29 março 2017

PÓS-BREXIT - o futuro

o PÓS-BREXIT em Marcha
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O renascimento do eixo-político e económico mais poderoso do Mundo - o eixo-Londres-Washington, a caminho de se tornar realidade.

O cenário mais que provável, no seguimento da saída do Reino Unido da União Europeia, tal como já o escrevi por diversas vezes de há mais de 1 ano para cá, é o fortalecimento desta aliança com os Estados Unidos, para além do mais que natural reforço das relações do Reino Unido com os Países da Commonwealth.
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Só espero que Portugal tenha o discernimento de perceber que estamos no Centro do Mundo Atlântico e actue em conformidade.
(por favor olhem para o Mapa Mundo).
Mas, se calhar, isso é pedir muito dos nossos dirigentes políticos. Vamos ver!
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Repito o que tenho dito, e escrito, desde Maio de 2016:
O Reino Unido continuará a ser:
- Uma Potência Nuclear,
- Um dos 5 Membros Permanentes do Conselho de Segurança,
- A cabeça da Commonwealth,
- A maior Potência Militar da Europa,
- A ter um dos mais Importantes Mercados Financeiros Mundiais,
- A ser uma das mais importantes Economias do Planeta.
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Assim é, para mim, divertido continuar a ouvir e ler "os desejos" de certos comentadores e políticos, portugueses, e ver que não compreendem (ou não querem compreender) o que se passa na cena internacional, nem as oportunidades que se abrem com este novo realinhamento internacional.

Falo de reequacionarmos a nossa relação com a UE, recuperando a soberania das Políticas Orçamental, Câmbial e Monetária, numa palavra voltando á pureza do Tratado de Roma, ao qual aderimos em Junho de 1985 e que nos motivou a quase todos.

Sobre a necessidade de aprofundarmos a CPLP, que alguns têm aventado como caminho.
Há muitos anos que venho escrevendo sobre o tema. A CPLP é importante e devemos tentar construí-la, mas ainda é uma potência por explorar.
Logo não é uma alternativa imediata.
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Para ser uma voz potente no Sistema Internacional vai ser preciso o desaparecimento das cleptocracias instaladas em Angola e Moçambique e o renascimento político de personalidades políticas no Brasil, que tenham essa visão.
Até lá será uma miragem.

Por fim, tudo o que acima escrevi, tem o objectivo de Portugal construir uma Estratégia Nacional, (há 40 anos que não temos uma) que vá no sentido de Diversificar as suas dependências, de forma a poder progredir e poder manter-se autodeterminado, com um Estado Soberano, no seio do Sistema Internacional das Nações Soberanas.

Só espero que os nossos dirigentes políticos acordem a tempo, para bem de Portugal.

Só espero que Portugal tenha o discernimento de perceber que estamos no Centro do Mundo Atlântico e aprofunde a nossa relação com o Reino Unido, com os Estados Unidos, e outros países da Bacia do Atlântico, como o Canadá, e actue em conformidade
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É que no Sistema Internacional não se joga a desejos, nem em miragens. Joga-se com Realidades.
So se é independente, pela diversificação de dependências.

Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus (UCP)
Auditor de Defesa Nacional (IDN)

 

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