29 maio 2015

A Situação dos Portugueses....

É BOM TER MEMÓRIA:
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1.- A SITUAÇÃO dos portugueses:
Não esquecer, por favor, que de há 41 anos para cá foram o PSD e o PS a trazer-nos até esta situação.
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2. - NÃO ESQUECER que foram os DOIS e que portanto, Venha o diabo e escolha entre eles.
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3. - AMBOS ASSINARAM e NEGOCIARAM a vinda da TROIKA!.
- pelo PSD - Prof. Doutor Eduardo Catroga.
- pelo PS - Prof. Doutor Teixeira dos Santos.
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4. - E já AGORA:
- o PSD foi para ALÉM do que nos obrigava o Memorando Inicial da dita "troika".
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É BOM TER MEMÓRIA !
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5. - Já agora:
- Um Governo serve para Governar em favor dos Cidadãos, providenciando o seu Bem-Estar;
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6. - O que o PSD fez foi:
Para baixar teóricamente a Despesa do Estado - apenas atacou os Cidadãos mais frágeis da Sociedade portuguesa, a saber:
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(A) - Quem trabalha por conta de outrém - que não tem hipótese de fugir a nenhum imposto directo (IRS, TSU) ou indirecto (IVA, TAXAS de todo o tipo, etc...);
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(B) - Os Reformados - que não têm hipótese de arranjar novo emprego e que passaram 30 e mais anos a descontar para terem uma Reforma decente, para a qual DESCONTARAM OBRIGATÓRIAMENTE 11% + 23,75% (das empresas), durante 14 meses por ano, repito por mais de 30 anos;
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7. - O que o PSD Não Fez:
7.1. deixou as rendas da EDP práticamente intactas - fez umas cócegas para "inglês ver" e nada mais, com a agravante que Não a Privatizou:
- Vendeu-a a OUTRO ESTADO:  - a China.;
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7.2. deixou o sistema bancário impune e os restante sistema financeiro, o causador principal da Crise Financeira nacional e Internacional;
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7.3. deixou as PPP's a ganhar o mesmo, dado que a parte que conseguiram negociar, no valor de cerca de 7 mil milhões, era a parte que as obrigava a reparar as estradas. Agora passou essa responsabilidade para o Estado;
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7.4. OU SEJA: não poupou coisa nenhuma na realidade;
Não pagamos por um lado, vamos pagar pelo outro, na reparação das estradas;
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7.5.. deixou as Fundações "fantasmas" continuarem a ter isenções fiscais que TODOS pagamos; (As Fundações boas são 30 a 40) As restantes mais de 400 ficaram impunes e nós a pagar;
etc... etc...
etc... etc...
E já agora: quando deixam de gastar MILHÕES de MILHÕES com pedidos de Pareceres a Gabinetes de Economistas e Advogados, exteriores ao Estado, quando o Estado emprega milhares de Economistas e de Advogados ?
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8. AS CONTAS NACIONAIS ESTÃO MELHOR ?
8.1. - Pois se não fossem as medidas do BCE e os chumbos do Tribunal Constitucional, não o estariam !
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MAS ... e as Pessoas da Classe Média vivem agora melhor ?
A resposta é óbvia: NÃO ... vivem com menos dinheiro !
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8.2. - Pois, se não houvesse um excesso de dinheiro internacional à procura de aplicação mais segura, que nos ditos "Mercados Financeiros" ou seja "As Bolsas", não o estariam !
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MAS ... que Medidas para Novos Investimentos (e não só para a compra de empresas que já existem e que, portanto, não criam mais emprego), e para a Retoma da Economia REAL foram tomadas ? NENHUMA !;
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8.3. - Pois, NADA de estrutural foi feito!
esta é a VERDADE PURA e DURA.
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A- Onde está o Banco de Fomento para apoiar quem não tem capitais próprios, mas tem projectos sérios para criar empresas novas, que criem mais emprego ?
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B- Onde está o benefício Fiscal sobre os Lucros de empresas que reenvistam os seus Lucros na empresa, para criar mais emprego e expandir a sua actividade produtiva ?
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C- Onde está uma Política de Reflorestação do País que produza riqueza e permita atrair mais empresas de transformação da Madeira ?
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D- Onde está a definição estratégica dos Sectores Industriais que mais interessam ao país desenvolver, e onde estão os instrumentos de apoio sério ao seu nascimento ?
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E- Onde está o Plano e a Acção necessárias a desenvolver o Porto de Sines e as suas ligações á Europa, que façam cumprir o Plano inicial da década de 1960, que tantos empregos poderia criar, e que poderia contribuir para desenvolver a região Alentejana?
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F- Onde está a finalização da rede de canais e de pequenas barragens do Plano de Rega do Alentejo (da década de 1960), que permitiriam transformar o Alentejo em terras de regadio. o que lhe permitiria cultivar produtos de Alto Valor Acrescentado e fixar populações ?
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G- etc... em resumo: onde está uma Política REAL de DESENVOLVIMENTO que faça subir o PIB e descer, em consequência, a percentagem das Reformas e dos Salários, com que se preocupa tanto a Ministra das Finanças ?
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A estas medidas e a outras que venho propondo ...
o Governo até agora disse:
NADA !
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9. Só tenho pena que o meu Partido, o CDS-PP, esteja a fazer de parceiro morto, indo CONTRA TUDO o que são os nossos Princípios, Valores, dos quais destaco:
9.1. - "A defesa intransigente dos Reformados";
9.2. - "A defesa intransigente dos Contribuintes, contra os desmandos do Estado gastador";
e fico-me por aqui.
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9.3. - Com grande desgosto meu,
vai outra vez coligado com o PSD,
ou seja vai fazer, outra vez, o triste papel de "Idiota Útil".
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10. À VOSSA REFLEXÃO ...
pois as Eleições de 2015 se não servirem para MUDAR de VIDA
e de PARTIDOS,
não valem para nada.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Militante e ex-Dirigente nacional do CDS-PP

13 maio 2015

ACORDO ORTOGRÁFICO

RAZÕES CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO
1. A Língua materna é o Português estabelecido ao longo de Séculos, neste sítio do Sudoeste Europeu;
2. Esta Língua foi exportada para África, Ásia, Oceânia e América do Sul, a partir dos séculos XIV e XV;... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
3. Foi adoptada como linguagem de comunicação comum, por vários povos;

4. Foi tendo uma evolução de vocabulário e de escrita, tanto na origem, como nos povos adoptantes da mesma;
5. Com a diáspora foi-se espalhando para outros países e territórios;
6. Mas tendo sempre por base... a MATRIZ.
7. Fazendo algum paralelismo com a expansão de outras línguas:
(A) O Castelhano expandiu-se, a partir da sua matriz europeia, para a América do Sul e Norte de África;
(B) O Inglês para a Ásia, Oceânia, América do Norte e África, a partir da sua matriz europeia;
8. Nenhuma destas línguas é falada e escrita da mesma forma, nos territórios de origem e nos territórios (hoje países) de destino;
9. Daí não advém nenhuma questão de comunicação; Não se dificultou, de nenhuma forma, a comunicação entre os vários Povos adoptantes e o Povo da matriz;
10. Não há Nenhum Acordo Ortográfico que submeta qualquer das Línguas (Castelhano, Inglês ou Francês) à dimensão de outros territórios onde se adoptou a Língua Mãe;
11. Isso não prejudicou, nem prejudica a Língua, nas suas diversas matizes, nem a sua força internacional;
12. Todos respeitam os matizes diversos da língua comum e entendem-se bem na sua essência;
13. Os EUA têm 300 milhões de habitantes, a India 1 bilião, a Inglaterra apenas cerca de 40 milhões, os Escoceses e Galeses cerca de 30 milhões;
14. Nem por isso deixam de manter a sua autonomia Linguística;
15. Não vejo, à face destes factos, nenhuma razão Teórica ou Prática, para Portugal adoptar (com carácter de Normas Positivas, de cumprimento obrigatório) as nuances da Língua falada e escrita noutras partes do Mundo;
16. Não vejo a necessidade de se Desvirtuar a Língua Matriz;
17. Por isso, e porque a Língua é um dos factores mais fortes da Identidade Lusíada, Não vejo a utilidade de se atenuar a identidade de um Povo com 8 séculos de história, em favor de nuances com menos de 300 anos;
18. Não vejo qualquer utilidade (a não ser pelo nacional-saloísmo) de adoptarmos um acordo que desvirtua a Língua Matriz do Mundo Lusófono.
Por mim nunca adoptarei a dita "nova" escrita.
AGUARDO os VOSSOS COMENTÁRIOS
Miguel Mattos Chaves

12 maio 2015

PORTUGAL e as ALIANÇAS INTERNACIONAIS no PÓS-GUERRA (1)

