folha de salários!
A esta é preciso deduzir os 11% da TSU e a Taxa de IRS.
Diminuindo estes valores do valor inscrito, obtém-se o que a pessoa leva para casa:
o Salário Médio Líquido.

Espero tê-los elucidado, se é que não sabiam.
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves


02 junho 2016

Até quando ?

As eventuais SANÇÕES
assim vai a Politica nacional
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Tenho assistido com estupefacção à seguinte atitude dos dois principais partidos:
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O PS diz que vai propor que a Assembleia da República aprove um Voto contra a intenção da Comissão Europeia de impor sanções a Portugal, pelo facto de o País estar em incumprimento do Défice mítico dos 3%;

O PSD diz que vai propor a sua própria iniciativa na Assembleia da Republica de aprovação de um Voto contra a intenção da Comissão Europeia de impor sanções a Portugal, pelo facto de o País estar em incumprimento do Défice mítico dos 3%;

Os dois Partidos aprovaram, nas costas dos portugueses, sem os consultar, que a Comissão Europeia passasse a ter poderes para impor sanções por incumprimento do Défice mítico dos 3%, diminuindo assim a Soberania do Estado Português e a Independência da Nação Portuguesa.

A intenção de base é boa: exercer pressão sobre a Comissão Europeia.

O método parece o utilizado pelos miúdos na escola em que cada um afirma que “eu sou melhor que tu e tenho melhores ideias que tu” e como “tu és mau, e por isso não brinco mais contigo”.

Lamentável atitude dos dois em dar mais este triste espectáculo público, o que só contribui para o deslustrar, ainda mais, da actividade política!

O que seria desejável é que as direcções dos vários partidos, com representação parlamentar, no recato dos gabinetes combinassem uma acção concertada nesse sentido;

Depois a levassem a efeito, em conjunto, na Assembleia da República;

Isto significaria uma União de Portugal contra uma decisão da União Europeia que nos prejudica;

Teria, assim, uma força inquestionável face à U.E. e possíveis efeitos positivos;

Em Espanha o Governo em funções, apesar de eleições que se vão realizar este mês, avisou claramente Bruxelas de que não vai cumprir o Défice mítico dos 3%, em 2016, como pretendia a Comissão Europeia que exigia que fosse de 2,8%;
Espanha respondeu que não e que o défice será de 3.6% e que só em 2017 baixará para 2,9%.

NENHUM partido veio agir ou falar contra a atitude do Governo em funções.

Resultado a Comissão “baixou as orelhas” e disse que “compreendia” os motivos do Governo espanhol, que argumentou que não iria exigir mais sacrifícios nem iria prejudicar o crescimento da economia espanhola com o cumprimento das metas que a Comissão pretendia impor.

QUE DIFERENÇA SENHORAS e SENHORES!!

QUE DIFERENÇA na qualidade das pessoas e dos políticos que, em Espanha, quando se trata de defender o País, mesmo que não se unam publicamente, calam-se.

Este sistema político, em Portugal está no fim, caduco, corrompido, cheio de gente com baixíssima qualidade.

Até quando?

Miguel Mattos Chaves