(A) - um novo Actor
Internacional? - Poderá ser … e deveria ser!
(B) - a questão da Guiné
Equatorial
….Equatorial
(A) A questão do Sistema Internacional e o papel da CPLP
Na
verdade o Mundo Global que vivemos implica que saibamos (nós os membros da
Lusofonia e da CPLP) que o confronto entre potências mundiais continua
(Federação Russa e EUA), ou directamente ou através dos seus aliados
preferenciais (Países ou Blocos).
…verdade o Mundo Global que vivemos implica que saibamos (nós os membros da
Lusofonia e da CPLP) que o confronto entre potências mundiais continua
(Federação Russa e EUA), ou directamente ou através dos seus aliados
preferenciais (Países ou Blocos).
Vidé
os casos da Ucrânia e da Venezuela, que ainda estão LONGE do términus das suas
presentes crises internas e ainda longe de uma definição duradoura de Poder,
que os leve a uma Paz duradoura.
…
Ora
na verdade é necessário que os novos proto-pólos mundiais como:
-
o Brasil, a India, a China e a África do Sul se assumam conscientemente como
tal, para tentarem influir na construção de um Novo Equilíbrio Mundial.
…o Brasil, a India, a China e a África do Sul se assumam conscientemente como
tal, para tentarem influir na construção de um Novo Equilíbrio Mundial.
Na
verdade têm progressivamente adquirido a consciência de que têm que exercer, de
forma afirmativa, o seu novo papel no Sistema Internacional, de forma a tentar
o tal Novo Equilíbrio.
…
No
caso do Brasil o Presidente Henrique Cardoso foi o primeiro a interiorizar que
o Brasil não tem que se confinar a um “aparente destino” de ser apenas uma
Potência Regional, tal como até aí acontecia no topo dos destinos da Nação
Irmã.
…
Ora,
na minha modesta opinião, o Brasil e Portugal, bem como Angola, Moçambique e
todos os outros países de língua oficial portuguesa, têm à sua disposição um
novo instrumento que poderá ser de afirmação internacional.
Só
que não o têm visto como tal: refiro-me naturalmente à CPLP.
…que não o têm visto como tal: refiro-me naturalmente à CPLP.
Mas
para isso será necessário que TODOS os integrantes deste bloco percebam e
interiorizem que este instrumento é fundamental para Todos e que avancem para o
seu aprofundamento.
…
Isto
é, a sua extensão para as áreas de Defesa Comum, da Segurança, da Economia e
Finanças e de concertação estratégica a nível de uma Política Externa baseada
em Mínimos Denominadores Comuns que permitam a sua afirmação como actor
internacional.
…
Para
isso é necessário, em primeiro lugar que os Governos dos Países deste espaço o
interiorizem, isto é que os Poderes Políticos desses países, percebam que uma
Comunidade assim construída pode potenciar a importância relativa do Bloco e em
consequência dos seus integrantes, com evidentes benefícios potenciais para
todos.
…
Isto,
sem prejuízo de se inserirem noutros Blocos (A.S.E.A.N., U.E, N.A.F.T.A., etc…)
que mais convenha aos seus interesses.
…
Mas
tendo a Noção Clara que:
(1)
Se o fizerem (o aprofundamento da CPLP no Modelo que defendo) serão parte de um
espaço Geopolítico e Geostratégico importantíssimo.
…Se o fizerem (o aprofundamento da CPLP no Modelo que defendo) serão parte de um
espaço Geopolítico e Geostratégico importantíssimo.
(2)
Se o souberem fazer, serão a um tempo: Embaixadores das suas Alianças Regionais
junto da CPLP e Embaixadores da CPLP junto desses espaços, com os benefícios e
sinergias daí resultantes.
…
Seguindo
a reflexão e clarificando um pouco o que atrás escrevi gostaria de deixar á
vossa Reflexão mais os seguintes pontos:
...