PORTUGAL e as ALIANÇAS INTERNACIONAIS no PÓS-GUERRA
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O Tratado do Atlântico Norte – A OTAN / NATO
1)- a Fundação, Portugal, a Aliança Ocidental -
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A Europa saiu da 2ª guerra mundial incapaz de se defender pelos seus próprios meios.
A percepção deste facto, tinha feito com que, já em Agosto de 1941, Roosevelt e Churchill tivessem assinado a «Carta do Atlântico» na qual se previa a organização do mundo democrático, ou ocidental, após a previsível vitória dos aliados sobre a Alemanha.
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Por outro lado e por iniciativa de Kennan, Marshall e Acheson, foi formulada a denominada Doutrina Truman, ou de Contenção. Por esta se estabelecia que os EUA deviam apoiar e desenvolver todos os esforços necessários, seus e de terceiros, destinados a evitar a expansão soviética.
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Era necessário reorganizar militarmente a Europa com a participação americana; essa reorganização implicava a necessidade de se introduzirem modificações importantes e relevantes nas leis dos EUA, sobre a sua política externa, dado que os EUA, por imperativos constitucionais, não podiam participar em tempo de paz em organizações internacionais de carácter militar.
Ora, para poder participar da futura organização, o governo americano necessitava de base legal para o fazer.
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Tal veio a ser possível após a aprovação da Resolução Vendenderg. Por esta, o Senado passava a permitir a intervenção dos EUA em organizações externas de segurança, em tempo de paz, como seria o caso da sua participação na NATO.
Vendenberg, Senador dos EUA, integrava o grupo de americanos que defendiam a política de isolacionismo dos EUA. Mas após uma visita à Europa a realidade fê-lo mudar de posição e passar a defender o auxílio imediato dos EUA aos países do ocidente europeu.
Os EUA e a Inglaterra foram os grandes impulsionadores da formação da nova organização internacional, de carácter militar. Um grupo de trabalho americano constituído por Dean Acheson, que entretanto fora nomeado Secretário de Estado em substituição de George Marshall, e pelos Senadores Connaly e Vendenberg, reúne com os lideres europeus para a feitura de um Tratado multilateral. Nasceu uma aliança político militar defensiva, para fazer face à ameaça vinda do leste europeu.
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Foram seus membros fundadores a Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Holanda, a Islândia, a Itália, o Luxemburgo, a Noruega e Portugal.
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Com base nesta aliança, boa parte das unidades militares americanas permaneceram na Europa de forma a ajudarem a conter a estratégia expansionista da União Soviética.
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O Tratado do Atlântico Norte estabelecia, logo no seu Art.º 1º, que as partes se comprometiam a ”...regular por meios pacíficos todas as divergências internacionais.”. No Art.º 5º, as partes concordavam em que se houvesse um ataque armado contra uma, ou várias delas, na Europa ou na América do Norte, ou na Argélia ou numa das Ilhas do Atlântico( ) esse ataque seria considerado um ataque a todas e como tal seria tratado no seio da organização.
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Na sequência destes desenvolvimentos, e das sucessivas conferências diplomáticas de negociação, foi assinado em 4 de Abril de 1949, em Washington, o Tratado do Atlântico Norte, com a presença do Presidente Truman. Foram seus subscritores 12 países, entre os quais Portugal.
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De início a organização não contou com a República Federal Alemã pois ainda não tinha sido constituída.
Tal viria a acontecer por altura da guerra da Coreia.
É bom recordar que a Guerra da Coreia se desenrolou entre 1950 e 1953 opondo os EUA à Coreia do Norte, (esta apoiada pela República Popular da China) o que fez os Estados Unidos compreenderem que aos europeus teria que caber uma fatia importante de participação no esforço de defesa, do continente europeu, dado não poderem, sózinhos, fazer face a diversas frentes de conflito, potencial ou real, em várias partes do globo.
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Por perceberem isso, e porque acreditarem que a Alemanha era vital para o ocidente, pretenderam que esta fizesse parte desse esforço de segurança da Europa. Tal posição foi, por mais de uma vez, comunicada aos aliados europeus.
A Europa, na altura não aceitava bem essa participação alemã, sobretudo porque a França a isso se opunha.
No entanto a França teve que mudar de opinião.
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Mais tarde, pelos Acordos de Paris de 1954, assentes no propósito de reformular o Tratado de Bruxelas de 1948, passou a existir uma organização – a U.E.O. – União da Europa Ocidental.
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Nestes acordos a RFA aceitou assumir uma auto limitação na sua capacidade militar. Em face desta posição, e do subsequente acordo, a França retirou o seu veto à participação da Alemanha na NATO e esta foi admitida como aliado, e membro de pleno direito, na organização.
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A NATO, teve uma função verdadeiramente estruturante do Sistema Internacional do pós-guerra, pois foi quando esta organização se formou que se passou a poder falar de rivalidade bipolar plena. Na NATO estavam inseridos, sob a liderança clara dos EUA, os países da esfera de influência americana, defensores do chamado “mundo livre”.
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Do outro lado estava a União Soviética e os seus satélites que responderam com a assinatura do Pacto de Varsóvia (aliança militar), em 14 de Maio de 1955, e que abrangia naturalmente a URSS, a Albânia, Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polónia e a Roménia.
A inclusão da Europa Ocidental no sistema do Atlântico provocou, na altura, a discussão sobre o que é que a Europa deveria fazer para se ver livre da guerra. Uns propunham a neutralização da Europa, independente dos EUA e da URSS. Estavam neste caso a Itália e a França, onde havia Partidos Comunistas fortes e alguma simpatia pelas ideias comunistas. Outros defendiam o alinhamento Atlântico com os EUA. Venceu esta tese, como se sabe.
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2 – Portugal e a O.T.A.N. / N.A.T.O.
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As funções da organização eram fundamentalmente defensivas. Portugal ao longo da sua história tinha recorrido à Aliança Luso-Britânica para fazer face a problemas militares, sendo que o contrário também é verdadeiro, dado que a Grã-Bretanha recorreu à Aliança, como se verificou na altura das invasões napoleónicas.
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Ora, com o quadro geral do pós-guerra, com a Inglaterra enfraquecida militar e económicamente, com a emergência de dois blocos poderosos, e dentro destes, dois grandes poderes mundiais, Portugal percebeu que não podia contar apenas com o seu velho aliado para defender os seus territórios europeus e africanos.
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O Doutor Oliveira Salazar, verificou que o centro do mundo se estava a deslocar para o Atlântico.
Num discurso proferido em 25 de Novembro de 1947, na Assembleia Nacional, dá nota da sua opinião afirmando que, do que lhe era dado observar sobre as os países europeus, tinha resultado do conflito mundial “o esmagamento da Alemanha que deixou de ser uma força produtora e um factor de equilíbrio defensivo,” dando origem à “ inevitabilidade do avanço russo até ao coração da Europa”.
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E mais adiante “...Historicamente o germano tem sido fronteiro da Europa em face do eslavo mas a Rússia, czarista ou soviética, verá o problema em sentido inverso e não deixará de tentar enfraquecer o poder alemão e aumentar os espaços de resistência entre a União Soviética e a futura Alemanha”.
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E mais adiante, depois de vaticinar que a Europa estaria condenada a viver anos em permanente estado de alerta e sobressalto, refere que o centro de gravidade da política mundial se deslocou para oeste e assim as decisões já não poderiam ser apenas europeias, mas sim euro-americanas.
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Ao pedir apoio ao governo de Londres para o rearmamento maciço das forças armadas portuguesas, recebeu deste uma resposta que confirmava essa deslocação do poder real, pois o Reino Unido disse a Portugal que não estava em condições de satisfazer essa nossa pretensão, pelo que deveria esse pedido ser dirigido aos Estados Unidos da América.
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Estes consideravam a base das Lajes, nos Açores, como essencial para a defesa avançada do seu território e fundamental para apoio da defesa do mundo livre, dada a sua posição estratégica no meio do Atlântico, entre a Europa e a América.
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Portugal, tinha cedido as bases, à Inglaterra, de que os EUA também usufruíram, durante a 2ª guerra. Queria, naturalmente, finda a guerra, reavê-las.
Entretanto o governo britânico comunicou a Lisboa estar pronto a dar cumprimento aos acordos firmados e a abandonar os Açores.
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Mas os EUA tinham outros planos.
Queriam negociar uma aliança tripartida entre os EUA - Inglaterra e Portugal para a defesa de todo o oceano Atlântico e pediram a Londres que suspendesse qualquer retirada da base e que não fizesse mais qualquer comunicação a Lisboa, nesse sentido.
Houve várias trocas de correspondência entre Washington e Londres, com o Governo de Sua Majestade Britânica a defender as posições presumíveis, que antecipava, de desagrado do governo português.
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Este, entretanto, tinha-se mantido de fora desta polémica entre os dois países. Finalmente em 30 de Maio de 1946 celebrou-se um acordo entre Portugal, o Reino Unido e os Estados Unidos ao abrigo do qual as bases de Santa Maria e das Lajes foram devolvidas à administração portuguesa, em 3 de Junho do mesmo ano.
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O Reino Unido e os EUA empenharam-se em seguida, em fazer com que Portugal entrasse nas Nações Unidas.
Tal não se veio a verificar porque a União Soviética opôs o seu veto.
Por esse facto Portugal só entrou para a ONU em 1956, tal como já atrás descrito.
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Entretanto, Portugal recebe o convite formal dos EUA e do Reino Unido para entrar na NATO, como membro fundador.
Este convite foi apoiado por todos os restantes futuros membros, sem qualquer excepção.
O problema foi discutido amplamente nos círculos governamentais portugueses. Desta discussão resultou a aprovação da entrada de Portugal na organização.
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No entanto, Portugal teve de se defrontar com uma dificuldade inesperada dado que Madrid, de facto isolada diplomaticamente, tinha feito saber a Lisboa que via com desagrado a adesão de Portugal à organização.
O argumento baseava-se no pressuposto de que as relações bilaterais seriam afectadas, uma vez que a adesão de Portugal à NATO iria contrariar o estabelecido no Pacto Peninsular. Portugal refutou veementemente essa posição da Espanha e prosseguiu no seu caminho de membro fundador da organização.
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Na verdade a conclusão do debate interno português fora no sentido de que, perante o cenário internacional da altura, Portugal não podia ficar de fora da organização.
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E assim Portugal esteve presente na assinatura, em Washington, do Pacto do Atlântico tendo sido representado, no acto, pelo seu Ministro dos Negócios Estrangeiros Dr. Caeiro da Matta.
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A ratificação do Tratado foi feita na Assembleia Nacional no dia 25 de Julho de 1949, em cuja sessão de trabalhos, onde o acto foi discutido e votado, se fez notar a presença do então Presidente do Conselho de Ministros que, desta forma, quis sublinhar a importância político-estratégica do acto, para Portugal.
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Face a esta opção clara foi definido um plano de cooperação militar, do qual o país colheu alguns frutos, nomeadamente em equipamento e no apoio a estágios, nos Estados Unidos, para os oficiais portugueses.
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Estes oficiais ajudaram a criar ligações mais fortes com esse país. Formou-se, por força destes acordos, a denominada “geração militar NATO” a partir de 1958, constituída por oficiais que foram dotados de um nível de conhecimentos superior, sobretudo nas áreas dos métodos organizacionais e na área da tecnologia militar. Conhecimentos que tinham adquirido nas suas frequentes visitas aos Estados Unidos e aos outros países membros da organização.
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Criou-se a Brigada de Santa Margarida, que ficou conhecida como a Brigada NATO, que foi dotada de equipamentos fornecidos pelos diversos países aliados. Esta brigada estava destinada a intervir, no âmbito da organização, nas áreas geográficas definidas pela Aliança Atlântica.
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(CONTINUA)
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

