25 março 2015

Onde estamos? Para onde Vamos ?

REFLEXÃO – 25-03-2015
O ESTADO da NAÇÃO PORTUGUESA (cidadãos portugueses)
...
Ao observar os comportamentos e atitudes de vários grupos de integrantes da Nação Portuguesa, face ao real ou possível surgimento de Novas Figuras, Novas Pessoas, Novas Organizações, que pretendam contribuir activamente para a mais que necessária renovação e mudança do Sistema Político, em Portugal, surgiu-me a vontade ...de partilhar convosco alguns pensamentos.

Vamos então por partes e analisemos alguns grupos que fazem parte da nossa sociedade e as suas atitudes e comportamentos face a este tema:

1.)- Em primeiro lugar os comportamentos e atitudes da actual classe política, agrupada e dominada pelo PSD e pelo PS:
- Se surgem pessoas com ideias diferentes;
- Se surgem pessoas com propostas que contrariam os modelos vigentes;
- Mesmo que saibam e tenham consciência de que falharam no proporcionar de bem-estar aos portugueses e falharam na afirmação de Portugal no Sistema Internacional;
Essas pessoas são logo apelidadas com vários epítetos, que se destinam a desencorajar as mesmas de voltarem a falar ou de voltarem a expor as suas propostas.
..
1.1.- Vejamos alguns dos epítetos tão em voga nos meios partidários, destinados a destruir a reputação de quem se atreva a ter ideias próprias, que contrariem minimamente o “pensamento do líder” (já agora, ... mesmo que o mesmo seja de fraca qualidade), mesmo que solidamente estudadas e estruturadas:
- É maluco;
- Não presta;
- Tem a mania que sabe;
- É um extremista;
- É um fundamentalista;
- Está contra nós;
Isto tudo nas costas das pessoas que se atreveram a dar a sua contribuição e/ou que não pertencem ao núcleo de amigos pessoais ou dos que esperam benesses do líder em funções.

1.2.- Ou no máximo da cortesia ouvirão:
- É um lunático;
- Tem boas ideias mas que não são possíveis de por em prática.
Mais uma vez, “os fiéis” espalhando estes epítetos nas costas das pessoas, tentando assim desacreditá-las bem como às suas ideias.

2.)- Em segundo lugar os comportamentos e atitudes dos “comentadores e jornalistas do regime”:
- Se surgem pessoas ou organizações novas, que tentam entrar no sistema;
- Se surgem essas pessoas com ideias claras, mas diferentes do denominado “políticamente correcto” leia-se diferentes do que o centrão dos interesses defende;
- Se aparecem novas pessoas, novas propostas, ainda que estudadas e estruturadas;
...
OU há um silêncio absoluto face a essas pessoas, isto é, não são de forma nenhuma convidadas para exprimirem as suas ideias publicamente através dos órgãos de comunicação social (sobretudo nas TV’s pública e privadas);
OU, convidam, em raros casos, porque é “chique” convidá-los (ex-líderes, etc);
OU convidam porque representam interesses económicos (sobretudo dos anunciantes) ou estão ligados a eles

2.1.)- Logo se apressam estes interventores em classificar os que se atrevem, com os seguintes epítetos:
- É um extremista;
- É um fundamentalista;
- Ninguém o/a conhece, não interessa;
O mais recente exemplo é o epiteto colado, pela classe jornalística e comentarista do regime, ao Partido da Direita Grega, que se coligou com o Syrisa, e que é constituído por pessoas que saíram da Nova Democracia de Samaris (anterior 1º Ministro) e que portanto são tudo menos extremistas ou fundamentalistas.
Mas como se aliaram a um partido de esquerda logo foram insultados pela esquerda (de má consciência) e pela direita (envergonhada pela aliança).