(1)
A independência das Nações consegue-se, como o venho dizendo há alguns anos,
por vários factores dentre os quais destaco a Diversificação de Dependências
Externas;
...
(2)
Nessa linha de raciocínio o simples facto de se aprofundar esta aliança, ainda
embrionária, proporcionaria a todos os Estados Integrantes uma alternativa de
dependência externa face a outros blocos;
...
(3)
Trata-se de uma Comunidade com cerca de 250 milhões de pessoas, espalhadas por
5 Continentes (Europa, África Ocidental e Oriental, América do Sul, Ásia e
Oceânia) e 3 Oceanos (Atlântico, Pacífico e Indico); ou seja um Espaço Mundial;
...
(4)
Tem como factor comum a Língua e uma História de mais de 400 anos, com as
memórias comuns daí advenientes nos povos que habitam esses Estados;
...
(5)
São, todos eles, Estados com "territórios" de Mar apreciáveis, alguns
deles com recursos apreciáveis; tal facto podia proporcionar sinergias e
cooperação em termos de uma política de Mar, aproveitando as Auto-Estradas
Marítimas que este factor proporciona;
...
(6)
Poderia começar-se pela introdução prática de 4 liberdades: Liberdade de
circulação de pessoas, de bens, de capitais e Liberdade de Estabelecimento e
pela constituição de um Mercado Comum para os produtos agrícolas e industriais;
...
(7)
Deveria no seu seio ser concertada uma acção de Política Externa Comum
(salvaguardados as pertenças de que anteontem falei) que levasse este bloco a
ter posições comuns face aos acontecimentos mais graves, nos fora
internacionais, o que provocaria um Novo Equilíbrio Internacional.
...
(8)
Quando os nossos Embaixadores (dos vários países) falam actualmente em algumas
Organizações Internacionais, representam Um País. Se representassem 8 com a
implantação referida acima, a sua importância e a importância das suas palavras
seria, de facto, no jogo do Poder Mundial, diferente porque mais poderosa.
...
(B) a GUINÉ
EQUATORIAL e a CPLP – as questões que se levantam e os prós e contras
minha modesta opinião a recente admissão da Guiné Equatorial à CPLP, tem várias
vertentes de análise, sendo que, para mim, as mais importantes são:
É
um tema complexo.
Em
1º lugar porque não é um País de Língua Portuguesa, embora no passado remoto
tenha sido território nacional.
...
Em
2º lugar é, dada a sua riqueza em Petróleo, um bom negócio em que a comunidade espanhola
acaba de perder um aliado;
...
Em
3º lugar se mais países quiserem aderir, por mimetismo, seguindo o exemplo da
Guiné Equatorial, isso poderá fortalecer a CPLP;
...
Em
4º lugar não penso que a CPLP esteja suficientemente fortalecida e coesa para
admitir um novo membro estranho á cultura, á língua e ao passado histórico
comum dos actuais Estados membros.
...
Em
5º lugar uma questão que me suscita todo este assunto prende-se com um recurso
muito importante e estratégico: O Petróleo.
Angola,
Timor, São Tomé e Principe e mais recentemente Moçambique, têm no seu
território ou no seu mar, este recurso.
Timor, São Tomé e Principe e mais recentemente Moçambique, têm no seu
território ou no seu mar, este recurso.
Com
a adesão de mais um país com esse recurso será que terá sido considerado um
fortalecimento deste bloco de países no seio dos Produtores Mundiais de
Petróleo?
…a adesão de mais um país com esse recurso será que terá sido considerado um
fortalecimento deste bloco de países no seio dos Produtores Mundiais de
Petróleo?
Por
tudo isto a minha opinião divide-se, entre o concordar com a sua admissão e
entre o rejeitar esse pedido.
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus
(dominante: Economia)
pela Universidade Católica
Auditor de Defesa Nacional
pelo Instituto da Defesa
Nacional (CDN 2003)