08 maio 2015

CONSERVADORES INGLESES e o PARALELO APARENTE

Os Conservadores Ingleses e David Cameron,
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Ao contrário dos comentários pressurosos e apressados de boa parte dos "comentadores do regime", especialmente os ligados umbilicalmente aos sociais-democratas liberais (PSD), o Sr. Cameron e os Conservadores Ingleses nada têm a ver com as políticas seguidas nos últimos anos pelo PSD.
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Aliás o partido congénere do PSD, no Reino Unido, são os Liberais-Democratas, que foram esmagados nestas eleições e cujo líder já pediu a sua d...emissão, em cumprimento de uma Ética de comportamento que, muito bem, existe no Reino Unido.
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Como aliás se pode ver pela análise séria das medidas tomadas ao longo do seu anterior mandato;
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Como também se pode ver pela análise séria das medidas que propõe para os próximos 5 anos de mandato;
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A Política e a Prática seguida pelos Conservadores Britânicos tem tudo a ver com a linha Conservadora Portuguesa e muito a ver com a maioria dos princípios da Democracia-cristã.
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Nada tem a ver com a linha de Governo deste PSD;
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Não é por acaso que, pelo menos na Presidência dos Prof. Doutor Adriano Moreira, Dr. Manuel Monteiro e Dr. Ribeiro e Castro o CDS-PP tenha tido relações estreitas e privilegiadas com os Conservadores Ingleses.
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Actualmente não sei o que se passa nessas relações.
Mas suspeito que a existirem não serão com certeza assentes nas premissas ideológicas ou programáticas, dada a irrelevância do CDS-PP no Governo e dada a. ausência dos seus valores e ideias, no programa de Governo do PSD.
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A subsistirem essas relações, entre o CDS e os "Tories", creio que não serão as mais calorosas.
É que os Ingleses têm uma prática da política que não permite grandes desvios.
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Assim, como Conservador Português, é com muito gosto que endereço os meus parabéns ao Sr. David Cameron e aos Conservadores Ingleses pelo excelente resultado obtido nas eleições de ontem.
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Bem gostaria que o CDS recuperasse os seus princípios e valores e que fosse sozinho às eleições onde, ao contrário das opiniões vigentes, teria tudo a ganhar se fosse coerente.
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É que não creio que o maior partido da oposição seja credível, apesar do bom trabalho feito e apresentado pela sua equipa de Economistas.
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Mas ESTA direcção do CDS está mais preocupada com lugares, do que com a ideologia, os valores de Serviço a Portugal que fazem parte do seu ADN.
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É pena.
Até quando?
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Militante do CDS-PP

07 maio 2015

O Sr. 1ºMinistro continua ou está com a doença do Autismo?

PERGUNTA aos meus amigos
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O Sr. 1ºMinistro continua ou está com a doença do Autismo?
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Insiste em não baixar Impostos que pesam sobre quem Trabalha por conta de outrém e sobre os Reformados....
E pergunto?
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SE as pessoas não têm mais poder de compra para comprar o que é produzido;
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SE só com mais trocas na Economia poderão existir mais empresas e mais empregos, logo mais cobrança de impostos pela quantidade das trocas e não pela unidade, como nestes 4 anos;
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SE a soma das trocas, tem como resultado final o PIB;
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SE quanto maior for o PIB, menor é a percentagem de défice;
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Qual é a dúvida dele?
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É propaganda política vesga?
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OU apenas é: - uma ignorância pura e simples?
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Suspeito que é esta última!
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Por último: foi eleito pelos portugueses para defender os interesses dos portugueses e promover o seu maior acesso a uma vida melhor?
OU foi eleito pelos eurocratas de Bruxelas?
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Caros amigos, gostava de ler os vosso comentários.
O meu é simples:
- Tirem-me este Senhor da Governação de Portugal, nas próximas Eleições de Outubro.
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Só há Desenvolvimento com Crescimento.
Para haver Crescimento tem que se somar 3 condições de BASE e não duas:
1. Mais Poder de Compra - logo menos impostos;
2. Mais exportação, não ao alcance de NENHUM Governo mas sim do trabalho das empresas;
3. Mais Investimento, sobretudo na Industria. Não ao alcance de NENHUM Governo mas sim das empresas.
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Com muitos impostos e pouco Poder de Compra só um LOUCO investirá em mais empresas, logo mais empregos, por falta de Poder de Compra dos destinatários da produção das empresas
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Penso que fui claro.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Militante do CDS-PP

01 maio 2015

a TAP - a Greve - a Privatização

16 de Dezembro de 2014 · Editado ·
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REPUBLICAÇÃO de um artigo que escrevi em DEZEMBRO de 2014
A TAP - Transportes Aéreos Portugueses
Minhas Amigas, Meus Amigos, Caros Leitores,
Tendo sido interpelado por vários amigos para me pronunciar sobre este tema;
Prosseguindo no meu caminho de Defesa dos Interesses Permanentes de Portugal e deixando de lado “modas” importadas;
Não tendo a preocupação de estar ou não “alinhado” aos interesses em presença, que não os da Nação Portuguesa;
Venho partilhar convosco a minha opinião e a minha inquietação com este importante tema, que se reveste de várias vertentes de análise.
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1.- FACTORES DE UMA COMPANHIA DE BANDEIRA:
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Segurança e Defesa Nacional – a TAP com a sua frota de aviões é um factor, em caso de necessidade, fundamental para a Defesa Nacional. Entre outras facetas (não quero ser longo e demasiado tecnicista) pela importância estratégica de projecção de forças, permitindo o transporte rápido de forças armadas para os locais ou regiões onde seja necessário actuar em caso de conflito; (A Paz de Kant para alguns já é um dado adquirido. Deus queira que tenham razão).
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Projecção Turística – Portugal tem no Turismo, como o tenho afirmado desde há vários anos, um dos sectores mais importantes e um dos pontos fortes para o seu desenvolvimento.
Ora uma Companhia aérea é fundamental para o desenvolvimento da importação de Turistas. Isto sobretudo num País excêntrico face às grandes concentrações populacionais onde o tráfego de Turistas se pode processar facilmente através de outros meios de transporte (i.e. automóvel, comboio, barco).
As Companhias estrangeiras podem ter, ou não, interesse no destino Portugal.
São livres de o fazer.
Mas, óbviamente, o seu interesse está em primeiro lugar nas rotas de grande tráfego e de grande lucro potencial, o que comparativamente não favorece Portugal.
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Emigração e Imigração – Portugal tem no exterior cerca de 5 milhões de Portugueses, mais os Luso descendentes (que se estima em igual número). Ora para os manter ligados à sua terra natal, para lhes facilitar as deslocações a Portugal e ao exterior, a TAP tem sido fundamental como elo de ligação e transporte.
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Imagem de Portugal – a TAP tem sido um factor de projecção barato da Imagem de Portugal e, em vários países, o único veículo do conhecimento do nome de Portugal.
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Lusofonia – é certo que a TAP proporciona ligações com países Lusófonos que, pela sua reduzida dimensão, não interessarão a companhias estrangeiras. Assim tem sido mais um factor de ligação sentimental e simbólica a estes países, para além de proporcionar o transporte de e para esses países a portugueses e a cidadãos dos mesmos. Ou seja contribui para sedimentar a Lusofonia.
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2.- Assim: DEVE A TAP SER VENDIDA a PRIVADOS ?
A questão do financiamento da TAP e da renovação da sua frota:
Na legislação comunitária as portas de saída para esta possibilidade, por parte dos Estados, é estreita mas não impossível.
Se outros instrumentos não fossem possíveis, bastaria a um Governo de Portugal invocar a “Claúsula do Interesse Nacional Vital” prevista nos Tratados e justificada e fundamentada por tudo o que acima descrevi.
Portanto invocar-se “tout court” esta pretensa impossibilidade, é para mim, uma falsa razão para a venda;
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A questão da necessidade de recapitalizar a TAP e renovar a sua frota de aviões:
O BEI, o BM, a SFI, etc… têm linhas de financiamento para projectos superiores a 25 milhões de euros, para não falar do interesse de vários Bancos Internacionais financiarem uma operação deste tipo.
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3.- GESTÃO PÚBLICA versus GESTÃO PRIVADA
Será a gestão da TAP incompetente?
Não o creio dados os resultados operacionais positivos que tem apresentado de há alguns anos a esta parte, desde que se foi buscar uma Equipa de Gestores Profissionais com experiência, que não tem pactuado com “jogadas” que anteriormente a TAP foi alvo desde o 25 de Abril;
Logo, a questão da Gestão não se põe, pois está a ser bem gerida, por gestores Profissionais e Não Políticos.
Donde ser a propriedade privada ou pública é irrelevante.
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4.- CONCLUSÃO
4.1.- Vistos os casos da REN, da EDP, da ANA, etc… e mais recentemente da PT, em que:
- Era prometido aos portugueses que seriam melhor geridas (vê-se) se fossem vendidas;
- Era prometido que “o mercado” as levaria a serem mais eficientes e com preços mais baixos para o consumidor (vê-se), se fossem vendidas;
4.2.- Dado que o Estado, na minha óptica, deve manter o controlo APENAS em Empresas que afectem os Interesses Permanentes da Nação Portuguesa, como é este o caso;
Recomendo que não se privatize a empresa.
Se o fizerem, Portugal perderá bastante, seja qual for o contrato de venda, pois após a celebração do mesmo, e passado algum tempo
- o futuro dono Português (a venderá ao estrangeiro com mais valias)
- ou o futuro dono Estrangeiro, tenderá a defender legitimamente interesses diversos dos de Portugal.
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Em qualquer caso será Portugal e os Portugueses que perderão e pagarão a factura futura.
É esta a minha Visão e a minha Opinião (necessáriamente Sucinta) que agora partilho dando satisfação aos pedidos que me foram feitos nesse sentido.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
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NOTA FINAL: Quanto à GREVE. Espero que se não houver acordo, o Governo decrete a Requisição Civil pois estão em Causa os Interesses e a vida de muitos milhares de Portugueses.
Agora os argumentos usados pelo próprio Governo vêm dar-me razão na primeira parte da minha anáiise e o PS enreda-se nas suas contradições
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Melhores Cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

30 abril 2015

Mozart - Requiem By Herbert von Karajan (Full HD) (Full Concert)



Para PENSAR e SENTIR  a Imortal e Grandiosa Obra de Wolfgang Amadeus Mozart
nascido em Salzburg, viveu em Viena e produziu esta MARAVILHA da música.
Desejo-vos um Bom Concerto com o Notável Maestro Von Karajan.
Bjs & Abraços

Carta aos Militantes, Simpatizantes e Votantes do CDS-PP


Caros Militantes, Simpatizantes e Votantes do CDS-PP


Quem me conhece sabe que desde pelo menos desde 1992 (quando não havia lugares para distribuir) defendo que o CDS-PP se deve afirmar pelos SEUS próprios Valores e Programas junto do eleitorado de Portugal, a quem pretendemos SERVIR.