Isto complementado, (conforme o partido da simpatia do jornalista ou do comentador) por:

a.) Pela Esquerda, e pelos defensores do Centrão dos interesses (PSD e PS), se essas pessoas ou organizações pensam à direita:
- São perigosos neo-fascistas;
- São racistas, xenófobos (mesmo que não seja na verdade);
- São da extrema-direita e logo nocivos à democracia (mesmo que isso não seja verdade);
- São um perigo para a Europa (este argumento muito na moda agora);
- Não podem ser admitidos na legalidade do sistema democrático;
Etc….

b.) Pelos defensores do Centrão (PSD e PS), se essas pessoas ou organizações pensam à esquerda:
- São da extrema-esquerda, logo perigosos;
- E dinheiro para fazer o que dizem?
- Logo nos levariam à ruína;
Etc…
….
2.2.)- Ou no máximo da cortesia ouvirão, de um lado e do outro:
- Tem, ou têm, boas ideias mas que não são possíveis de por em prática;
- Se tivessem que governar não poderiam por em prática o que propõem;
- Não são coerentes;
- São irresponsáveis;
Etc…

A Vantagem, nestas atitudes destes actores políticos (que se afirmam como não políticos, embora façam política todos os dias, em todos os comentários que produzem) é expressarem estes epítetos às claras, de forma pública (ao contrário dos membros do núcleo de amigos ou dos que esperam benesses do líder em funções nos partidos).
Mas isto feito em nome da denominada “liberdade de imprensa” inatacável e sacrossanta mesmo que utilizada para destruir injustamente a reputação das pessoas ou organizações em causa, com total impunidade.

3.)- Em terceiro lugar os comportamentos e atitudes dos portugueses em geral:
3.1.)- Ou desistem de participar abstendo-se (votando na prática no mais votado, com a desculpa de que assim penalizaram os políticos que ficarão a saber que não se interessam, o que não corresponde minimamente à realidade);
3.2.)- Não apoiam Novos Partidos, com Novas Pessoas, com Novas Propostas pois acreditam nos dois primeiros intervenientes quando lhes dizem que “Não Há Alternativa”, o que é a mais pura das mentiras destinadas a proteger os Partidos que já existem e que nos trouxeram até aqui.
3.3.)- Ou seguem cegamente o seu “clube” sejam quais forem as propostas do mesmo;
3.4.)- Ou tendem a acreditar em tudo o que os comentadores e os “líderes” lhes vendem sem qualquer espírito de análise ao que lhes propõem;
3.5)- Ou vão lutando como podem, organizando-se ou não, contra esta situação, quer:
- OU - Mudando o seu voto, (em direcção aos Votos em Branco, Nulos, noutros Partidos, ou em Novos Partidos);
- OU - Exprimindo as suas críticas por todos os meios;
Com esperança que novos dias e melhores dias venham.
….
4.)- NOTAS FINAIS:
E chegámos a esta situação de bloqueio que me leva a pensar que este sistema político está à beira do seu fim.
Realmente não é possível mudar sem Novos Intervenientes dada a falta de qualidade dos existentes.

Não sendo eu de esquerda fez-me muita impressão a forma como tem sido tratado pelo Sistema (Dirigentes Políticos, Jornalistas, Comentadores) a recente candidatura do Dr. Henrique Neto á Presidência da República.
O seu próprio partido (o PS) “olimpicamente” disse:
- Não tenho nada a ver com isso (palavras do pretendente a 1º Ministro);

Com isto o líder do PS, disse na verdade: quero lá saber. Ele não tem hipótese nenhuma, não lhe liguem!
Registo a enorme falta de respeito dos dirigentes do PS por uma figura do seu próprio partido que se “atreveu”, como é o direito de qualquer cidadão português, a avançar para uma candidatura, com projecto próprio para Portugal.
Mesmo não indo votar nele revolta-me este tipo de atitudes.

5.)- CONCLUSÃO
Não sei quando;
Não sei como,
Não sei que regime virá a seguir;

MAS
Sei que isto não pode continuar assim;
E SEI que TODOS temos que pensar bem antes de nos demitirmos de SER cidadãos conscientes e interventores e que pensam pela sua própria cabeça;
….
São estas minhas interrogações e apreciações que agora partilho convosco para juntos podermos:
- Achar o caminho que MUDE esta situação;
- Começar a organizar algo que MUDE Portugal;
Para bem de TODOS nós, portugueses.

Criticar é fácil;
Precisamos de FAZER.

Portugal precisa de um Plano Estratégico Nacional e de Novas Ideias para singrar.
Tenho dado a minha contribuição, como sabem.
Mas sozinho .....
...
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
 

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