Tudo é relativo,
tudo é permitido desde que não se coarte a liberdade total e sem regras de
alguns grupos. E isso só poderá levar, na minha opinião, *à revolta dos que se
sentem agredidos e desrespeitados naos seus valores nas suas crenças, enfim na
sua Liberdade de acreditarem no que querem e seguirem os princípios em que
forma educados e que defendem.
Apenas partilho
aqui dois pontos concretos para a reflexão dos leitores e meus concidadãos:
1-
A
SEGURANÇA e a DEFESA... conceitos mal tratados na Europa dos 29
Os
acontecimentos de Paris, que qualquer cidadão normal deve repudiar veemente
põem a nu uma verdade incómoda:
- os Estados
Europeus continuam com a mesma política inconsciente que levou a França a ser
invadida fácilmente em 1939 e facilitou o despoletar da 2ª Grande Guerra.
Os países
europeus não investem em Segurança, desinvestem em Defesa.
O
orçamento europeu, nestes capítulos pouco excede os 1% do respectivo PIB.
Em contraponto a
esta situação, os EUA investem mais de 3%.
E os europeus
habituaram-se, desde o final da 2ª Guerra mundial a "descansarem" a
sua Segurança e a sua Defesa nos aliados do além-Atlântico.
A Europa
Comunitária facilitou mesmo o acesso ao seu espaço, sem grandes critérios de
controlo ao abrigo de uma denominada livre circulação, a cidadãos de países
terceiros.
Ou seja a cúpula
política dos países da Europa comunitária, assumiu que a Paz de Kant (a Paz
Eterna) tinha chegado e que podia baixar as suas guardas.
E influenciaram
mesmo as suas populações, pelo menos as menos informadas, o que tem levado a
que quando os Estados compram aviões de Guerra, submarinos, barcos de Guerra,
etc..etc.. equipamentos de vigilância, equipamentos de controlo policial de
manifestações perigosas, etc..etc.. logo inúmeros cidadãos se entretêm a
dizer que é um escândalo, que esses meios só servem para passear, e outros
disparates do mesmo calibre.
O resultado de
todo este quadro resumido, é que os Poderes Políticos, sobretudo a partir dos
acontecimentos e manifestos do Maio de 1968, se começaram a revelar fracos, e
pouco ou nada apoiados pelas suas opiniões públicas ou publicadas. Cederam e
deixaram de comprar equipamentos de Defesa e de Segurança, não investem nestes
campos da Soberania, ou seja não melhoram a capacidade de dissuasão dos Estados
face a potenciais ameaças, sejam elas o narcotráfico, a eventual proliferação
de armas químicas e biológicas, o trânsito ilegal de armas, o terrorismo
organizado ou espontâneo, e eventuais ameaças clássicas.
E assim a UE tem
assistido (apenas com discursos mais ou menos inflamados, mas a que não se
segue nenhum fortalecimento prático dissuasor de acções terroristas ou
semelhantes) atentados em Madrid, em Londres, em outros lugares e agora em
Paris, onde movimentos estranhos à sua cultura, religião de base, costumes, se
podem movimentar livremente, práticamente sem regras.
E agora, face
aos últimos acontecimentos de Paris, os Governantes vêm "chorar lágrimas
de crocodilo" por mais um funesto e bárbaro acontecimento como o da
capital francesa.
Até quando?
Quando
perceberão que as Forças Armadas e as Forças de Segurança devem existir, ser
bem equipadas e treinadas para se tornarem verdadeiramente dissuasoras deste e
doutro tipo de acções?
2-
REFLEXÃO
sobre a HIPOCRISIA... e a LIBERTINAGEM
Confesso que a
minha paciência se esgotou e há coisas que não posso deixar de dizer embora sem
insultar ninguém e sem amachucar ninguém, lembrando apenas alguns princípios de
BOM SENSO!
- Liberdade -
fala-se muito, para justificar até o injustificável, nesta palavra-ideia cujo conceito
parece de há muito esquecido.
Ora a minha
Liberdade acaba quando começa a Liberdade de outrém! Se eu tenho direito à
Liberdade, os outros também o têm. Logo não posso Violar a Liberdade dos Outros
mas também não posso permitir que Violem a minha Liberdade.
Parece-me isto
muito claro e um bom princípio de convivência pacífica da sociedade.
- Respeito –
Esta palavra-ideia tem conteúdo neste quadro mais lato de liberdade.
Quero com isto
dizer que Não há verdadeira Liberdade sem se respeitarem os outros.
Se eu insultar
gravemente alguém estou objectivamente a Violar a Liberdade e a Integridade do
outro, seja através de agressão física ou sentimental, insulto, enxovalho, ou
outra forma de Violência Objectiva (aquela que fere fisicamente ou
sentimentalmente a outra pessoa).
Daqui deriva
que, na minha opinião livre:
- Não há
inocentes !
- Quem
Insulta, viola a Liberdade do outro;
- Quem Fere ou
Mata viola gravemente a Liberdade do outro.
É uma questão de
Grau.
AMBOS os
comportamentos são GRAVES e VIOLAM:
- a LIBERDADE
com RESPONSABILIDADE que DEVE ser o slogan máximo da Democracia, caso contrário
entramos na Libertinagem (sob a capa de Liberdade) onde uns usam a Caneta como
Arma e outros usam a Arma como Caneta.
Na normalidade
da convivência civilizada, quem entra em casa (ou País) de alguém TEM
obrigatóriamente que cumprir as Regras em Vigor nessa casa/país, mesmo que só e
apenas por Boa Educação.
Quem Recebe em
sua casa/país, tem que receber bem, educadamente, sem insultar, mas não
deixando que as suas regras (da sua casa) sejam violadas ou modificadas a belo
prazer de quem entra.
Parece-me de
ELEMENTAR bom senso.
Felizmente ainda
existem na comunidade internacional países com bom senso nesta matéria.
Aconselho a estudarem o caso da Noruega e da Austrália.
No mais, e face
a tantos comentários televisivos dos comentadores do regime, estou farto de
tanta hipocrisia em nome da "Liberdade de Expressão"
Para mim, seria
bom que se fizesse uma reflexão séria e aprofundada sobre os temas que aqui
deixo, para que a Europa e o Ocidente não caminhem, enquanto civilização, para
a sua extinção.
Melhores
cumprimentos
Miguel Mattos
Chaves
Miguel
Mattos Chaves
Gestor
Doutorado em Estudos Europeus
(dominante: Economia)
Auditor de Defesa Nacional
E-Mail: matos.chaves@gmail.com
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