Colaborei, desde então, em várias Direcções (Dr. Manuel Monteiro -1992-1998; Dr. Ribeiro e Castro - 2005-2008 e Dr. Paulo Portas - 2008-2011).


SEMPRE souberam estes Presidentes que as minhas posições de SERVIR Portugal, em 1º lugar, e o CDS-PP, como seu instrumento de engrandecimento, tinham por base duas premissas (para além da defesa dos Valores e Programas do CDS-PP):


1º) Não haver Coligações Pré-eleitorais, abrindo no entanto a hipótese, se necessário, a Acordos de Incidência Parlamentar ou, em último caso, Coligações Governamentais (pós-eleitorais) em que os NOSSOS Valores e Princípios não Fossem postos em causa;

2º) Que não adoptássemos a defesa ou aceitação do Modelo Federal na Europa, mas sim a defesa do Modelo de Cooperação Intergovernamental, que respeita a Soberania Plena dos Estados-membros.


NUNCA andei na política para ter lugares remunerados.
SEMPRE, ao contrário, gastei muito dinheiro a ajudar o CDS-PP a "levar a carta a Garcia".


De forma que não estou disponível para aceitar "lições" sobre como defender Portugal e o CDS-PP, como seu instrumento.


Por NENHUMA destas condições estarem preenchidas, nas próximas Eleições, dado não me sentir representado, Votarei em Branco.


Aguardarei que a situação interna do CDS-PP se modifique por vontade dos seus Militantes e se volte aos Valores, Princípios e Programas que fizeram deste Partido uma força política respeitável e respeitada.


Não penso, portanto, em abandonar o CDS-PP.


Veremos quem estará por cá (pelo CDS-PP) quando não houver lugares para distribuir.


Espero ter sido claro, meus caros Companheiros.


Cumprimentos cordiais
Miguel Mattos Chaves
Militante do CDS-PP e ex-dirigente nacional
www.google.com

28 abril 2015

CONVITE


Venho informar as minhas Amigas, os meus Amigos e os prezados Leitores de que na próxima semana darei duas Conferências, para as quais estão desde já Convidados, a saber:

DIA 4 – 2ª Feira – 16h00m – Curso de Relações Internacionais – Universidade de Évora – ÉVORA...
Tema: “As Novas Ameaças: o Terrorismo Internacional e sua Organização”

DIA 7 – 5ª Feira – 15h00m – Escola Superior de Comunicação Social – LISBOA
Tema: “Portugal e a União Europeia: Principais desafios”
http://www.escs.ipl.pt/…/portugal-e-a-europa-principais-des…
….
SE quiser participar, será bem-vinda/o.

Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

COLIGAÇÃO de QUÊ?
de Sociais-Democratas (com tendências Liberais)
com
Democratas-Cristãos e Direita Conservadora?
...
Pediram-me, algumas pessoas, um comentário sobre a anunciada coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS-PP.
...
Vou tentar ser sintético.
...
Numa Democracia evoluída discutem-se Valores, Modelos de Sociedade e Visão para o País e suas consequências consubstanciadas em Programas de Acção que as diversas forças concorrentes apresentam aos Cidadãos-Eleitores de forma a habilitá-los a escolherem racionalmente e em consciência o programa em que mais acreditam ou com o qual mais se identificam.
...
Numa Democracia evoluída essas Propostas são veiculadas e transmitidas por Partidos e seus Dirigentes por todos os meios ao seu alcance.

Posto isto:
1.)- Sempre vi com alguma dificuldade o “casamento” entre Valores, Modelos de Sociedade e Visão para o País e subsequentes Programas de Acção (Medidas) de partidos diferentes;

2.)- Isto porque se os Partidos são realmente diferentes, um anúncio de Valores-Guia Comuns, um Projecto de Modelo de Sociedade Comum entre eles, e um Programa de Medidas Comum para o País, exigiria um trabalho aturado de encontrar os Mínimos Denominadores Comuns entre eles e o anúncio público dessas diferenças e do Acordo encontrado.
...
Na verdade a Social-Democracia (mesmo que na sua versão recente liberal) do PSD, pouco tem a ver com a Direita Conservadora e com a Democracia-Cristã do CDS-PP.

Não vou agora maçar com as diferenças evidentes existentes entre os dois Modelos, limitando-me a reconduzir quem me lê, para as NOTAS que publiquei sobre essas diferenças, por diversas formas e inclusivé por aqui no Facebook e que se encontram disponíveis na minha página.
….
Direi apenas que são suficientemente importantes para serem postas em comum, a não ser através de um processo muito transparente de estudo e divulgação das suas conclusões.

Não sendo assim, sou levado a crer que se trata apenas e só de um projecto de ocupação do Poder, numa tentativa desesperada de o manter, no caso presente e em análise.

Ora isso, a mim, não me motiva de todo.

Ora isso, para mim, trata-se, mais uma vez, de tratar de “questões de mercearia”, de trocas de lugares, de tratar de obediências cegas ao exterior, sem ter em conta os pontos de partida Programáticos, Ideológicos e de Visão para o País, próprias de cada um dos intervenientes.

Resulta do acima dito que é, para mim, um serviço pobre a Portugal e aos Portugueses ao qual não adiro e no qual não poderei depositar, em consciência, o meu voto.

Assim, repito o que sempre tenho dito e afirmado:
Acima dos partidos está Portugal;
Em 2º lugar vêm os diversos Modelos de Sociedade e subsequentes questões, a propor;
Em 3º lugar os Partidos, com diferentes Valores, Modelos de Sociedade e Visão para o País e subsequentes Programas de Acção (Medidas) de partidos diferentes, Portugal.

Com tudo isto em mente, os Portugueses poderiam ganhar pela Alternativa que os mesmos representam;
Com essas diferentes posturas de Servir Portugal e os Portugueses, possibilitariam que as escolhas fossem claras e responsabilizassem toda a Comunidade Nacional;

Não sendo assim, apenas temos uma “Democracia Deficiente”, pois apenas mudam as pessoas e os lugares que elas ocupam e isso Não É Servir Portugal. É servir apenas alguns próximos dos directórios partidários.
Manifestamente para mim é pouco e não me motiva nada.
..
E esta Coligação, pelo menos até agora (espero enganar-me) nada apresentou das condições que acima coloco e que resumirei:
- Qual o ponto de acordo e quais os pontos de desacordo em favor do acordado?;
- Qual a Estratégia (Objectivos, obstáculos e formas de os tornear, meios a utilizar e Resultados a obter) para Portugal de sobreviver de forma Autónoma no Sistema Internacional?;

Não vejo nesta Coligação a resposta a estas fundamentais questões.
Em abono da verdade, também não as vejo por parte do maior partido da oposição.

Assim sendo, minhas amigas, meus amigos e prezados leitores, vou:
- Estudar outras forças, movimentos, partidos e suas propostas (se existirem);
- Em caso de não existirem votarei em branco.

Perdoem-me o ser directo,
Mas não sei ser de outra forma, nem quero o meu País a ser comandado por pessoas que o não sejam.
...
Outra coisa é certa: A Direita (Democratas-Cristãos e Conservadores) ficam Órfãos de Representação Parlamentar.

É tudo por hoje.
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

23 abril 2015

CRISE ? ... QUAL ? ... REFLEXÃO!

PENSAMENTO para REFLEXÃO
...
Minhas caras Amigas, Meus caros Amigos, Prezados Leitores,
...
Deixem-me, de forma muito breve, partilhar convosco um pensamento que me vem acompanhando desde a alguns anos a esta parte....
...
Aquilo a que vamos assistindo, no panorama político e social, é mais do que uma crise económico-financeira. É mais GRAVE que isso!
...
Na verdade, estamos em presença de uma Grave e Séria Crise de VALORES.
Este facto tem provocado a desorientação da Sociedade Humana Ocidental, em geral, e da Portuguesa, em particular.
...
Em paralelo, e daí derivado, assistimos a uma deterioração dos Costumes, de que me dispenso agora de aprofundar
...
E esta Crise de VALORES, vai levar, inevitávelmente, ao fim deste regime e ao eclodir de eventuais convulsões graves.
...
E sempre que assim foi, através da História da Humanidade, essas eventuais convulsões graves, terão a missão de regenerar a Sociedade que, então, voltará a adoptar os valores que são perenes na humanidade, a saber:
- a Honra,
- a Seriedade,
- o respeito pela Palavra dada,
- a Honestidade,
- a Educação
- e o Respeito.
...
Em paralelo isso restaurará Instituições Perenes da Humanidade, tais como:
- a Família;
- a normal Hierarquia da Sociedade;
- a Nação/Comunidade Nacional;
- o respeito por Deus e pelos Mandamentos expressos nas Tábuas de Moisés.
....
E a minha angústia é esta:
- Terá que haver uma Convulsão Grave e Séria para que os VALORES sejam repostos na Sociedade ?
...
Creio que ainda há uma imensa maioria de Cidadãos que não abandonou estes VALORES.
Assim sendo, SE estes se organizarem, se estes se dispuserem a Actuar na prática,
1) Poderão expulsar pacificamente do comando os que não perfilham estes VALORES ESSÊNCIAIS e retomar o rumo de uma Sociedade harmoniosa.
...
2) SE ... o não fizerem desta forma pacífica ... temo que seja, como ensina a História da Humanidade, sob a forma de Convulsão Séria e Grave.
...
Por mim tenho esperança que a 1ª hipótese se verifique.
...
Vamos ver.
Já Agora .... Vale a Pena Pensar nisto!
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

21 abril 2015

NOVIDADES? do PSD e do PS ??


Só uma: -- AUSTERIDADE e SUBMISSÃO --

Minhas Amigas e Meus Amigos,
Tendo lido tudo o que tem vindo a público, (desde há uma semana), sobre as Propostas do PSD (a que espero que o CDS não se alie) e do PS, fiquei com a certeza de que muitas coisas que já tinha pensado e escrito se vão verificar SE qualquer destes dois forem eleitos pelos portugueses para des/Governar durante mais quatro anos.

Já o escrevi várias vezes, (chamando a atenção dos que fazem o favor de ler os meus escritos), sobre estes dois partidos do “Centrão dos Interesses” disfarçados agora de “Salvadores da Pátria” ou “Partidos do Rigor” leia-se austeridade e subserviência à U.E.

Tenho que conceder que ambos têm uma capacidade de fazer inveja aos camaleões, pois de partidos da destruição da riqueza nacional, querem agora, ambos, dar a ideia de são partidos responsáveis.

Vejamos então:
PSD – diz que vai reduzir a TSU para os empresários e que os cidadãos não terão de a pagar.
Será isto verdade?
O que está escondido por detrás desta medida?
Bom vejamos:
1. Por parte do PSD
1.1.)- Se o PSD reduzir a TSU das empresas estas ficarão com mais algum dinheiro para si próprias, o que é bom, embora as Confederações Patronais nunca o tenham pedido por não a considerarem importante.
Importante seria pagarem menos pela energia e combustíveis, verem a burocracia diminuir drasticamente (licenças para tudo e para nada a não ser manter um Estado pesado e ineficaz) e verem a pressão de taxas e taxinhas (impostos escondidos) diminuírem drasticamente.

1.2.)- Dizem que vão devolver aos Reformados e Pensionistas e aos Trabalhadores por conta de outrém o que lhes retiraram desde 2011, mas apenas em 4 (quatro) anos.
Ou seja que vão eliminar em 4 (quatro) anos o que lhes tiraram, em vez de, como tinham prometido por diversas vezes, lhes devolverem mal a “troika” saísse de Portugal.
Será isto verdade?
O que está escondido por detrás desta medida?
Diria que mais vale tarde que nunca.
Mas de promessa em promessa, temo que a referida promessa de devolução se arraste até aos meus 90 anos.
Também se “esqueceram” de dizer que em 4 anos (2011 a 2015) mais 4 anos (2016 a 2020), os Reformados e Pensionistas e os Trabalhadores por conta de outrém já perderam:
- O Valor dos cortes + (mais) a taxa de inflação + (mais) a taxa de eventuais aumentos.
Ou seja, mesmo que seja verdade, quando for devolvido o que tiraram, já não tem o mesmo valor, em termos de Poder de Compra que tinham as verbas lhes retiraram.

1.3.)- Quanto ao quadro macroeconómico: prometem crescimentos de 3%, diminuição da dívida, etc…etc…etc… ou seja uma mão cheia de adivinhações para “inglês ver”.
Nada de novo… sempre as mesmas promessas do “Sol na Terra” para entusiasmar votante.
….
2. Por parte do PS
2.1.)- Dizem que vão devolver aos Reformados e Pensionistas e aos Trabalhadores por conta de outrém o que lhes retiraram desde 2011, mas apenas em 2 (dois) anos.
Ou seja que vão eliminar em 2 (dois) anos o que lhes tiraram, em vez de, como tinham prometido por diversas vezes, lhes devolverem mal a “troika” saísse de Portugal.
Será isto verdade?
O que está escondido por detrás desta medida?
Diria que mais vale tarde que nunca.
Mas de promessa em promessa, temo que a referida promessa de devolução se arraste até aos meus 80 anos.
Também se “esqueceram” de dizer que em 4 anos (2011 a 2015) mais 2 anos (2016 e 2018), os Reformados e Pensionistas e os Trabalhadores por conta de outrém já perderam:
- O Valor dos cortes + (mais) a taxa de inflação + (mais) a taxa de eventuais aumentos.
Ou seja, mesmo que seja verdade, quando for devolvido o que tiraram, já não tem o mesmo valor, em termos de Poder de Compra que tinham as verbas lhes retiraram.
….
2.2.)- Introduzem de novo um Imposto que já tinha sido eliminado (por reconhecidamente abusivo e injusto): O Imposto sobre Sucessões, ou sobre heranças como se queira, e recalculam o IMI com algumas benesses? Que por eu ainda não ter feito contas me permito duvidar da sua “bondade”.
….
2.3.)- Quanto ao quadro macroeconómico: prometem crescimentos, diminuição da dívida, etc…etc…etc… ou seja uma mão cheia de adivinhações para “inglês ver”.
Nada de novo… sempre as mesmas promessas do “Sol na Terra” para entusiasmar votante.

Sem ir mais longe na análise das “promessas”, que ambos dizem ser para cumprir, e até ver os documentos que cada um dos Partidos diz que está a escrever, direi que:
-- A minha Tese de que vivemos numa “democracia defeituosa” por haver alternância apenas de pessoas e partidos e não de projectos, ideias e caminhos para Portugal, mais uma vez se verifica.

3.)- PSD e PS em relação ao Euro.
Iguais, igualmente obedientes e agarrados.
Sem mais comentários.
….
-- Ou seja: venha o PSD ou venha o PS, só mudam as moscas.

Até quando os Portugueses continuarão a acreditar que qualquer deles (PSD e PS) irá fazer algo de diferente?

Até quando os portugueses estão dispostos a Não mudar o seu voto para qualquer outro partido, movimento, ou adoptarem o branco ou o nulo para mostrar um Cartão Vermelho a estes dois partidos que nos trouxeram até aqui?

Responda quem quiser!
Por mim estou farto, mas nada posso fazer, por enquanto.

Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

16 abril 2015

RELATÓRIO da FAO sobre a ÁGUA ---- ---- (2ª PARTE)

Comentário ao RELATÓRIO da FAO sobre a ÁGUA ---- ---- (2ª PARTE)
Com a eclosão de revolução do 25 de Abril, o projecto parou durante anos e só muito recentemente se fez o Alqueva e alguns dos canais, estando o Plano Original da década de 1960, ainda muito longe da sua conclusão, e do integral aproveitamento dos efeitos que se pretendiam alcançar de desenvolvimento do Alentejo.

Na 3ª República, portanto, pouco ou nada se fez nesta matéria, com prejuízos evidentes para Portugal.
Apenas em 2009 foi adjudicada a construção de mais barragens, mas com duvidosa “arquitectura financeira”, facto que originou justa contestação.
….
Voltando um pouco atrás, surgiram nos anos de finais da década de 1970, “grupos de pressão” ditos ambientalistas que, com vários argumentos falaciosos, fizeram ceder o Poder Político, cujo resultado foi a paragem da necessária e vital política de captação e armazenamento das águas que anteriormente tinha sido prosseguida com enormes vantagens, não perceptíveis a quem está habituado, nos nossos dias ao gesto simples de abrir uma torneira.
Esqueceram-se, ou ignoram com certeza, que em várias zonas do globo terrestre esse gesto simples, de abrir uma torneira e esta deitar água, é um luxo inalcançável.

Seja como for, Portugal continua à espera da construção das barragens que faltam fazer, muitas das quais já estavam contempladas nos 1º, 2º e 3º Planos de Fomento, da 2ª República.

Tal falta de visão, dos mais recentes poderes políticos, torna-se agora mais evidente á luz do recente e já citado relatório da FAO.
Poder-se-ia dizer:
- Bom o relatório é recente e por isso não havia a consciência deste facto.
Bom mas então o que dizer da falta de visão, e ignorância, face aos pareceres e relatórios da OCDE da década de 1950/1960 (encomendados pelo Governo Português de então e vertidos nos Planos de Desenvolvimento Regional e Nacional)?
É que esta falta de visão provocou atrasos, hesitações, paragens, que sob o meu ponto de vista denotam uma enorme falta de Sentido de Estado dos sucessivos ocupantes do Poder Político, desde há quatro décadas a esta parte.

Vejamos então quais as Objecções mais em voga, (postas na comunicação social, usada como órgão de pressão) utilizadas pelos referidos “grupos de pressão” ou “lobbyes”, a que os fracos Poderes Políticos têm demagógicamente cedido:

(1ª) OBJECÇÃO: - As barragens prejudicam e podem significar o fim dum ecossistema!
RESPOSTA: Bom, a aceitar esta postura, sem qualquer sentido critico, nada se construiria. Nem casas, nem estradas, nada, porque toda e qualquer intervenção humana tem consequências na natureza; É um facto indesmentível. Voltamos a viver em cavernas?
...
Mas pergunto a esses grupos:
- Sem água podemos sobreviver?
- Quem está primeiro?
O Ser Humano e sua protecção ou alguns dos ditos “ecossistemas” que, dada a capacidade regenerativa da Natureza, se recomporiam em outros locais? Desde que o Ser Humano existe quantas transformações se deram, por sua intervenção, o que possibilitou termos hoje condições de vida que não existiam.
E se um dia faltar a água, com adverte a FAO?
Ficam os tais ditos ecossistemas, claro, mas sem seres humanos, que entretanto morreram por falta dela!
(2ª) OBJECÇÃO: Estatuto de Património Mundial (no caso do Foz Côa)!
RESPOSTA: bom... nesta matéria a UNESCO fica muito feliz, bem como alguns “pretensos intelectuais” e seus “chevaliers servants”.
Mas os portugueses ficaram sem mais água potável (recurso estratégico e vital) e com menos energia (recurso estratégico) em favor de um cognome com muito pouco significado para a vida REAL das pessoas.
...
E a atender-se sem critério a esta classificação, não será que as pessoas ficarão sem recursos muito mais importantes, que serviriam para o bem-estar real das populações, em particular, e do país em geral?
Quem advoga esse "estatuto/denominação" são os mesmos que ajudaram à ruína do País, parando os Investimentos previstos há mais de 60 anos e não concluídos e substituídos por Rotundas, Fontanários, Pavilhões gimnodesportivos desertos e outras "obras" deste quilate. E para estas “obras” já não há problemas de UNESCO ou ditos ambientais?
Pergunto: É disto que Portugal precisa?
.....
(3ª) OBJECÇÃO: a construção de barragens produz alterações à qualidade dos produtos agrícolas
RESPOSTA – é curiosa a avocação deste tema num país em que a auto-suficiência agro-alimentar é baixa, e em que os produtos derivados das actividades de produção agrícola, da pastorícia, da floresta, da pecuária, da suinicultura, etc... nos faz depender, em muito, de produtos importados, com evidente prejuízo para as Contas Externas do país;
(4ª) OBJECÇÃO: A construção de barragens prejudica o turismo ferroviário na região das Beiras e na região Duriense.
RESPOSTA – Este segmento do sector do turismo tem algum interesse sem dúvida, mas perde em favor dos interesses estratégicos do País.
Poderá ser eventualmente prejudicado, embora a sua dimensão seja reduzida.
..
Mas se estamos a falar de Turismo, então podemos, com vantagem, falar no aproveitamento das albufeiras criadas pelas barragens para esse fim, cujas potencialidades são enormes quer na sua utilização directa, quer no povoamento humano e emprego adjacente.
Assim, ao mesmo tempo que se armazena o “Petróleo do Séc. XXI” – a água, podem-se desenvolver novas actividades turísticas que, no entanto, deverão acautelar a permanência da qualidade da água para consumo agrícola ou caseiro.
....
Posto isto, e em jeito de conclusão direi que a construção de mais barragens em Portugal, é essencial a vários títulos, de que destaco três:
...
(1) Como reservatórios de água potável, bem essencial à vida humana;
...
(2) Como produtores de electricidade, de forma a reduzir as importações e embaratecer essa fonte de energia;
...
(3) Evitar, pela evaporação e consequente humidificação das terras, a desertificação acelerada do território nacional.
...
Assim e dado que este investimento é de interesse nacional, os interesses nacionais têm que se sobrepôr aos interesses particulares ou locais, ou aos dos tais “grupos de pressão” que defendem interesses muito próprios.
...
(CONTINUA e finalizo na próxima 2ª FEIRA) - Bom fim-de-semana
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

15 abril 2015

o Relatório da F.A.O. sobre a ÁGUA

Comentário ao mais recente RELATÓRIO da FAO sobre a ÁGUA (1ª PARTE)

A água foi considerada por muitos Estrategas Internacionais e Nacionais do Sec. XX, um RECURSO ESTRATÉGICO.

Alguns não hesitaram mesmo em 1973, aquando da 1ª Crise do Petróleo em denominar a água como “o Petróleo do Século XXI”
….
No nosso país, desde há mais de quatro décadas a esta parte, esta questão foi esquecida e deixou de fazer parte das prioridades político-económicas.

Vem isto a propósito do recentemente publicado Relatório da F.A.O. (Food and Agriculture Organization of the United Nations) ou na sua denominação em língua portuguesa Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.

Diz em síntese o relatório que a água potável (bebível e consumível pelo ser humano) tenderá a ser cada vez mais escassa, dado o constante crescimento da população mundial (que passou de cerca de 1 bilião e meio de pessoas dos anos de 1960, para cerca de 6 biliões de pessoas na presente década) e a consequente e crescente necessidade de se cultivarem mais alimentos para alimentar as pessoas, o que acarreta consigo uma necessidade cada vez maior de água para ser utilizada nos campos agrícolas, para além do consumo caseiro na alimentação e higiéne.

Ora é sabido que os Seres Humanos na sua composição corporal integram cerca de 80% de água e que sem este bem precioso, por mais de quinze dias, a sua capacidade de sobrevivência é muito reduzida, ou nula em prazos pouco maiores. Cruamente: - o Ser Humano sem água não vive.

Dito isto, Portugal tem uma rede de rios, afluentes e sub-afluentes que ainda não está devidamente aproveitada no que respeita ao armazenamento deste precioso líquido.

Dado o reconhecimento deste facto ciêntífico e inquestionável, a política de retenção e aproveitamento da água foi contemplada no 1º Plano de Fomento, embora a construção das primeiras barragens se tivesse já iniciado nos finais da década de 1940.
...
Tal política de construção de barragens prolongou-se por toda a década de 1960, já devidamente enquadrada por esse plano e seguintes.

Essa política, neste caso específico das barragens, tinha dois objectivos estratégicos:
1- A produção de energia eléctrica necessária à industrialização do País, que se veio a verificar na década de 1960;
...
2- O armazenamento e posterior distribuição de água às populações, tanto para o uso caseiro como para a agricultura.
...
Datam dessa época, por exemplo, as barragens da Aguieira, de Castelo do Bode (que ainda hoje abastece Lisboa), e muitas outras de várias dimensões, bem como o complexo de aproveitamento do Rio Sorraia e outros.

Cabe aqui referir que o planeamento, e a decisão de se construir a Barragem do Alqueva (apenas construída nos anos de 1990), estavam integrados num plano mais vasto de transformação dos terrenos agrícolas de sequeiro do Alentejo (Alto e Baixo) em terrenos de regadio.

Era o denominado “Plano de Rega do Alentejo” que previa a construção de:
- uma grande Barragem (o Alqueva)
- de várias mini-barragens espalhadas pelo Alentejo,
- ligadas entre si por canais de transporte e de rega
- e que culminaria na ligação entre o Rio Guadiana e o Rio Sado,
permitindo assim ao Alentejo evoluir para culturas de maior valor acrescentado e para uma maior fixação das suas populações.

(CONTINUA)
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

10 abril 2015

Portugal no seu ... ?

RESUMO do negativo dos ÚLTIMOS 40 anos de PORTUGAL em poucas linhas
(imitando o Dr. Medina Carreira que nunca nada fez em favor de Portugal, mas que só fala mal de tudo e de todos).
.....
Embora não seja, como sabem os que me leem, o meu estilo vamos lá a um exercício rápido:
......
Para não maçar os leitores e amigos este artigo é muito curto.
...
NOTA Prévia: quando alguém de um destes grupos quer falar mal do outro é melhor pensar primeiro.
....
Vejamos o retrato negativo:
...
1) 1974/1985 - PREC: PCP, PS, PSD e restantes da "esquerda festiva" - nem vale a pena falar dos desmandos e da destruição provocada; (nacionalizações, ocupações, etc... etc...). boys nos lugares públicos.
...
2) 10 anos de PSD Dr. Cavaco Silva - liberalização do sistema bancário - país de serviços - desindustrialização - abandono da agricultura em favor da França - abandono das pescas em favor de Espanha - Auto-estradas - fontanários - rotundas; Boys nos lugares públicos.
...
3) 4 anos de PS - Engº António Guterres - más contas públicas - não correcção do anterior - auto-estradas - fontanários -rotundas - pavilhões gimnodesportivos em aldeias com 300 habitantes; Boys nos lugares públicos.
...
4) 2 anos de PSD - Dr. Durão Barroso - nada de nada de nada; Boys nos lugares públicos.
...
5) 6 meses de Dr. Santana Lopes - indizível; mesmo assim .. boys nos lugares públicos.
...
6) 6 anos de PS Engº Sócrates - auto-estradas - país de serviços - rotundas - fontanários - auto-estradas - dívida pública nos 104%, etc... Boys nos lugares públicos.
...
7) 4 anos de PSD (com uma muleta) - retração da economia - retração do investimento - dívida pública nos 130%, etc...etc... Boys nos lugares públicos.
...
QUAL a diferença?
...
SOMAS: PSD 16,5 anos (sem contar com o PREC); PS: 10 (sem contar com o PREC).
...
CONCLUSÃO que só a mim responsabiliza:
- Venha o Diabo e escolha. -
...
(NOTA: todos tiveram coisas positivas também, está claro - saneamento básico, autoestradas necessárias, electrificação, extensão do Estado Providência, Serviço Nacional de Saúde e outras).
...
Mas quando alguém de um destes quer falar mal do outro é melhor pensar primeiro.
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

09 abril 2015

a EUROPA continua no INTERVALO ?

 - a CIMEIRA GRECO/RUSSA
1) A Cimeira Grécia/Rússia, na minha opinião, não foi inócua.
Na verdade com o acordo, assinado, com a Rússia, a Grécia, fica como parte importante do controlo da energia, na Europa! ...
Tal facto não é de somenos importância e poderá ser um primeiro passo para algo de mais profundo.
O que é realmente importante é sempre discutido longe das camaras de TV e longe dos jornalistas, como bem sabem.
...
2) O Futuro do Euro, e até da União Europeia, está a jogar-se, em torno da Grécia! Se a U.E., leia-se Alemanha, persistir no “braço de ferro “ e continuar inflexível para com este País temo que as negociações se rompam e isso crie de facto “o inimigo comum” que ajuda, sempre ajudou, nas Relações Internacionais à formação de blocos antagónicos.
...
E mesmo sem sair do Euro ou da União Europeia a Grécia poderá provocar muitos estragos, a saber:
a) Usar o seu direito de Veto nas sanções à Rússia, dado o seu comércio externo valer mais de 10 mil milhões com este país;
...
b) Passar a bloquear através do mesmo instrumento todas as decisões da União que considere ofenderem os interesses gregos.
...
Se assim for, a União ficará com um problema muito grave que poderá desembocar na sua dissolução, como já o referi em vários escritos.

...
3) No que reporta à posição portuguesa e como nota final, e perdoem-me a imodéstia, se seu fosse 1º Ministro de Portugal o que teria feito, seria o tentar efectuar todas as diligências necessárias, (numa 1ª fase através do nosso Corpo Diplomático e numa 2ª fase através da Diplomacia directa), conquistar uma posição de Mediador do Conflito (U.E./Grécia) opondo à palavra da força, a Força da Palavra (como bem tem dito o Prof. Adriano Moreira) tentando que ambas as partes chegassem a uma posição de acordo, em que ninguém perdesse totalmente a face.
...
Um médio país como o nosso, excêntrico face ao centro da Europa, mas no Centro do Mundo do Atlântico, tem capacidade e força para tal.
...
Bastaria termos dirigentes/governantes esclarecidos, com noções básicas de geopolítica e geoestratégia, e com Vontade Política suficiente para levar a cabo tal empresa.
...
Não foi assim e infelizmente estamos, ou continuamos, num quadro de irrelevância total.
...
Mas creio que, ao contrário de muitas opiniões, ainda estamos (U.E. e Grécia) no “adro” das negociações e que ainda se poderá atingir um acordo, mesmo sem a nossa intervenção, o que lamento.
...
Se assim não for, se não se encontrar uma plataforma de entendimento razoável, creio bem que não haverá vencedores e todos perderão – a União e a Grécia.
...
Veremos até Junho do corrente ano a marcha dos acontecimentos.
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
 

08 abril 2015

1º MINISTRO GREGO encontra-se com 1º MINISTRO RUSSO

No DIA 13 de JANEIRO adverti o GOVERNO de PORTUGAL da possibilidade de se observar um novo quadro na EUROPA, em consequência do resultado das eleições gregas.
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Salvo o Gen. Loureiro dos Santos que me escreveu a concordar com o cenário que então propus para análise e prevenção, e o Prof. Adriano Moreira que dias depois falou nessa possibilidade embora de forma pouco clara, poucas pessoas ligaram e os "doutos" comentadores das TV's (em quem os portugueses parecem continuar a acreditar piamente) entretiveram-se a descartar as hipóteses que então levantei publicamente nesta rede (Facebook) e por outros meios.
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HOJE o 1º Ministro está em Moscovo com Putin.
Não faço mais comentários por agora,
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Limito-me a reproduzir, para vosso conhecimento, o que na altura escrevi e que agora reproduzo e partilho com os meus amigos e leitores.
A vós as conclusões.
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TEXTO ESCRITO e PUBLICADO no dia 13/01/2015
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As Eleições na GRÉCIA
e a GEOPOLÍTICA e GEOESTRATÉGIA da RÚSSIA
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Caras Amigas, Caros Amigos, Prezados Leitores,
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Permitam-me agora uma pequena especulação de Prospectiva sobre a situação política do Centro-Leste da Europa e os seus possíveis reflexos sobre a totalidade da União Europeia.
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As sondagens sobre as eleições gregas, (que embora valham o que valem, isto é pouco como todas as sondagens, dão alguma indicação Prospectiva mas que pode ser contrariada pela realidade dos factos) dão a vitória a um partido de extrema esquerda que tem, legitimamente e com todo o direito (ou há democracia ou não há) uma posição bastante critica em relação à actual situação da Europa política e Económica.
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Uma pequena nota apenas para estranhar que quando é a esquerda ou a extrema-esquerda a ter estas posições é louvada pelos órgãos de informação do nosso país, (e aceite tacitamente pela população pelo seu silêncio ou por incomodidade passiva) quando é a direita ou a extrema-direita a fazê-lo, logo é criticada pelos mesmos defensores da “liberdade de expressão” num coro ruidoso e castrador da tal “liberdade” de pensamento e de expressão.
Ou seja a “liberdade” de expressão vale apenas para a esquerda e extrema-esquerda, é um facto.
Mas este é um facto muito perigoso pois um belo dia as coisas podem complicar-se por esgotamento da paciência de um dos lados. E creio que em França é o que se está a passar. Veremos!
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Mas passemos adiante.

Como dizia a Grécia poderá ser confrontada, nas próximas eleições de dia 25, com uma situação de pré-ruptura com a U.E.
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Para situar melhor a questão, vamos então de forma breve descrever, na minha opinião, quais as principais razões do apoio popular que esta posição está a recolher na Grécia, mas também através de forças de sinal contrário, em França, Inglaterra, Itália, Holanda, e outros, o que não deixa de ser curioso e deveria fazer pensar os responsáveis políticos do centrão.
Isto é a extrema-esquerda, a direita e a extrema-direita de diversos países estão curiosamente com a mesma posição (com alguns cambiantes de pormenor) face às mesmas questões – o modelo de construção europeia que está a ser desenvolvido e o mesmo modelo de resolução da crise que tem sido seguido:
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Em 1º lugar, já o anteriormente escrevi, pela política completamente errada adoptada para combater a crise actual dos países do sudoeste e sul da Europa (e que começa a contaminar toda a economia da Europa) que foi provocada pelo desregulamento da actividade financeira adoptada na década de 1980.
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Em 2º lugar, pela “construção” nas costas das populações, de uma União crescentemente Federal que tem retirado aos Governos das Nações poderes para resolver as situações nacionais;
Em vez de se “construir” uma sociedade da Europa das Nações (Modelo Intergovernamental) que respeite as individualidades dos Estados e das Nações, está-se a construir um Estado artificial, (os Estados Unidos da Europa – a Europa Federal) mas com poderes reais, que por de cima dos legítimos representantes das Nações (os seus Governos eleitos) começa a mandar nestes através da constituição informal de um directório de grandes potências (sobretudo a Alemanha) de domínio sobre os restantes.
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Em 3º lugar – os cidadãos das várias Nações-Estado começaram a perceber pela realidade das suas vidas que a promessa de “el dourado” que lhes tinham prometido, não existe na prática e que a União Europeia está recheada de interesses diversos em que cada Governo (sobretudo dos países mais ricos) em consonância com uma realidade do Sistema Internacional: “as Nações não têm amigos… defendem interesses próprios” – defendem sobretudo os interesses das suas Nações.
Isto é, que a tal “solidariedade” entre Povos/Nações não existe realmente e que cada um procura tratar do seu país e só depois se preocupa com a União.
A única e infeliz excepção tem sido Portugal dada a fraca qualidade dos seus dirigentes de há várias décadas a esta parte.
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Existem outras razões mas não os quero maçar, ficando-me apenas por estas três.

O corolário lógico desta situação, que as élites europeias até agora não quiseram ver, é um crescente afastamento dos Povos do modelo proposto e em vigor, (sem a sua autorização que podia ter sido conquistada por referendos), e uma rejeição crescente dos partidos que apoiaram as soluções que levaram a classe média europeia (pelo menos nos sudoeste e sul da Europa) a ser fustigada por uma crescente deterioração da sua qualidade de vida.

Ora a classe média é sempre um actor (embora lento muitas vezes na sua acção) demasiado importante para ser ignorado, e quando se sente enganada, reage.
E, na minha opinião, é a isso que estamos a assistir na Grécia, em França, em Itália, na Holanda, e noutros países europeus.
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No caso Grego, os centrões políticos clamam que se este país sair será, para eles, uma catástrofe económica e financeira.
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Na minha opinião, e aqui está a minha especulação Prospectiva, podem ter surpresas muito desagradáveis se um cenário se verificar:
- a celebração de uma Aliança Política e Económica entre Atenas e Moscovo.
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Alguns factores, que agora partilho com os meus leitores, me fazem pensar nesta possibilidade:
- São ambos países com um ponto comum:
1º)- a Religião Cristã Ortodoxa, cuja sede se situa exactamente em Atenas que, neste caso funciona como o equivalente ao papel que Roma desempenha em relação aos Cristãos Católicos Apostólicos Romanos, nos quais me incluo.
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2º)- a recente crise, e não resolvida, do “espaço vital” da Rússia que se desenrola na Ucrânia, e o crescente isolamento que a Rússia está sentir por parte dos países da União Europeia:

3º) – alguma proximidade ideológica entre os dirigentes Russos e os futuros potencias líderes Gregos.

Se este cenário de Aliança potencial entre a Rússia e a Grécia se verificar, quem fica com um problema grave é a União Europeia e não a Grécia.
É que existem factores de possível aliança e agregação muito fortes que podem dar sentido a este cenário:
A)- A Religião
B)- e a Existência de um “Inimigo Comum”
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Veremos o que acontecerá.
Uma coisa é certa:
- a União Europeia está a proporcionar, pelas suas políticas e atitudes erradas, face à “construção europeia” e face ao ataque à crise financeira, o surgimento de uma possível situação que, a verificar-se, ditará o seu fim.
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Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

07 abril 2015

os Antecedentes da União Europeia
A declaração Schuman e o Tratado de Paris de 1951 (CECA).
Uma visão Integracionista / Federalista.

As duas correntes de opinião que existiam, (e existem ainda nos nossos dias), tinham tido um dos seus mais importantes, e condicionadores, embates públicos sobre o modo de se “construir” um sistema europeu que fizesse perdurar a paz e desse a prosperidade aos habitantes desta parte do mundo.

Havia que integrar a Alemanha no esforço conjunto de reconstrução europeia.
A intenção era claramente manter este país na esfera ocidental. Esta era a vontade de práticamente todos os países, mesmo da França, pois caso a RFA se passasse para o lado do bloco leste, já em formação, o perigo seria muito grande para o bloco ocidental.

Mas a França sentia a necessidade de obviar ao que lhe parecia ainda existir como ameaça, senão do presente, do futuro: a Alemanha e a perspectiva do seu rearmamento.
Colocou-se, na altura, e em consonância com esta preocupação, a questão de haver uma entidade que se ocupasse do controle das principais matérias-primas que eram, ao tempo, vitais para o esforço armamentista de qualquer país: o Carvão e o Aço.

Entretanto, em 7 de Setembro de 1949 foi proclamada a República Federal Alemã. Ora a Alemanha controlava uma importante zona de extração dessas matérias-primas – O Ruhr.

Robert Schuman, ao tempo Ministro dos Negócios Estrangeiros de França, produziu, então, uma Declaração (que ficou conhecida como a Declaração Schuman, em sua honra) em que propunha aos Governos Europeus a criação de um instituição que controlasse a produção e a distribuição dessas matérias-primas.

Essa instituição, que se veio a denominar de Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, foi baseada na ideia original do Luxemburguês Emile Mayrisch figura de proa da indústria siderúrgica europeia que já tinha, em 1926, constituído um Cartel de produtores.

Pode-se afirmar que foi realmente este industrial o precursor da ideia desta comunidade –a CECA.
Como, parêntesis, e prestando uma singela, mas devida, homenagem referirei que Emile Mayrisch (1862/1928) foi um industrial avançado para o seu tempo.
Criou em 1911 um consórcio siderúrgico luxemburguês - l’ARBED que possuía centros de produção em vários países europeus.

Enquanto os alemães e os aliados se batiam pela repartição da produção siderúrgica, Emile reuniu, em primeiro lugar, os produtores luxemburgueses e franceses, em Fevereiro de 1926.
Depois estendeu o acordo à Alemanha e à Bélgica para criar, em 30 de Setembro do mesmo ano, o Cartel Internacional do Aço, que se pode considerar como precursor da CECA.

A função deste Cartel era a de pôr de acordo as siderurgias sobre as suas quotas de produção.
Mayrisch, naturalmente, foi o primeiro Presidente do Cartel que se alargou, em 1927, aos produtores Checoslovacos, Austríacos e Húngaros.

Neste projecto CECA, foram tratadas duas grandes questões:
1.)- A necessidade de reorganização da indústria siderúrgica europeia
2.)- A regulação das relações franco-alemãs.

Porém, e na base de tudo, a ideia mais importante era a de criar uma instituição que contribuísse decisivamente para a unificação da Europa e assim em 9 de Maio de 1950 foi tornada pública a declaração que propunha que a produção franco-alemã do carvão e do aço fosse colocada em comum.

Para o efeito seria criada uma organização, aberta à participação de outros países europeus, sob a forma de uma Alta Autoridade cujas decisões seriam de cumprimento obrigatório para todos os países que viessem a tomar parte no projecto.

As reacções não se fizeram esperar e a adesão de Konrad Adenauer da Alemanha (RFA), foi imediata. De seguida deram o seu acordo a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo, aos quais se juntou a Itália.
Foram estes os seis países fundadores da CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que assinaram o Tratado de Paris de 18 de Abril de 1951.
Estava prevista a sua duração por 50 anos, portanto acabaria em 2001.

A sede foi estabelecida no Luxemburgo e o seu primeiro Presidente foi Jean Monnet, que tinha trabalhado estreitamente com Schuman na produção da primeira declaração.
Presidência que abandonou quando do fracasso da CEP e da CED, comunidades fracassadas como já o referi em artigo anterior.

Este entendimento franco-alemão foi considerado fundamental para a tão desejada, e tão falada, construção da paz.

Foi a primeira Comunidade Europeia, de âmbito muito específico, de carácter marcadamente integracionista, federalista, em que os países aderentes declararam delegar voluntáriamente, numa Alta Autoridade CECA, todos os poderes relacionados com a indústria do Carvão e do Aço.
Esta Comunidade tinha como órgãos a Alta Autoridade formada por sete membros, independentes dos Estados, o Conselho de Ministros, a Assembleia Comum e um Tribunal dedicado a julgar as questões que surgissem neste âmbito.

Com o Acto Único de 1986 esta Comunidade perdeu parte da sua importância e do seu âmbito.
(CONTINUA – no próximo artigo: A Conferência de Messina, A Comissão Spaak e o Tratado de Roma - Uma visão de Cooperação Intergovernamental

Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

01 abril 2015

ALTERNATIVA em 2015... QUAL ?

o ex-Presidente da CAMARA e pretendente a 1' MINISTRO
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Tenho seguido com alguma atenção a trajectória do agora cessante Presidente da Câmara de Lisboa.
Hoje partilho convosco apenas algumas medidas tomadas, ou não tomadas pelo agora apenas Secretário-Geral do PS, que indiciam o caminho que ele tomará SE for eleito 1º Ministro de Portugal:
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1) Cada residente em Lisboa tem que PAGAR à EMEL (da Câmara Municipal de Lisboa) 12 euros por ano ... apenas para ter o direito de estacionar o seu carro ao pé de sua casa.
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Ou seja, ter um carro deixou de ser um direito e uma regalia de cada Português que trabalha e que consegue pagar o seu carro.
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Este (o dono do automóvel) já paga Imposto Automóvel, IVA, Imposto de Circulação, Seguro obrigatório, e taxas e taxinhas sobre a gasolina e gasóleo.
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2) PARQUIMETROS em MUITO MAIS ZONAS
Isto para além de cada vez que circula em Lisboa ter que pagar Parquímetros *CAROS / e Estacionamento em Parques públicos CARISSIMOS.
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Tudo isto contribui para a drástica diminuição do Poder de Compra dos Portugueses residentes em Lisboa, e dos visitantes que vêm á capital, mas que vão alimentando os insaciáveis cofres da Câmara Municipal de Lisboa;
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Ou seja mais uma medida que retira Poder de Compra aos portugueses residentes em Lisboa e aos que a Lisboa vêm trabalhar todos os dias;
Para quem diz que se deviam baixar impostos ... só temos a esperar o pior SE for eleito 1º Ministro;
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3) Na conta da ÁGUA, (bem essencial à vida) a CML acaba de agravar os Impostos (dando-lhe o nome de Taxas) em 60%.
Isto é, a água propriamente dita, é apenas 40% da factura que cada um dos residentes recebe mensalmente para pagar.
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EXEMPLO PRÁTICO:
EPAL - Abastecimento de água ... 9,80
CM Lisboa - Saneamento ............. 7,09
CM Lisboa - Resíduos Sólidos...... 5,42
CM Lisboa - Adicional................... 0,67
Taxas............................................ 0,23
TOTAL ......................................... 23,21
IVA................................................ 0,60
TOTAL.......................................... 23,81
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Em RESUMO:
ÁGUA ............................... 9,80 euros
CÂMARA MUNICIPAL.... 13,41 euros
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4) PROIBIU o Trânsito de carro às pessoas que têm o azar de ser pobres (pois não podem estar a comprar carros novos) cujo carro seja anterior a 1999.
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Isto é, uma medida (com o alibi falso de protecção do ambiente, numa cidade extremamente ventosa) discriminatória que prejudica gravemente os mais desfavorecidos que tenham tido dinheiro para comprar um carrito, muitas das vezes em segunda mão;
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5) CONSERVAÇÃO da ruas e seu asfalto
O pavimento da esmagadora maioria das ruas da cidade estão cada vez mais cheias de buracos que danificam os carros e a sua suspensão.
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6) Acaba de propor ISENTAR o Benfica de pagar milhões de euros de IMI e outras Taxas à Câmara Municipal de Lisboa, que seriam receitas da Câmara Municipal;
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7) Continua a pagar verbas da Câmara a algumas Fundações de duvidoso interesse colectivo; (exs. Fundação Mário Soares)
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Isto é, Dá aos que mais podem, Retira aos mais fracos e desprotegidos
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SE for eleito 1º Ministro será diferente ? Porquê ?
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8) INFERNIZOU a vida de quem tem que se deslocar de carro para a parte Central da cidade, tudo fazendo para dificultar o trânsito nessa área e mesmo impedindo-o (i.e. . alterações do Marquês de Pombal e da Av. da Liberdade);
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Custaram milhões de euros estas obras que só vieram complicar e dificultar a vida dos cidadãos.
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E mais teria para apontar como exemplo do VERDADEIRO pensamento, traduzido em acções, desta ilustre personalidade que ocupa um importante papel de dirigente político.
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9( COMENTÁRIO FINAL:
Por todas estas medidas sou levado a tirar algumas conclusões práticas das medidas tomadas por quem se propõe vir a ser 1º Ministro do meu País:
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9.1) Tem criticado o actual Governo por medidas de austeridade erradas (no que estou de acordo) MAS ... na sua área de Poder tudo tem feito para agravar as condições de vida dos cidadãos;
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9.2) com o argumento (da moda, mas que rende milhões à custa dos cidadãos) do ambiente, retira milhões de euros dos bolsos dos cidadãos que vivem ou trabalham em Lisboa, tudo fazendo para lhes dificultar a vida económica e a mobilidade;
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9.3) e tudo isto sem lhes dar qualquer alternativa, pois a rede de transportes da cidade (excepto o metro que cobre apenas parte desta) funcional mal, em horários limitados e com extremas deficiências.
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10( Em suma: quer aplicar a Igualdade Socialista ... de Nivelar por Baixo, tornando-nos a Todos mais Pobres.
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E pretende ser 1º Ministro de Portugal?
Qual a sua diferença REAL do actual 1º Ministro?
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PORQUE será diferente se for 1' Ministro do que foi como Presidente da Camara!
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Na minha análise: NENHUMA diferença os distingue.
Venha o diabo e escolha.
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À Vossa Reflexão, meus caros concidadãos amigos e leitores.
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves

30 março 2015

a ABSTENÇÃO e os seus resultados !

CHAMADA de ATENÇÃO aos ABSTENCIONISTAS
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FACTO: As eleições da Madeira tiveram 50,5% de Abstenção.
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- A quem interessou isso ?...
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- Quem se importou com isso ?
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- Qual o reflexo disso para a vida real ?
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RESULTADO da ABSTENÇÃO:
- o PSD Madeira teve maioria absoluta e governará na mesma.
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- o CDS-PP com mais 1% teria tirado a maioria absoluta. Mas com a abstenção que houve não conseguiu;
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etc...
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Parabéns aos abstencionistas pois ajudaram a reeleger o PSD Madeira com maioria absoluta.
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Façam o mesmo nas Eleições Legislativas e verão o resultado !!
E depois podem continuar a dizer que não têem nada a ver com o assunto e que não colaboram com o regime e outros disparates do costume.
De nada adiantará.
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SE não querem Votar em nenhum Partido, VOTEM em BRANCO ou NULO.
Não contará para nenhum deles, mas evitará o resultado da Abstenção: Votar no mais votado.

Quem se Demite das suas Responsabilidades tem o que Não quer!
E os Abstencionistas são pessoas que se Demitiram das suas.
O resto é conversa fiada e inútil.
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NOTA FINAL:
O que os Partidos mais temem (o meu incluído) são os votos brancos ou nulos. Sabem porquê? Porque aí não há dúvidas: As pessoas foram lá e disseram "Não acredito em nenhum dos Partidos e não quero nenhum deles".
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E aí as consequências políticas viriam a ser Reais inevitávelmente pois não seria possível ignorar que as pessoas se deram ao trabalho de lá ir para dizerem que não querem nenhum deles.
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Á VOSSA REFLEXÃO
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves